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MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

Por:   •  26/6/2019  •  Resenha  •  1.272 Palavras (6 Páginas)  •  247 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE NACIONAL DE DIREITO

ADRIELLY BRUNI MOREIRA

DRE 116166467

AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

Rio de Janeiro

2018

Avaliação da Extensão de Mediação e Conciliação

1. Qual a importância do mapa do conflito para a mediação? De que maneira o mediador pode descrever a sua dinâmica?

O mapa do conflito está intrinsecamente ligado à eficiência do mediador, e para a construção do mesmo é necessário uma avaliação das situações críticas e o planejamento de intervenções eficazes para lidar com os conflitos. Com isso, tendo em vista que as causas por muitas vezes são de  difícil entendimento, entra em voga o mapa do conflito. Desse modo, para atuar de forma ágil, é feito um maior detalhamento do ocorrido, de forma que  identifique as barreiras ao acordo e indique os melhores procedimentos para a resolução do conflito. Isso porque eles, em sua maioria, têm causas múltiplas, o que torna ainda maior a necessidade de identificar e tentar resolver cada uma delas. Desse modo, essas informações irão ajudar o mediador a desenvolver uma estratégia para melhor abordar os problemas enfrentados e um plano para a sequência de suas atividades.


2. Qual a diferença entre mediadores da rede social, mediadores com autoridade e mediadores independentes na teoria de Christopher Moore? Responda descrevendo sucintamente cada um dos tipos.

Há diversas nuances de mediadores, sendo estas diversificadas tanto na função como nos seus procedimentos. De maneira geral há três grandes classes de mediadores: 1. mediadores da rede social; 2) mediadores com autoridade e 3) mediadores independentes.

Os mediadores da rede social são terceiros que já fazem parte da rede na qual o conflito está inserido, ou seja, o seu relacionamento com as partes é anterior ao conflito. O motivo principal dessas pessoas serem escolhidas é o quesito confiança, já que as pessoas em discussão já conhecem o indivíduo, isso atrelado ao  fato de ser uma pessoa interessada em manter aquele vínculo entre as partes, trazendo harmonia para aquela rede social.

Já os mediadores com autoridade estão em uma posição hierarquicamente superior ou com detenção de mais poderes, eles têm um relacionamento de autoridade com as partes, tendo, assim, capacidade real de influenciar no resultado. Todavia, cabe salientar que como mediadores, eles não podem tomar decisões pelas partes, sendo seu papel somente para o auxílio do consenso. Essa classe geralmente é dividida em mediadores com autoridade benevolentes, administradores/gerenciais ou com interesse investido.

Já o mediador independente deve ter uma relação de neutralidade para com as partes, além da postura imparcial quanto ao problema em discussão. Há uma preferência, para aqueles que buscam esse tipo de mediador, por alguém que não tenha interesse no assunto em discussão, ou seja, um indivíduo “de fora”, para que assim não haja nenhuma vantagem pessoal, pois este é um desconhecido e o seu posicionamento não entraria em conflito com alguém do círculo social. Desse modo, a ajuda do mediador independente é obtida como meio de ter um interventor justo, sem prejudicar o interesse de nenhuma das partes. Entretanto, cabe aqui diferenciar a imparcialidade de neutralidade. Todos os mediadores acabam tendo uma opinião pessoal, já que seria impossível se dispor de suas vivências e convicções pessoais, o que descaracterizaria, desta forma, a existência de uma neutralidade, o que acontece na imparcialidade é que o mediador consegue separar sua opinião pessoal quanto ao resultado da disputa como forma de tentar auxiliar as partes da melhor maneira possível.  

3. Identifique e explique quais os compromissos do mediador independente e relacione com as variações do posicionamento e enfoque do mediador, diferenciando mediadores-orquestradores de mediadores negociadores.

Dentro da classe de mediadores independentes, existem as diferenças de posicionamento e enfoque do mediador. Kolb (1993) trata sobre os tipos ideais: os “orquestradores” e os “negociadores”. Os orquestradores, são aqueles em que fornecem auxílio processual como meio das partes chegarem a uma conclusão quanto ao conflito, ou seja, são menos diretivos que os negociadores e intervém quando observa que as partes sozinhas não vão chegar a nenhuma solução. Enquanto os negociadores, de forma contrária, são bastantes diretivos quanto a maneira de chegar ao fim do conflito.  São muito mais envolvidos com as questões fundamentais e podem, por vezes, expressar suas opiniões pessoais, fornecer informações importantes as partes ou mesmo atuar ativamente para a chegada a um acordo. Sendo assim, os orquestradores estariam mais relacionados com os mediadores independentes, já que por ser imparcial e neutro, suas opiniões e vivências devem ser colocados em segundo plano prestando auxílio para uma resolução pacífica das controvérsias.

4. Nos estágios ou fases da mediação, qual a diferença entre momentos não contingentes e movimentos continentes na intervenção do mediador e no conflito?

Nas situações críticas, constituíram-se nas intervenções dos mediadores dois aspectos: movimentos não-contingentes e movimentos contingentes. Os movimentos não-contingentes são intervenções gerais que o mediador tem em praticamente todas as disputas. Sendo assim, por serem ampla, essas intervenções correspondem aos próprios estágios da mediação, ou seja, estão interligadas ao padrão geral de desenvolvimento e resolução de conflitos. Como exemplo, ter acesso à disputa, coletar dados e analisar o conflito, projetar um plano de mediação, entre outros. Enquanto os movimentos contingentes são respostas aos problemas mais específicos, especiais que ocorrem em determinadas disputas, por exemplo, intervenção para se lidar com raiva intensa, má-fé, problemas de comunicação.

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