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O Príncipe

Por:   •  27/10/2016  •  Resenha  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  162 Visualizações

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O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em dedicatória à Lourenço de Médici no ano de 1513, publicado somente em 1532, trata-se de um livro de extrema representação em assuntos de organização política e econômica da sociedade. Maquiavel debate sobre o poder sobre o povo, o poder ditatorial, e o poder compartilhado. A partir de reflexões sobre seu passado político, buscou, através de relatos, conselhos e sugestões, conquistar a confiança de Médici, e assim elaborou uma teoria política inédita, pois foi fundamentada em sua prática e experiência. O que vemos no livro é uma análise do poder político de perto. A estrutura que Maquiavel transmitiu em seu livro segue fundamentando estruturas de Estados até o tempo moderno.

Maquiavel inicia seu livro relatando que todo governo e Estado que possuem ou em determinada época possuíram poder sobre a sociedade, dividiam-se em repúblicas ou principados. Poderiam ser adeptos ao domínio do poder de um príncipe ou a serem livres. Os principados podem ser hereditários, mistos, e outros denominados novos. Os principados novos são aqueles instaurados há pouco e seus líderes não são hereditários. Principados mistos são aqueles como o do Papa ou dos sultões, ele exemplifica, visto que estes estão estabelecidos há muito tempo (assim como o principado hereditário), mas a liderança não se passa de pai para filho (como um principado novo).

Em seguida, Maquiavel explica como governar esses diferentes principados mencionados anteriormente e quais são os desafios que eles apresentam ao seu soberano. Os líderes hereditários possuem menos dificuldade que os príncipes novos pois a sociedade já está habituada com a hereditariedade e aceita seu poder, e já um príncipe novo terá que ser dotado de grande capacidade para ser aceito.

É de grande importância que o líder adquira território para expandir seu poderio. Segundo Maquiavel, há quatro meios de adquiri-los: O primeiro, por seu próprio esforço e virtude; O segundo, por sorte; O terceiro, por meio de esforço de outrem; E o último, de forma desigual. O primeiro, em seu conceito, é o mais apropriado pois território conquistado de tal forma será mais fácil para manter-se, pois ali governará com sua própria milícia e de acordo com suas virtudes e sabedoria.

O próximo tópico abordado por Maquiavel são as qualidades aplicáveis a um príncipe para que este se mantenha em controle do poder. Entre elas, estão: conhecimento militar, liberalismo e parcimônia, a questão de ser querido ou temido, credibilidade, boa e má reputação. Destaca-se que conhecimento militar é uma qualidade primordial para um príncipe, pois defender o principado é seu dever.

Em questões de fortuna, determina-se que a principal atitude a ser cultuada seria a parcimônia, pois deve-se investir em defesa de seu território e também porque é um recurso limitado. Para continuar a ser visto como um líder generoso, é necessário incidir impostos pesados sobre o povo para que esse recurso nunca se esgote. Também sua generosidade deveria ser tratada com parcimônia, pois caso o seja em excesso poderá provocar ódio entre aqueles que não se beneficiarão de sua generosidade. Maquiavel deixa explicito que, diante da necessidade de escolher entre ser amado e temido, o líder deverá optar por ser temido, pois a traição a quem se teme é muito mais rara do que a àquele que se ama.  No entanto, deverá sempre manter a boa imagem e relação com seus súditos.

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