Política

Dilma busca respaldo em juristas e governadores

CONTRA-OFENSIVA

Planalto articula ações para derrubar impeachment e conter grupo de Temer

Governo aposta na divisão do PMDB e reúne líderes para fechar tropa de choque na comissão especial que vai analisar pedido

Para enfrentar o processo de impeachment e o grupo que se articula em tomo do vice-presidente Michel Temer, o governo monta uma ofensiva política, jurídica e social. No campo político, o ministro Ricardo Berzoini se reúne hoje com líderes da base aliada para formar uma tropa de choque na comissão especial. A presidente, por sua vez, recebe governadores

amanhã em busca de apoio. No front legal, 30 juristas contrários ao impeachment estarão hoje com Dilma para apresentar estratégias de defesa. E no setor social, o governo conta com a militância petista. No PMDB dividido, o líder na Câmara, Leonardo Picciani, disse que indicará os nomes à comissão especial sem consultar Planalto ou a cúpula da legenda, página 3

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RICARDO NOBLAT

Comissão do impeachment no Congresso definirá futuro de Michel Temer, página 2

Planalto e oposição disputam apoio de setor empresarial

Defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ministros de Estado e líderes aliados do governo vão intensificar a partir de hoje a busca por apoio no empresariado. Os primeiros contatos foram feitos na sexta-feira e no fim de semana, por emissários do Palácio do Planalto, do PSDB e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que possui uma rede privilegiada de interlocutores na economia. (O Estado de S. Paulo)

'Dilma nunca confiou em mim', afirma Temer

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) dizer que espera "integral confiança" de seu vice durante a tramitação do impeachment, Michel Temer (PMDB) respondeu: "Ela nunca confiou em mim". A declaração surgiu em conversa com amigos. (Folha de S. Paulo)

Padilha entregará cargo em ministério oficialmente hoje

O ministro demissionário da Aviação Civil, Eliseu Padilha, irá se reunir hoje com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para comunicar pessoalmente ao governo sua decisão de entregar o cargo. Apesar de o governo ainda esperar uma conversa com Padilha, o cargo dele já estaria em negociação. (O Estado de S. Paulo)