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Os Clássicos da Política .

Por:   •  4/4/2015  •  Bibliografia  •  6.348 Palavras (26 Páginas)  •  282 Visualizações

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Fichamento – Nicolau Maquiavel
Livro: Os clássicos da Política, volume 1 - 2006
Autor: Francisco C. Weffort
O autor começa sua exposição falando sobre a visão do mundo de Maquiavel, sendo que está nome Maquiavel com certeza é conhecido por muitos, seu nome é lembrado seja no meio político ou no nosso cotidiano. O grande detalhe é que o termo maquíavel ou até mesmo maquiavelismo nos dão a ideia de traição, de deslealdade “o maquiavelismo está associado à perfídia” (Weffort, 2006, p.13). Essas expressões sobreviveram durante muitos anos e até hoje ainda são usadas como algo imoral e sujo.
Nicolau Maquiavel nasceu na Itália, mas precisamente na cidade de Florença no ano de 1469, um lugar formado por pequenos estados culturais variadas. Em meio de cenário difícil “no qual a maior parte dos governantes não conseguiam se manter no poder por um período superior a dois meses” (Weffort, 2006, p.15) ele viveu sua infância e adolescência. Seu pai era um advogado estudioso e se empenhou em ensinar o seu filho Maquiavel à educação clássica, com seus apenas 12 anos já escrevia em latim, no entanto somente aos seus 29 anos que Nicolau aparece realmente ao mundo ocupando cargos públicos e exercendo diversas missões diplomáticas e assim adquirindo maior conhecimento sobre o funcionamento do Estado e das diversas instituições relacionadas ao mesmo.
Como era considerado Republicano pelo de Médicis foi preso e impedido de exercer sua profissão, acabou indo morar em uma propriedade deixada pelos pais e avós e a partir dai passou a estudar os clássicos e descrevia seus dias em cartas paras seu amigo Vettori.
De manha eu acordo com o sol e vou para o bosque fazer lenha; ali permaneço por duas horas verificando o trabalho do dia anterior e ocupo meu tempo com os lenhadores que sempre têm desavenças, seja entre si, seja com os vizinhos (Carta a F. Vettori de 10/12/1513.)

A partir dessa “caminhada” forçada surgi às grandes obras de Maquiavel, obras estas que o mesmo dizia ser resultado de suas experiências e do convívio com os clássicos. Depois da publicação da sua obra O príncipe sua vida foi modificada “a vida deMaquiavel é marcada por uma continua alternância de esperanças e decepções” (Weffort, 2006, p.17).
Todas suas obras estão ligadas com o Estado, um Estado capaz de governar e impor suas ordens, Maquiavel rejeitava a tradição idealista, sua metodologia era examinar a realidade como ela é e não como nos gostaríamos que fosse “seu ponto de partida e de chegada é o realidade concreta” (Weffort, 2006, p.17).
Maquiavel busca formular e resolver uma pergunta que lhe deixa intrigado *Como fazer um Estado estável onde este Estado seja capaz de impor ordens? Tal ordem deve ser criada pelos homens caso contrario poderia haver muitas confusões, sendo que tal ordem nunca será definitiva porque sempre há alguma pessoa não satisfeita com alguma condição “ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto é, ameaça de que seja desfeita” (Weffort, 2006, p.18).
O Estado por muitas vezes não é o que a sociedade deseja, já que o estado limita muitas coisas pondo ordens e deveres ao cidadão, porem para se existir a paz se vende a liberdade, uma famosa frase descreve tal situação “o mundo da política não leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos” (Weffort, 2006, p.18).
Graças ao seu estudo do passado e suas conversas com os homens da antiguidade clássica Nicolau percebe que o homem em si é mal por natureza preferem mandar a ser mandado, possui atributos negativos que fazem parte da sua natureza.
Maquiavel entende que todas as sociedades possuem duas forças uma ele chama de Principado e a outra de República, a primeira se faz necessário quando a sociedade se encontra em corrupções, sem leis, sem ordem, já a segunda só é possível chegar nela quando a sociedade já se encontra em equilíbrio, ou seja, o poder público já cumpriu sua função de colocar ordem nas coisas. O governante é aquele que possui coragem, virilidade virtú que sabe usar sua força e assim mantem o equilíbrio do governado, o governante deve aparentar aquilo que seus governados presam, mas deve saber agir de acordo com suas necessidades.


