TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Análise do Livro "O Capote"

Por:   •  2/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.541 Palavras (11 Páginas)  •  486 Visualizações

Página 1 de 11

ANÁLISE DO LIVRO: O CAPOTE DE NICOLAI GOGOI

SÃO PAULO, 2013

Sumário
1. INTRODUÇÃO 4
2. DISCIPLINA: INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO. 5
2.1. Paráfrase: O Capote 5
2.2. Análise sob a visão da disciplina Interpretação e Produção de Textos. 7
3. Análise sob a visão da Filosofia de Textos. 8
4. Análise sob a visão da disciplina de Economia. 10
5. Análise sob a visão da disciplina de Instituições Jurídicas e Ética 12
6. Referências Bibliográficas 15

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o objetivo de análise do Livro O Capote de Nicolai GOGOI, através dos conhecimentos obtidos nas disciplinas: Instituições Jurídicas e Ética, Interpretação e Produção de Textos, Filosofia e Economia.
O trabalho foi desenvolvido com a participação em grupo dos alunos, que após a leitura de cada um, houve discussões para análise e por fim a elaboração do texto final.

2. DISCIPLINA: INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO.

2.1. Paráfrase: O Capote

O autor Nicolai GOGOI, descreve em seu livro “O CAPOTE”, a história de um funcionário de uma repartição pública, cujo nome era, Akaki Akakiévitch, nascido em Sampetersburgo, no dia 23 de maio.
Akaki Akakiévitch exercia a função de conselheiro titular, responsável por fazer cópias de documentos, era uma pessoa muito introvertida, muito pobre e com baixa autoestima, com pouquíssimo ou quase nenhum respeito por parte de seus colegas de trabalho.
Akaki tinha um capote muito surrado, velho, que o protegia desse dos tempos defrio. Inclusive este capote era motivo de piadas no trabalho, mesmo os mais jovens funcionários e inclusive o porteiro não o respeitava.
Em um dia de frio como outro qualquer, Akaki ao analisar seu capote, percebeu que era necessário realizar um remendo, ou melhor, encaminhar para que o alfaiate, fizesse as devidas e necessários reparos no seu tecido, pois este, estava velho e não o protegia do frio intenso sentido naquele dia. Decidiu por procurar o alfaiate, o qual por sua surpresa, disse que não era possível realizar apenas um remendo, que era necessário costurar um novo, o qual lhe custaria cento e cinquenta rublos. Akaki insistiu para que fosse feito apenas o remendo, pois não continha o dinheiro suficiente para arcar com tal despesa, porém suas tentativas de convencer o alfaiate, não foram eficazes e por fim foi convencido de que realmente era necessário um novo capote. 
Depois de uma reflexão, Akaki, decide por economizar radicalmente. Foi então que deu se inicio um corte em suas despesas, evitando muitas vezes o necessário para seu conforto e bem estar, deixando de alimentar se corretamente, trocar a iluminação elétrica, por velas e assim por diante. No final Akaki consegue guardar a quantia necessária, o qual, já conseguiria seu capote por uma oferta melhor, pois o alfaiate acabou por fazer o trabalho por oitenta rublos.
Quando Akaki aparece em sua repartição com seu novo capote, todos logo ficaram sabendo e atentos com a mudança. Muitos o parabenizaram pelamudança, fizeram questão de comemorar e por fim combinaram uma confraternização por conta de um dos colegas de trabalho. 
Após chegar o fim do dia, Akaki retorna a sua residência, ao chegar, faz sua refeição e decide por admirar seu novo capote, até que as horas passem e seja a hora de sair, em direção à casa do colega de trabalho para o compromisso, o chá que haveria de estar combinado. Ao chegar à residência do colega, percebe que todos da repartição já encontravam-se no local, jogando e bebendo. Após um tempo, por não estar acostumado com toda aquela agitação, começou a sentir sonolência, e decidiu por ir embora, porém não o deixaram, pois iria ser servido à ceia, ofereceram uma taça de champanhe, e cada vez mais sentia mais sono, por fim se ninguém perceber evadiu-se do local. 
No caminho de sua residência, Akaki, passa por locais de pouca iluminação e com suspeitas de ser um ambiente perigoso. Para sua infelicidade, se depara com algumas pessoas, de má índole, as quais o machucam e lhe roubam seu tão precioso capote.
Akaki, desolado e indignado com tão situação, procurou ajuda de autoridades, de pessoas de influência, porém não conseguiu nada. Ficou doente, talvez por estresse, depressão que por fim resultou em sua morte. Após sua morte, passa a ser visto como um mito, um fantasma, que roubava capotes e que apenas parou de roubar ao encontrar o seu verdadeiro, o que foi lhe retirado e que desde então ficou em paz.

