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Resenha - Revolução dos Bichos - Voltada para o Direito

Por:   •  1/7/2017  •  Resenha  •  1.747 Palavras (7 Páginas)  •  260 Visualizações

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

CURSO DE EDIFICAÇÕES - DEC

RESENHA

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Autor: George Orwell

Resenha apresentada como trabalho parcial do 1º Bimestre de 2017 na disciplina “Legislação”, ministrada pelo Professor Juracy Coelho Ventura.

Aluno: Arthur Handerson Gomes Silva

Turma: Edificações 3B

Belo Horizonte, 24/04/2017

  1. PROBLEMATIZAÇÃO

O livro A Revolução dos Bichos é uma fábula em que George Orwell – a partir do uso de animais, pessoas e episódios – retrata e critica como se passou a Revolução Russa, julgando o totalitarismo de Stalin e demonstrando as leis, os tipos de governos e a busca incessante por poder. Através da implementação de animais que falam, pretende-se dar um outro significado além do literal, comparando-os com figuras históricas – especialmente para demonstrar o comportamento humano no que tange à ambição e à necessidade de levar vantagem. Devido à ganância, os princípios  iniciais do Animalismo, a teoria ideológia da Revolução dos animais, vão sendo quebrados um por um e a forma de governo pautada na igualdade absoluta é distruída; entretanto, os animais não conseguem observar isso devido ao medo imposto sobre eles.

  1. OBJETIVO

O autor pretende demonstrar o funcionamento de sociedades com diferentes tipos de sistemas econômicos e governos. No início do livro, quando a Granja ainda era comandada por Sr. Jones, é retratada uma sociedade capitalista, em que ele buscava acumular mais capital através da exploração animal, pagando-lhes com alimentação insufiente. Após a Revolução, que teve como inspiração o Animalismo, a Granja se torna uma sociedade socialista democrática, em que todos participavam com ideias para o bom funcionamento do convívio, o que não durou por muito tempo.

Além disso, como colocado no posfácio do livro, George pensou em denunciar como o Stalinismo traiu os ideiais da Revolução Socialista na União Soviética em uma história que fosse facilmente compreendida por qualquer um.

Também, Orwell tenta alertar para os perigos de se acreditar cegamente em um governo – como acontece no capítulo dois, em que Sansão e Quitéria aceitam os princípios do Animalismo sem pensar na teoria –, devendo os cidadãos sempre questionarem as decisões dos governantes, uma vez que estes são geralmente cheios de ganância, corruptos e não ligam para o bem-estar da população.

  1. JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Como o livro A Revolução dos Bichos tem como um dos objetivos criticar o Stalinismo, é importante para comparar e entender a corrupção e a injustiça presenciada em um regime totalitário, através de uma linguagem clara e objetiva e de elementos como a manipulação, alienação, importância da propaganda, que são demonstrados ao longo do enredo.

Também faz-se importante a obra para entender-se o funcionamento de sociedades que são comandadas por governos de tipos diferentes, como os sistemas capitalistas e socialistas, sendo que, independente do modelo, todas as atitudes bem intencionadas não significam nada caso o governante não siga ele mesmo as ordens que designa para a sociedade.

Além disso, é importante para alertar à sociedade o perigo na ascensão de certos líderes que possuem técnicas de convencimento nos discursos, entretanto disfarçam suas reais intenções.

  1. AMBIÊNCIA DE ESTUDO

A trama se passa em uma Granja, localizada próxima à cidade de Willingdon, na Inglaterra, originalmente chamada Granja do Solar e posteriormente Granja dos Animais.

Na Granja do Solar, que era comandada por Sr. Jones – um humano – o trabalho era visto como escravidão e os animais eram abatidos para servir de alimentos ou vendidos por dinheiro. Os animais, inconformados com a forma que vivem, decidem fazer uma revolução.

Após a revolução, o nome da granja passa a ser Granja dos Bichos e há uma tentativa de se organizar a nova sociedade, definindo os direitos fundamentais, tarefas e prioridades. Foram então criados os sete mandamentos, que tentavam implantar leis pelas quais os animais regeriam suas vidas com igualdade, com a máxima “Quatro patas bom, duas pernas ruim”. A intenção era de que trabalhassem em conjunto e sem a influência de um mestre, trabalhando para que houvesse prosperidade. Entretanto, em pouco tempo, com a liderança de Napoleão, os sete mandamentos vão sendo alterados em favor dos porcos e a Granja dos Bichos se torna cada vez mais parecida com a Granja do Solar, entretanto com um lider animal, e não um humano. É importante destacar que, conforme se passa o tempo, é possível identificar uma forte presença autoritarista de Napoleão no local onde vivem, e uma diminuição da democracia, com uma perda gradual da qualidade de vida dos animais.

  1. SÍNTESE TEÓRICA

O livro pode ser lido como um comentário sobre o meio político da época em que foi escrito. O autor critica em especial a Revolução Russa, entretanto serve para outros governos totalitários. A ideia é de que qualquer governo totalitário é baseado na opressão do indivíduo e da classe trabalhadora e que todos eles têm justificativas diferentes para o seu regimento: Sr. Jones comandava a Granja baseado-se na ideia de que a dominação humana dos animais segue a ordem natural, enquanto Napoleão e os porcos governavam com o pretexto de estarem lutando pelos animais contra os humanos.

Através dos sete mandamentos da Granja, o autor faz uma série de críticas. Primeiramente, a grande maioria dos animais não sabia ler, portanto, não eram capazes de lerem os sete mandamentos e, consequentemente, mais fáceis de serem enganados, uma vez que deveriam acreditar cegamente no que lhes era passado. Além disso, à medida que os porcos ganham poder, os mandamentos vão sendo modificados, sempre na justificativa de que estariam lutando contra os humanos, como quando foi adicionado ao mandamento da proibição do álcool as palavras em excesso, para permitir aos porcos beberem, ou quando a explicação para dormirem em camas foi adicionar a terminação com lençóis no mandamento  – isso demontra a alteração nas leis que, no princípio, eram para ser inalteráveis.

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