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Mulheres Como Lideres: Lições dos Contingentes Políticos na Índia

Por:   •  5/11/2018  •  Resenha  •  980 Palavras (4 Páginas)  •  236 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Direito

Mulheres como líderes: lições dos contingentes políticos na Índia

Nome do aluno: Evandro Pereira Assunção

                 

Trabalho da disciplina Interpretação Constitucional

                                 

 Tutor: Profª. CHRISTIANE SCHNEISKI

Belém – 2018

Mulheres como líderes: lições dos contingentes políticos na Índia

A presente resenha tem como objetivo fazer compreender como as mulheres conseguiram na Índia, um país quase que totalmente machista, onde o estupro de mulheres até pouco tempo não era levado a sério pelas autoridades, conseguira que o governo indiano aprovasse uma emenda constitucional para regulamentar a realização de eleições regulares e não só isso, fazer a reserva de um terço das vagas justamente para elas. Na Índia ainda é prevalecente a política das castas, onde quem nasce em família inferior na sociedade, tende de terminar seus dias dessa forma, sem nenhum tipo de perspectiva de mudança de classe na sociedade. O país com maior densidade demográfica do mundo agora era um experimento de “uma das inovações em democracia de base no mundo", vulgo recebido da ONU, parceira nessa experiência. Foram eleições nunca antes vista no país, sendo que na ocasião foram eleitas um milhão e meio de mulheres para liderar milhares de aldeia. Durante os anos 90 foi proposta através da  influente Declaração e Plataforma de Ação das Nações Unidas de Pequim que as mulheres que tivessem uma "participação plena e igual na tomada de decisões políticas" e incitava governos a adotarem políticas que fomentassem a liderança feminina, todavia várias outras associações argumentavam que cotas para mulheres “desencorajariam” a representatividade política de outros grupos étnicos ou socioeconômicos marginalizados aumentando com isso as desigualdades dentro dos países, mas sabemos que essa não era a única razão e o que estava realmente por trás dessa “má vontade política” era o mesmo que aflige a maioria das mulheres mundo afora, ou seja, o preconceito do gênero feminino, que em um país milenar como a Índia, é mais forte ainda. Os anos 2000 foi o ano de redenção para as mulheres, pois elas superaram os homens no quesito profissionalismo, e somente não assumiram as rédeas da administração de muitos países mundo afora por causa de barreiras relacionadas ao gênero feminino, além dos preconceitos de culturais profundamente arraigados.

As mulheres geralmente cumprem dupla jornada, são mães e muitas vezes pais, trabalham de domingo a domingo, algumas com apenas uma folga quinzenal, mas tudo para prover o melhor para a sua família, então a pergunta que fazemos é: esta mulher ainda não está preparada para a política, visto que o que ela faz no seu cotidiano é puramente política?

A Índia inovou na política quando fez a referida emenda constitucional para promover a mulher no meio político, pois nesse país há séculos ele é governado essencialmente por homens. Essa emenda constitucional chamada de Panchayati Raj procurou reviver o governo local da Índia e colocou o Conselho da aldeia no coração de um aparato governamental descentralizado. Ao aumentar de forma significativa a representatividade política de mulheres e indivíduos de castas mais baixas, através de cotas, a legislação também tentava redistribuir o equilíbrio de poder. Isso serviu para que essas pessoas pudessem administrar os serviços públicos essenciais a população como água, luz, educação e de uma hora para a outra se viram em uma posição que jamais imaginariam a bem pouca meia de uma década atrás. As mulheres em todas as partes do mundo sempre sofreram discriminação, tudo por causa do gênero feminino. É cediço que durante a história da humanidade a preferência pelo gênero masculino foi sempre maior do que pelo feminino. Na Grécia antiga na cidade de Esparta as crianças ao nascerem eram verificadas, se fossem meninos eram entregues para um educador e depois iriam integrar as fileiras do exército espartano, de onde saiam aos trinta anos para se casarem, geralmente com uma mulher que estava prometida aquele menino desde o nascimento, em Esparta, o Estado tomava os meninos das famílias para treiná-los na arte da guerra[1] , mas se fossem meninas  recebiam algum treinamento, cujo foco estava na excelência física. Em resumo, as espartanas eram vistas como parideiras – as futuras mães dos guerreiros[2].

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