2.2. Análise sob a visão da disciplina Interpretação eProdução de Textos.

Sob a perspectiva da disciplina Interpretação e Produção de Textos, podemos observar que tratasse de um conto Literário, onde o autor Nicolai GOGOI, utiliza muito bem a linguagem para que o leitor consiga se prender a leitura completa, sendo claro, coerente e coeso.
O autor utiliza da narrativa descritiva. Utiliza dessa linguagem para que o leito entenda a descrição do personagem, desde sua origem até sua personalidade, como no texto a seguir:
Por conseguinte, "numa repartição" servia "um funcionário". Esse funcionário, é justo dizê-lo, era muito distinto: de estatura baixa, um pouco picado das bexigas e igualmente um pouco curto de vista, com uma pequena calva a principiar na testa, rugas nas duas faces e, no rosto, essa cor característica do hemorroidal ...
Observamos que o autor traz reflexões, de como a sociedade trata pessoas com algum tipo de diferença, seja, física, social, financeira e assim por diante, vejamos no texto:
Ninguém na repartição o respeitava. O porteiro não só não se levantava à sua passagem como nem sequer se dignava lançar lhe um olhar: importava-se tanto com Akaki como com uma mosca. Os chefes aproximavam-se dele com uma frieza autoritária. Qualquer ajudante do chefe de secretaria metia-lhe um oficio debaixo do nariz sem lhe dizer sequer: "Copie!", ou "Aqui tem você um belo trabalhinho, uma tarefa interessante", ou outra qualquer coisa amável, como é estrito dever dos funcionários inferiores bem-educados dizerem.

3. Análise soba visão da Filosofia de Textos.

Trecho do texto de O CAPOTE de Nikolai Gógol:
“até à fome acostumou-se, mas em compensação alimentava-se com visão do futuro capote .Havia de ser lindo .Era como se ele tivesse se casado e outra pessoa vivesse sempre ao lado dele. Essa amiga não era outra senão o sonhado capote, novinho em folha e devidamente forrado de algodão. AKAKI AKAKIEVITCH mudou completamente. Tornou-se mais vivo, mas feliz, como uma pessoa que já tivesse fixado um objetivo na vida. Dava gosto de se ver. De seu rosto desapareceram a incerteza, a dúvida e qualquer traço de indeterminação”.
O que é a felicidade segundo os grandes filósofos do passado?
Sócrates achava que as pessoas deveriam agir corretamente, pois escolhendo o caminho correto para sua vida, a tendência será que esta encontre a sua felicidade. Mesmo assim, eventos externos podem modificar o resultado, como aconteceu com AKAKI, sua felicidade foi interrompida quando roubaram seu capote. Com base nos estudos de Sócrates, podemos dizer que a busca de felicidade o qual Akaki se encontrava, através de seu trabalho repetitivo e um bem material, ou seja, seu capote, é completamente errada, e que a doença o qual enfrentou é uma desordem física, que não poderia influenciar na harmonia com sua alma, pois defendia Sócrates que a felicidade não poderia vir de coisas exteriores, mas somente da alma, pois está seria a essência necessária para a felicidade e equilíbrio com o mundo exterior. 
Analisando com base nasfilosofias e pensamentos de Aristóteles, o prazer é o sentimento que guia os jovens, com o prazer e o desprezar das coisas, tem fundamental importância na formação do caráter. 
Para Aristóteles o prazer é o sentimento que guia os jovens. Comprazer-se das coisas apropriadas e desprezar as más tem fundamental importância na formação do caráter, que homem para ser feliz, precisa também de bens exteriores, bens materiais, pois nossa natureza não basta a si mesma, embora estes itens não deveriam ser necessariamente muitos ou grandes. Com isso podemos dizer que a felicidade que o homem busca para si, não vir apenas de um bem material, ou de um determinado momento, sendo assim, aquele que não busca encontrar a sua, nunca irá sentir a tão sonhada felicidade.
EUDOXO acreditava que o prazer é um bem, pois todos os animais são felizes, uma vez que de nenhum modo, participam eles da contemplação (ibdid, p79 que). Segundo ele, o prazer quando buscado em razão de um outro bem, torna–se mais digno ainda, confirmando a ideia de que o bem só pode ser acrescido pelo bem. 
Comentários finais 
Akaki encontrava no seu trabalho e capote, sua felicidade. Assim sendo o conceito de felicidade pode ser diferente para cada individuo, pois este sentimento que todos buscam é uma consequência ou um objetivo, que se altera de acordo com cada individuo, vida, meio social, princípios e desejos.

