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Cotas Raciais

Por:   •  22/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  167 Visualizações

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Para falarmos de Cotas Raciais precisaremos fazer uma breve reflexão sobre outros assuntos que se interligam de forma direta. O racismo que em pleno século XI não se hauriu; Cotas Sociais que nos tramitem uma falsa percepção solucionável; a reflexão sobre as influências de nossos ascendentes; e os resultados e benefícios das Cotas Raciais e a não degradação do Princípio da Isonomia.

A princípio precisamos fazer uma análise, verificar se hoje em dia ainda á uma lógica racista vigorando nos nossos sistemas econômicos, educacionais, comunicativos, etc. Um ‘teste de pescoço’, simples e acessível a todos, andando pelas ruas analisem dentro das lojas de grife, joalherias, quantos atendentes são negros; espiche o pescoço dentro dos consultórios médicos e comecem a analisar quantos médicos são negros; entre em uma universidade pública ou particular, FDSM por exemplo, e conte quantos professores e alunos são negros; aos que têm uma rotina forense, quantos juízes/promotores são negros; meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são brancos, é mais fácil; enfim, existe um nível de desigualdade em vigor e precisa, com um veemência, ser levado em consideração.

Muito se discute sobre Cotas Sociais, onde seria disponibilizado um porcentual de cadeiras nas universidades públicas/particulares e concursos públicos baseado em critérios socioeconômicos. Porém, acredita “erroneamente”, que as cotas sociais incluem automaticamente alunos negros. Ás cotas sociais revela que existe desigualdades de classes no país, mas ainda ignora as de cunho racial. E existem casos concretos que comprovam a ineficácia das Cotas Sociais, na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em uma dada época, promoveram política de bônus para escolas públicas, durante os quatro primeiros anos não mudou, significativamente, o porcentual de negros e a universidade agora adota também bônus para pretos, pardos e indígenas.

É inegável a influência direta que nossos ascendentes nos transmitem, em todos os sentidos. Avós, pais, filhos, netos, trabalhando com a questão social e econômica não seriam diferentes. Os negros á 127 anos atrás eram os escravos do Brasil, que foram extraídos do seu local de origem, de sua comunidade, família, cultura, de seus deuses e de si mesmo. Passaram a ser objetificado, entulhados nos navios negreiros, como retrata o filme Amistad, e foram desembarcados em mundos totalmente desconhecido e inimagináveis para a lógica da vida que tinha em seu continente, a África. Foram mais de 300 anos de escravidão no Brasil, até que em 13 de Maio de 1888, um membro da família Real, a Princesa Isabel, pressionada pelos movimentos abolicionista, assinou a tal abolição da escravatura. É claro que não podemos ignorar o contexto político e econômico que fez com que a Inglaterra, dono do mundo capitalista a época, pressionasse o Brasil para o fim da escravidão, não por um sentimento humanístico, mas por simples interesse econômico, enfim. Os escravos passaram a ser homens livre, que saíram de suas senzalas, sem dinheiro, sem emprego, sem moradia, sem destino, sem nada, tiveram que começar do zero e buscar meios de sobrevivência. Foram extremamente humilhados, explorados, marginalizados, em busca de uma vida digna e livre. Os que conseguiam serviços eram extremamente aperreados, não tinham os mesmo direito que os brancos (nobreza, barões, burgueses), viviam em situação degradante e assim construíram suas histórias, famílias, etc. Vale a menção, de que os negros, em que se discute a legitimidade ou não de cotas, são descendentes desses pobres homens.

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