TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fichamento Nancy Fraser

Por:   •  15/9/2015  •  Resenha  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  630 Visualizações

Página 1 de 3

RESUMO – NANCY FRASER

        De acordo com a autora Nancy Fraser, as demandas por justiça social se dividem em dois tipos, sendo a mais comum a redistributiva, buscando uma distribuição mais justa de recursos e bens. A segunda, “política de reconhecimento”, com o objetivo de obter um mundo amigo da diferença, com demandas por reconhecimento das perspectivas diferenciadoras de minorias étnicas, raciais e sexuais, ou até mesmo de gênero.

        Desse modo, os dois tipos de demandas de justiça estão frequentemente dissociados um do outro, como exemplo Fraser cita os movimentos sociais feministas, que vislumbram a redistribuição como remédio para a dominação masculina está cada vez mais dissociada das tendências que, ao invés, visualizam o reconhecimento da diferença de gênero. Alguns defensores da redistribuição rejeitam completamente a política de reconhecimento, como se esta fosse uma “falsa consciência”, dificultando a busca da justiça social.

        Na visão da autora, reconhecimento e redistribuição são falsas antíteses, pois a justiça requer tanto redistribuição quanto reconhecimento, não sendo suficiente apenas uma delas, sendo assim, é fundamental a questão de como combiná-las, ou seja, desenvolver uma concepção bidimensional da justiça, que possa acomodar o reconhecimento e a redistribuição, integrando o melhor de cada uma delas.

        Para explicar sua menção da “falsa antítese”, a autora utiliza algumas definições, como na política da redistribuição, esta engloba também as reformas sócio-econômicas como remédio para as injustiças de gênero e étnico-raciais. Já a política de reconhecimento, engloba tendências desconstrutivas que rejeitam o “essencialismo” da política de identidade tradicional. Fraser deixa claro sua oposição quanto à presunção familiar de que a política de redistribuição enfoca exclusivamente as injustiças de classe, enquanto a política de reconhecimento enfoca as injustiças de gênero, sexualidade e         “raça”, para ela, as duas demandas podem permear todos os movimentos sociais.

        Assim, as políticas redistributivas e de reconhecimento podem ser contrastadas em três aspectos. Sendo o primeiro, as duas abordagens pressupõem diferentes concepções de injustiça, para a redistribuição, as injustiças definem como sócio-econômicas enraizadas na economia política, enquanto a política de reconhecimento mira as injustiças que entende como culturais enraizadas nos padrões sociais de representação, interpretação e comunicação. No segundo ponto entende-se que as duas abordagens propõem diferentes tipos de remédios para a injustiça. Para a redistribuição, o remédio é a reestruturação político-econômica, para o reconhecimento, o remédio adequado seria a transformação cultural. O terceiro aspecto consiste nas diferentes concepções das coletividades que sofrem injustiça, para a redistribuição, os sujeitos coletivos são classes sociais ou coletividades análogas as classes, aqueles definidos economicamente por uma relação característica com o mercado ou meios de produção, como dizia Marx; para o reconhecimento, as vítimas da injustiça são os grupos de status, definidos não só pelas relações de produção, mas principalmente pelas relações de reconhecimento.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4 Kb)   pdf (30.7 Kb)   docx (10.9 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com