Fichamento 4 - Os Clássicos da política - Maquiavel
Tiago Alcoforado Coutinho  -  14\0032525
O livro “Os clássicos da política” organizado por Francisco C. Weeffort traz uma análise de respeito de alguns dos principais autores estudados hoje em dia em paralelo com a política atual. A sua primeira parte é destinada a Nicolau Maquiavel, “o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtu”. Existe muito preconceito em torno de Maquiavel, até por associarmos seu nome a algumas palavras como malévolo ou maquiavélico, que em parte foram derivadas de seu nome mesmo, contanto, não se compreende Maquiavel, para podermos analisar seus escritos temos que levar em conta a época e o lugar em que viveu Nicolau.
Florentino, viveu em uma época conturbada na Itália, demasiada miscigenada a península era formada de uma série de pequenos Estados, que passavam por dissensões internas e entre regiões, somando-se as constantes invasões das poderosas nações vizinhas. Nenhum governo se sustentava por mais de dois meses. Fato esse que justifica o Príncipe de Maquiavel ser o dominador, aquele que não hesita em usar a força do Estado para se manter no poder, aquele que deve combatercom mãos de ferro qualquer um que se opor ao seu governo. Maquiavel recebeu aprimorada educação clássica, desde criança, influenciado pelo pai, aprendeu a redigir em latim; sempre mostrou inclinação para a política, veio a exercer funções de destaque no cenário político Italiano, porém em meio a diversas revoluções a republica é dissolvida, Maquiavel é demitido e proibido de abandonar o território florentino pelo espaço de um ano, porém mais a frente é acusado de ter participado de uma tentativa de golpe e por isso preso, torturado, condenado a  prisão e a pagar severas multas, sai da prisão com a retomada dos Médices, porém não consegue reaver seu cargo.
Foi nesse período, exilado em sua própria terra, que Maquiavel produziu suas obras de maior renome como “ O Príncipe”, “ A arte da guerra”, “História de Florença”. Maquiavel descrevia sua rotina como uma porção de coisas a se fazer durante o dia, porém, era a noite, quando ele regressava para casa que poderia, trajando as roupas adequadas, ele podia mergulhar na leitura dos clássicos e enfim esquecer o sofrimento, o desgosto e se nutrir do único alimento para o qual nasceu. Maquiavel trata de sua paixão comosua missão: " minha missão é falar sobre o estado. Será preciso submeter-me a promessa de emudecer ou terei que falar sobre ele". O predestinado Maquiavel descreve o estado como ele realmente, e não conceitos de estados utópicos que só existem nas teorias. O príncipe é aquele capaz de exercer sua soberania e capaz de mante-la, para isso uma série de qualidades são determinantes para o príncipe, ele deve ser bravo e corajoso, ao mesmo tempo honesto, e cumpridor de sua palavra, sobre tudo o príncipe deve ser predestinado, ter o extinto de grandeza, deve ser possuidor da virtu! Somente aqueles que possuem virtu poderiam alcançar a fortuna.
Deve se ler Maquiavel como se decifrando um enigma, o grande crítico da política moderna, por certo não há um tirano que não tenha se inspirado em sua obra, por isso é responsabilizado por diversos massacres e por isso tão maldito. Porém se lhe é capaz analisar sua obra profundamente deve-se chegar a mesma conclusão de Rousseau, "Maquiavel, fingindo dar lições aos príncipes, deu grandes lições ao povo." o que é perfeitamente compreensível do ponto de vista que se você conhece seu inimigo tem melhores chances de se defender.

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