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Fichamento José Murilo de Carvalho

Por:   •  18/7/2022  •  Resenha  •  826 Palavras (4 Páginas)  •  132 Visualizações

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Nome: Ingrid Rocha Pinho Sousa

Texto: CARVALHO. José Murilo de. “Introdução: Mapa da viagem.”; “Conclusão: A cidadania na encruzilhada” Em Cidadania no Brasil O longo Caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. pp. 7-13; 219-229

O texto é iniciado com uma alusão histórica ao fim da ditadura militar, em 1985, e como se construiu, a partir desse período, a democracia no Brasil. Nesse momento, a palavra cidadania adquire significado fulcral, utilizada por todos os grupos sociais. Esse termo passou a ser humanizado, ao ser o sujeito das vontades da sociedade. Observa-se isso quando se diz "a cidadania quer" ao invés de "o povo quer ", como também pelo nome dado à Constituição de 1988 de Constituição Cidadã. Nesse contexto, existia ingenuidade, entusiasmo e esperança em um futuro próspero. De fato, ocorreu liberdade e participação no decorrer dos anos, porém em outros setores não houve pleno desenvolvimento. Por exemplo, ainda se tem altos índices de violência urbana, desemprego e analfabetismo. Em consequência, diminui-se a confiança no governo e, portanto, o nível da participação política e da democracia. (CARVALHO, 2002, p.7-8)

Por conseguinte, é comum a crença na funcionalidade do governo militar, pois as baixas perspectivas de melhorias fazem com que se crie uma angustia social. Isso se acentua com a atual dependência econômica internacional. No entanto, o que se confunde é que a cidadania não se resume apenas ao exercício de alguns direitos, como a liberdade de expressão e o voto. É um assunto mais complexo, com raízes históricas, e não é o único garantidor de direitos básicos do cidadão e de um governo justo. Carvalho diz que “uma cidadania plena, que combine liberdade, participação e igualdade para todos, é um ideal desenvolvido no Ocidente e talvez inatingível. Mas ele tem servido de parâmetro para o julgamento da qualidade da cidadania em cada país e em cada momento histórico. ” (Ibidem, p. 9) A ideia que se tem do pleno desenvolvimento da cidadania, teoria defendida por T.S Marshall, é o exercício dos direitos civis, políticos e sociais. Nesse caso, os direitos civis são relacionados à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade. Os políticos se referem à participação do cidadão no governo da sociedade, majoritariamente definido como o direito ao voto. (Ibidem, p. 9) Os direitos sociais garantem a participação da população na riqueza coletiva, ao permitir a redução da desigualdade e das injustiças.

De acordo com o Marshall, a cidadania surgiu inicialmente na Inglaterra, com crescimento lento e gradual. Surgiram primeiro os direitos civis, depois os políticos e, por último, os sociais. Um dependeu do outro para existir. Isso, acrescido da educação popular, foi necessário para o conceito histórico de cidadania e direitos. Entretanto, o surgimento disso em cada país foi de forma singular. No Brasil, houve a ênfase nos direitos sociais e com a mudança na lógica de surgimento comparado a forma inglesa, surgiram diferentes desdobramentos. (Ibidem, p. 13) Foram necessários mais de 178 anos de história para se construir a imagem do cidadão brasileiro e até hoje há o sentimento de incompletude e não sucedimento, pois por trás de toda a história do país desde a colonização há pobreza, violência, analfabetismo e desemprego. Isso

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