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Política Para Meu Filho

Por:   •  6/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.532 Palavras (7 Páginas)  •  167 Visualizações

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Política para meu filho

Atualmente é comum a população não se importar com a política, talvez pela corrupção, maus gestões, grandes mentiras, ou ate pela junção disso tudo. E ao observar o atual cenário, até seja justificável a falta de interesse populacional, principalmente os jovens, em política.

As pessoas que não se interessavam em política na antiga Grécia eram chamadas de idiótes, palavra que significava uma pessoa isolada, um cidadão privado, uma pessoa que não se importava pelos interesses da comunidade em geral. E o presente livro já começa com uma ordem ao leitor: “não seja idiota” [p.14], em outras palavras, participe da política, já que você tem o poder de se manifestar.

Ao pensarmos na nossa sociedade, devemos lembrar que ela foi idealizada por alguém como nós e para pessoas como nós, sendo assim, devemos interagir e aproveitá-la. A comunidade em que participamos possuem benefícios e nos oferecem proveitos, entretanto vêm acompanhados de imposições (limitações, instruções e exigências) para o bom convívio.

Imposições essas que são convenções, algumas apresentam significados de baixa importância, como usar determinada roupa para ir a algum lugar específico, outras possuem uma maior relevância na sociedade, como respeitar e manter a vida do próximo, e sem a existência de convenções não poderíamos viver em sociedade.

É fato que a sociedade se transforma, é inventada e reinventada, já que o ser humano não possui apenas a capacidade de reproduzir e obedecer o que já existe, mas também de se rebelar, e é aí que são encontradas as mudanças que a sociedade conquista com o passar dos anos.  

Dessa forma, quando existe algo na sociedade que vá de contra com o bem geral é necessário a rebelião para a mudança do cenário atual, já que a política vai muito além de obediência a uma autoridade. O embate entre ideias e opiniões é de suma importância, pois é graças a ele que a sociedade não para e está sempre mudando para alcançar o ideal de uma determinada época. Quanto mais numerosa é uma sociedade, as chances de conflitos aumentam e eles são características de uma vida em sociedade.

Então, os conflitos não são provocados pela política, e sim das transformações que acontecem na sociedade, e o papel da política é tentar organizá-los e impedir que cresçam a tal modo que venham a destruir um grupo social. Sendo assim, é necessária a existência de uma pessoa de autoridade ou de instituições a que canalize a obediência de todos para coagir que os indivíduos em confronto não se destruam mutuamente. Em síntese, existe uma classe dominadora, as autoridades, e por meio da força faz com que os demais obedeçam.

Viver em comunidade é alcançar objetivos em conjunto, unir esforços, os quais sozinhos não seriam possíveis conquistar. Trata-se de promessas que um grupo de pessoas fazem aos demais e é necessário existir alguém de autoridade para que obrigue que essas promessas sejam cumpridas ou obrigar que sejam cumpridas.

Se formos até a antiguidade vemos o exemplo de que um rei antigo não tinha apenas a autoridade de colocar ordem na sociedade, mas também ter objetivos que iam além de seu controle, como controlar a chuva. E esses líderes tinham que possuir a característica de se destacar entre os demais, ter algo que os demais não possuíam.

As primeiras organizações de sociedade tiraram proveito das desigualdades entre os homens, é de fato que os homens são diferentes uns dos outros. Nessas organizações, se destacava o melhor caçador para comandar a caça, o mais forte para comandar as lutas etc. Porém a partir do momento que essas sociedades cresceram, ficou mais difícil de organizá-las apenas pelas aptidões. Nesse momento, começou a existir uma forte manutenção da hereditariedade, os filhos de ricos já nasciam ricos, filhos de escravos eram escravos e os descentes do rei eram as novas autoridades. E isso era justificado por meio de crenças e mitos.

Com isso, os gregos começaram a pensar que os homens tinham a capacidade de raciocinar, discutir, escolher os dirigentes etc, retirando a vontade da natureza e dos deuses e enfatizando a liberdade dos homens. Foi nesse momento que nasceu a democracia. Relacionando com a isonomia, onde as leis eram iguais e para todos, independente de classes ou de qualquer outra característica. Nenhum na sociedade estava acima da lei, e esta deveria ser obedecida por todos. Nesse momento, podemos obeservar que o homem estava se separando da natureza.

Os gregos foram verdadeiros democráticos e igualitários, entretanto apenas entre si, em sua pólis, eram livres e iguais porque eram espartanos ou atenienses. Em contrapartida, os romanos contribuíram para deixar os direitos políticos fossem de todos os que estivessem dentro do império.

Deve-se lembrar que o Estado é feito para os indivíduos e não o contrário. Ao querer fazer parte de um grupo social, temos duas opções de escolha, uma é pertencer ao grupo, que seria a sua entrega incondicional à coletividade e aceita o que lhe é imposto e a outra seria participar do grupo, que encaixa o momento de escolha voluntário, participamos quando queremos e não há a necessidade de obrigação de lealdade e a qualquer momento que não lhe for conveniente pode sair.

Mas o que mais importa não é fazer parte de um grupo social específico e sim, que todos nós somos seres humanos e que podemos estabelecer relações com homens de todas as nações, culturas, raças. A partir desse conceito que surge a defesa dos direito humanos, que seria admitir que todos os homens podem e devem ter direitos iguais, independente do grupo social que participe. Entretanto, não são todos que defendem essa ideia, há os fanatismos de pertencimento que instauram hierarquias entre os humanos, no qual um determinado grupo se acha superior aos demais. É nisso que se encaixa o racismo, que estabele que cor de pele ou qualquer característica física determina o seu caráter, intelectualidade, entre outros. E esses racistas não entendem que você pode mudar suas ideias, seus pensamentos, sua religião, suas crenças, mas em hipótese nenhum o seu código genético.

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