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Relacao de ideias nicolau maquiavel e o que e politca

Por:   •  19/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.847 Palavras (8 Páginas)  •  225 Visualizações

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CIENCIA POLÍTICA: RELACÃO DE IDEIAS SOBRE O ESTADO

MACAPÁ

2013

CIENCIA POLÍTICA: RELACÃO DE IDEIAS SOBRE OS ESTADO

Correlação de ideias dos livros “ O príncipe” de Nicolau Maquiavel e “O que é política” de Wolfgang Leo Maar, conteúdo disciplinar de cunho avaliativo apresentado a disciplina Ciência Política ministrada pelo

   Professor:

                                

MACAPÁ

2013

        

        O estado foi criado pelo homem para organizar as atividades voltadas para atender a coletividade. Mediante este artifício criou-se formas coercitivas de tal modo que a sociedade, caso não cumpra as “ordens estatais”, será submetida a uma sanção. Durante o decorrer dos tempos, o homem vem tentando, a todo custo, melhorar ou até mesmo aperfeiçoar a figura do estado visando, sobretudo, oferecer com a máxima eficiência as atividades por ele prestadas. Neste sentido, personagens como Nicolau Maquiavel e Wolfgang Leo Maar deram-nos uma grande contribuição. A concepção de estado sobre a qual discorreremos será desenvolvida sob a égide de tais autores.

        Atualmente, a ideia que a sociedade tem de estado é aquela segundo a qual este ente é uma instituição que garante os direitos de todos sendo este um órgão que possui o poder máximo de governo, podendo se valer de formas coercitivas para que as coisas se mantenham em seu devido lugar. No estado democrático  de direito tal objetivo é alcançado por imposições legais.

        Para discutimos melhor a respeito do assunto, vamos relacionar as ideias de Nicolau Maquiavel e Wolfgang Leo Maar. Estas duas figuras deram uma contribuição de suma importância par o estudo da ciência política.        

        O primeiro, Nicolau Maquiavel, que foi um grande ícone do pensamento e da ciência política moderna. Ele dedicou boa parte de seus estudos somente à política e formas de governo. Em outras palavras, no que concerne ao estado propriamente dito da ciência política, ele é considerado o grande expoente. Ou seja, é o o pai da ciência política. A sua maior contribuição para o pensamento político moderno foi a sua obra “O Príncipe”, obra conhecida mundialmente. Nela, Maquiavel fala sobre a forma como se deve governar e apresenta problemas de alguns principados. Além disso, apresenta soluções para se manter no poder e como se consegue fazer um bom governo. Já o segundo autor, Wolfgang Leo Maar, inspirado nas ideias de Maquiavel, escreve em seu livro “O Que é Política”, que as ideias de Maquiavel podem ser acessíveis a todos, sejam os que lutam para alcançar o poder ou aqueles que estão no poder e nele querem permanecer. Wolfgang traz uma visão moderna das ideias de Maquiavel para o mundo atual, onde o Príncipe é o partido político e seu objetivo é chegar ao governo e assumir o poder do estado.

        A priori, pode-se destacar como ponto em comum entre os dois autores a igreja enquanto instituição de poder. Na visão de Wolfgang, a igreja, mesmo não sendo uma instituição política, sempre sustenta a proposta de fazer política, oferecendo um nível em que procura traduzir anseios e interesses sociais. Ela não pretende o poder institucional (o governo), mas um poder político. Sendo assim, a igreja possui numa atividade política pautada na concentração de exercício de um poder de direção consensual, isto é, ela possui um certo poder político no qual exerce, no seio da sociedade, um papel importantíssimo que visa obter um consenso da sociedade pela organização e mobilização em torno de direções a serem adotadas. De certo modo, Wolfgang considera a igreja como sendo uma instituição que possui certa influência, logo não nega sua importância dentro da sociedade. Porem, aos olhos do estado, não é dada muita importância, pois este procura manter seu poder, e a igreja poderia ser um oponente neste ponto, uma vez que esta pretende poder político dentro do estado. Já na visão de Maquiavel, embora critique a teocracia, não nega o poder da igreja, pois reconhece que a igreja é uma instituição política secular, dotada de fins próprios, moralmente isolada e soberana. Porém, discorda desta quando relaciona-se com a conservação de poder do estado, que segundo a mesma o poder provem de deus e o governante era escolhido de acordo com a vontade divina, Maquiavel discorda de tal ideia, deixando claro que a conservação do poder do  estado não provem da vontade divina nem de hierarquias fixas, para isto ele desvinculou o estado da igreja.                                        Ainda nesse diapasão, vamos ao segundo ponto em relação a disputa pelo poder. Partindo-se da visão de Wolfgang, os partidos políticos também são espécies de agentes políticos, pois estão em constante disputa visando chegar ao poder do estado ou se manter nele. Estes agentes são, de certa forma, independentes do estado, a não ser quando precisam mostrar suas eficiências no desempenho das relações que o estado mantém com a sociedade, segundo Wolfgang, que, em seu livro diz: “(...) o estado e seu agente, o governo, são o objeto principal da disputa de todas as orientações políticas, de todos os partidos, incluindo as oposições e a situação, que tem como papel principal manter-se onde está: no poder (...)”. Nas palavras de Maquiavel, temos: “(...) Na disputa do principado, precisam comportar-se também como príncipes. E o príncipe sábio é aquele que se baseia sobre o que é seu e não sobre o que é dos outros (...)”. Conforme se depreende da ideia de Maquiavel, nada melhor que observar o comportamento do estado para depois domina-lo. Maquiavel também diz que o Príncipe precisa sistematizar a disputa pelo poder estatal. Nos tempos modernos, temos como exemplo de Príncipe, os partidos políticos. O Príncipe necessitaria ser dotado de virtudes (que, para Maquiavel, seria a astúcia e a força). Segundo ele, através de tais virtudes, poderia o Príncipe, gerenciar o estado e ser tutor da sociedade através do governo. Além disso, conseguiria se sobressair diante dos acontecimentos de caráter político.

        Embora Maquiavel nunca tenha citado a famosa frase “os fins justificam os meios”, muitos são aqueles que se valem dela, ou melhor, põem-na em prática quando têm como objetivo a manutenção do poder. Portanto, de acordo com Maquiavel, o governante que pretende conquistar o poder ou se manter nele, pode se valer de meios que nem sempre serão os mais corretos. Trazendo para uma visão mais moderna, o estado pode se valer de métodos poucos convencionais para manter sua legitimidade, sua hegemonia. Já na visão de Wolfgang, a atividade política institucional do estado, que foi desenvolvida em torno da história, visa organizar a vida coletiva com interesses comuns. Assim, o Estado como um agente de coerção, de imposição, de persuasão. Deste modo, ou seja, através da coerção, o Estado mantém sua hegemonia, tornando-se dominador. Assim sendo, o estado, através de seus agentes (governo), fazem usam da coerção para manter o domínio sobre a sociedade. Eis, portanto, o atributo fundamental do poder, mediante o qual se mantém a relação entre dominado e dominador. Um exemplo claro do que foi citado, são as manifestações ocorridas em nosso país, não só na época da ditadura, mas, também, nos dias atuais. Necessário a hegemonia, para se chegar ao política do convencimento. Por exemplo, um governo que faz propagando de seus atos, está procurando manter sua hegemonia, um meio de direção pelo convencimento. Para Maquiavel, este meio seria uma forma de manter “os principados”.

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