4. Análise sob a visão da disciplina de Economia.

Sobre a perspectiva dolivro, com base na disciplina de Economia, podemos observar diversos fatores e ações econômicas exercidas pelo personagem, para adquirir um determinado bem, ou satisfazer um determinado desejo. Partindo deste ponto iremos demostrar alguns conceitos econômicos, os quais, podemos encontrar no contexto da história do personagem Akaki.
Akaki era um trabalhador dedicado, o qual tinha um desejo de adquirir um bem material, sendo que sua atual situação financeira não era favorável. O personagem adota uma cultura econômica no seu dia a dia, para que seja possível acumular uma determinada quantia de valor, a qual seria necessário para conseguir suprir sua necessidade, ou desejo de adquirir um determinado bem material. Partindo deste ponto, podemos dizer que as necessidades humanas são infinitas e ilimitadas, e por outro lado, os recursos produtivos tem caráter limitado e finito. Assim sendo necessário todo um estudo por parte do personagem, para encontrar um método econômico para satisfazer seu desejo.
Para conseguir suprir seu desejo, necessidade de adquirir um bem material, o personagem exerce como ação, algumas atitudes econômicas, como: trocar a utilização de lâmpadas elétricas, por velas, deixar de realizar uma refeição, para evitar um gasto financeiro e assim por diante. No conceito econômico, podemos dizer que o método utilizado pelo personagem, não foi exatamente correto, pois poderia ser feito um estudo melhor dos bens necessários e os não necessários, da verba adquirida em umdeterminado período de tempo e com isso elaborar um processo econômico mais equilibrado para que seja possível adquirir o bem material desejado de uma forma menos drástica e frustrante o qual o personagem encontrava-se.
Concluímos que o estudo da economia é essencial para trazer soluções para necessidades humanas e produção, demanda, valor e oferta de bens materiais (com características físicas de peso, forma, dimensão e outras) e imateriais (de caráter abstrato, como serviços prestados, consultas médicas, e assim por diante...). Por este motivo, existem pesquisas e analises do mercado e seu meio social, pois se tratando a economia o estudo da escassez, utilizando o estudo da produção, circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas, concluímos que tratasse de uma ciência social, com o objetivo de analisar problemas econômicos e formular soluções, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.

5. Análise sob a visão da disciplina de Instituições Jurídicas e Ética

Analisando o livro o “O Capote” de Nicola Gogol com base na disciplina de Instituições Jurídicas e Ética, podemos observar que diversos direitos foram lesados, desde os direitos do cidadão, por parte do personagem principal do livro, até a infração e o descumprimento de obrigações de determinadas instituições públicas, que deveriam exercer suas funções com imparcialidade, competência e ética, de acordo com a descrição de suas atividades, como previsto naConstituição da Republica Federativa do Brasil de 1988. A partir deste ponto vamos analisar algumas situações previstas na Constituição Federal, que define claramente os direitos dos cidadão e os deveres das instituições.
Para começarmos, devemos primeiramente, até como obrigação, realizar uma reflexão do preâmbulo da CF/88, que diz: 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
O preambulo é como uma certidão de nascimento da nova ordem jurídica constitucional, que anuncia um texto normativo o qual lhe servirá de marco. Este preambulo demostra toda a importância que tem sobre as normas, pois estabelece as pretensões e intenções do constituinte e os valores supremos. Também, assegura a harmonia e a integridade dos princípios e regras, mantendo sua descrição e clareza para uma sociedade politica brasileira. Podemos dizer que este texto, traz consigo exatamente o que a Constituição Federal, tem como objetivo, trazer normas para assegurar o desenvolvimento de umasociedade, no seu desenvolvimento, igualdade, justiça entre outros.
Partindo deste ponto, podemos destacar alguns direitos constitucionais que foram lesados no decorrer da história do livro “O Capote”. 
Akaki sofre por um determinado tipo de preconceito, ou seja, é tratado de forma diferente por seu traje e modo de vida. Também podemos destacar, que seus direitos a igualdade, liberdade, segurança foram lesados, é submetido a tratamento desumano ou degradante, direito o qual o art. 5º da Constituição Federal garante. Vejamos o art. 5º e alguns incisos deste abaixo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Dentro do art. 5º, também podemos destacar alguns incisos:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Além dos direitos acima citados, também podemos inclui-lo no art. 6º, também no inciso I e IV, art. 7º da CF, que da o direito a segurança e o protege em seu meio de trabalho, além de garantir seu direito ao salário mínimo, o qual deve ser suficiente para garantir suas necessidades básicas. 
Art. 6º São direitos sociais a educação, asaúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Podemos concluir nossa analise com a reflexão de que os direitos são garantidos por Lei, o qual deve ser exigido de forma justa e constitucional. Também podemos dizer que todos os cidadão brasileiros, são protegidos pela Constituição Federal de 1988, que se assegura a atualização e manutenção desses direitos.

6. Referências Bibliográficas

GÓGOL, Nicolai Vassílievitch Gógol. O capote e outras novelas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1990. Trad. Paulo Bezerra. vol. 1

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, Brasília, DF, 5 out. 1988.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

...

Baixar como (para membros premium)  txt (16.5 Kb)   pdf (59 Kb)   docx (16.1 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com