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IMIGRANTES SIRIOS

Por:   •  23/11/2015  •  Resenha  •  5.924 Palavras (24 Páginas)  •  258 Visualizações

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Introdução: Kássia

Imigrantes: Jully

Repercussão Social/ Econômica: Getúlio (ALGUÉM QUE TEM FAMILIARIZAÇÃO COM ESTE EDITOR, SOCORRE AÍ POR FAVOR) :)

Relação com a Matéria: Karl

Conclusão: Bárbara

Introdução

 

A ditadura possui um papel preponderante no Oriente Médio, sendo um dos regimes de governo mais comuns dentre os países árabes. A insatisfação do povo árabe em relação à essa forma de governo vigente incitou uma série de revoltas nesta região do mundo que clamava por direitos civis, uma forma de governo que melhor representasse o interesses nacionais e uma maior participação política dos cidadãos (Bastos, 2014). A Revolução Jasmin na Tunísia, iniciada em 2010, teve como estopim o suicídio do comerciante Mohamed  Bouazizi, que como forma de protesto contra o governo ateou fogo em seu próprio corpo. Este ato deu inicio ao movimento Tunisiano que tirou o ditador Ben Ali do poder, e foi o precursor de várias outras revoltas em países do Oriente Médio conhecidas como Primavera Árabe.

                As revoltas se iniciaram em países que viviam uma condição governamental semelhante à da Tunísia. Surgiram movimentos revolucionários na Síria, na Argélia, no Egito, no Iêmen, na Líbia e na Jordânia, além do grande impacto que refletiu em outros países árabes. A insatisfação com os regimes autoritários nestes países sensibilizou especialmente os jovens para moverem-se rumo á uma sociedade mais democrática, e com esse objetivo, utilizaram assim de instrumentos tecnológicos, como as redes sociais, para promover e efetivar o movimento (Marques e Oliveira, 2013).

                A Revolução de Lótus, no Egito, foi uma das mais sangrentas manifestações políticas na Primavera do Oriente Médio. O povo egípcio, insatisfeito com o longo período em que o ditador Hosni Mubarak estava no poder, iniciaram sua onda de manifestações dia 25 de janeiro de 2011 e finalizaram um mês depois, após o presidente Mubarak dissolver as frentes de estruturação do governo e abrir espaço para nova eleição, na qual ele não concorreu. Antes desta decisão de Mubarak, a reação do governo contra os manifestantes egípcios foi de extrema violência. Inicialmente eles atacaram os protestantes com balas de borracha e gás lacrimogênio, porém, vendo que essa estratégia não estava diminuindo a onda de protestos eles abriram as portas das prisões, soltando presos e armando-os, para que eles atacassem a população civil e assim extinguissem os protestos. A Revolução no Egito foi uma das piores que ocorreu na Primavera Árabe (Ramos, 2013).

                A proliferação rápida da informação por meio da internet fez com que todo o mundo se voltasse para os acontecimentos do mundo árabe. A Primavera Árabe repercutiu por todo o mundo, recrutando adeptos e apoiadores em várias nações. O movimento dos jovens do Oriente Médio e Norte da África tomou força e conseguiu derrubar ditadores que há muito estavam no poder, como Muammar Kadhafi, na Líbia, e Hosni Mubarak, no Egito[1].

                A Síria, país no qual o ditador Bashar al-Assad governa há 46 anos pelo partido único sírio conhecido como Baath, iniciou sua movimentação interna contra o regime vigente em janeiro de 2011, e não tardou para que a revolta se tornasse uma guerra civil. Inicialmente as manifestações do povo sírio eram pacificas, porém após a violenta represália do governo deste país, a oposição ao regime de Al-Assad começou a se utilizar de armas para ser ouvida e conseguir seus objetivos. Tanto as ações do governo da Síria quanto as do grupo opositor foram denunciadas como crimes de guerra e crimes contra a humanidade (Bastos, 2014).

                A partir da continuação deste conflito armado na Síria, os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) se utilizaram de sanções, principalmente econômicas, no intuito de colocar um fim na guerra civil que ali estava se desenrolando. Os EUA bloquearam contas do presidente sírio e dos seus companheiros no governo, além de não permitir que empresas americanas fizessem qualquer tipo de acordo econômico com eles. Por sua vez, a UE congelou os fundos do Banco Central Sírio, além de proibir o comercio de metais preciosos com a Síria. A Liga Árabe, da qual a Síria faz parte, baniu o país até que Bashar Al-Assad aceite os acordos de paz que foram propostos. A Liga Árabe também propôs em 2012 a retirada de Al-Assad do poder, fazendo a transição da forma mais pacífica possível, porém este pedido, feito por meio do representante de Marrocos na Organização das Nações Unidas, foi vetado por dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, China e Rússia (Paiva e Fernandes, 2012).

O conflito interno sírio passou de uma manifestação em busca de participação política e liberdades para uma guerra na qual milhares de civis morrem todos os dias. Entre armas e bombas, crianças, mulheres e idosos são atingidos todos os dias. A esperança de uma vida melhor e mais digna leva sírios a tentarem recomeçar em outros países. A emigração síria, por conta da guerra civil sem previsão de fim, está cada dia maior. Milhares de pessoas se arriscam todos os dias em botes para tentarem chegar na Grécia ou na Itália. O desespero dessas pessoas é inimaginável. O objetivo deste artigo é buscar um entendimento mais profundo em relação a imigração síria, além de explorar as políticas migratórias utilizadas no caso sírio por países da União Europeia, e por outros que se propõem a ajudar neste momento de extrema vulnerabilidade.

Atualmente, especialmente na União Europeia, a discussão em torno do movimento migratório e da política de imigração que será tomada para dar uma solução à esta questão, está em alta. De acordo com a Convenção de Proteção aos Refugiados (1951) os signatários são obrigados a receber pessoas que chegam no seu país e que tenham os requisitos que demonstrem que ele precisa de asilo internacional. A Síria é um dos países que mais tem seus cidadãos pedindo refugio em países europeus, EUA e até mesmo no Brasil. O fluxo de imigrantes do mundo árabe é muito grande, e muitos deles não possuem passaporte ou qualquer forma de identificação, porém, na maioria das vezes, esta é a única forma que eles encontram para tentar sobreviver ao campo de batalha em que a Síria se transformou.

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