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Resumo "O Capital" - Maquinaria e grande indústria (Karl Marx)

Por:   •  16/11/2016  •  Resenha  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  3.178 Visualizações

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Resumo

“O Capital” – Capítulo 13: Maquinaria e Grande Indústria

Desenvolvimento da Maquinaria

Neste capítulo intitulado Maquinaria e Grande Indústria, Marx traz uma importante contribuição para a compreensão do processo de construção da Maquinaria até chegar à formação da grande indústria. Neste contexto ele procurou mostrar a transformação desde a manufatura, por meio da qual o trabalhador manuseava as ferramentas, até chegar à formação da grande indústria, com suas máquinas e ferramentas complexas. Ele esclarece também a diferença entre a ferramenta e a máquina, em que a ferramenta é um instrumento de trabalho, do qual o homem seria a força motriz, enquanto a máquina é um instrumento movimentado pela força natural, animal ou hidráulica. Foi a partir da criação dessa máquina-ferramenta que, segundo Marx, se originou toda a Revolução industrial do Século XVIII.

Para Marx, ao contrário do que pensam alguns autores, as maquinarias não vieram com a intenção de aliviar a labuta do trabalhador, porque aqueles que vivem da apropriação do trabalho alheio, esses, sim, têm sua labuta aliviada com as invenções mecânicas. A finalidade da invenção da maquinaria foi, na verdade, para baratear o custo das mercadorias, encurtar jornada de trabalho, como meio para a produção da mais-valia.

Efeitos imediatos da produção mecanizada sobre o trabalhador

As repercussões gerais que a revolução do meio de trabalho constituiu foram:

a) Apropriação de forças de trabalho subsidiárias pelo capital. Trabalho feminino e infantil

A maquinaria converte-se no meio de utilizar trabalhadores com pouca força muscular ou desenvolvimento corporal imaturo, mas com membros de maior flexibilidade. Sendo assim, com o a inserção do trabalho feminino e infantil, os membros da família dos trabalhadores são totalmente submetidos ao comando imediato do capital. Antes, o trabalhador vendia sua própria força de trabalho, da qual dispunha como pessoa formalmente livre. A partir desse momento, ele vende mulher e filho. Torna-se mercador de escravos.

b) Prolongamento da jornada de trabalho

Com a jornada de trabalho prolongada, ampliou-se a escala da produção, enquanto o capital investido em maquinaria e edifícios permaneceu inalterado. Por isso, não só cresceu o mais-valor, como decresceram os gastos necessários para sua extração.

c) Intensificação do trabalho

O prolongamento desmedido da jornada de trabalho, que a maquinaria provocou nas mãos do capital, suscitou uma reação da sociedade, onde se fixou uma jornada normal de trabalho legalmente limitada. Desse modo, com o progresso do sistema da maquinaria e a experiência acumulada de uma classe própria de operadores de máquinas, aumenta a velocidade e, com ela a intensidade do trabalho. Nessa lógica, o que se perde em duração, se ganha no grau de esforço realizado.

A fábrica

Para encontrar o conceito de fábrica, Marx usa a descrição do Dr. Ure, o qual, diz que a fábrica funciona em duas configurações: por um lado, como “a cooperação de diversas classes de trabalhadores, adultos e menores, que com destreza e diligência, vigiam um sistema de maquinaria produtiva movido ininterruptamente por uma força central (o primeiro motor)”. Por outro lado, ela funciona como “um autômato colossal, composto por inúmeros órgãos mecânicos, dotados de consciência própria e atuando de modo concertado e ininterrupto para a produção de um objeto comum, de modo que todos esses órgãos estão subordinados a uma força motriz, semovente”.

Marx alerta que essas duas configurações não são idênticas. Na primeira, os trabalhadores são ativos, as máquinas, objeto; na segunda, os trabalhadores precisam adaptar-se ao autômato das máquinas, tornando-se objeto. Na fábrica automática, ressurge a divisão de trabalho numa nova ordem: distribuição de trabalhadores em máquinas especializadas; e, massas de trabalhadores que não formam grupos articulados e que a qualquer momento podem ser substituídos.

Marx evidencia, também, que ao reduzir o número de trabalhadores devido a implementação das máquinas reduz-se o trabalho o que incentiva também um aumento violento da jornada. Como a máquina substitui o trabalhador, cria-se um exército de reserva, assim os operários passam a aceitar qualquer salário e condição de trabalho. Além disso, a elevação da jornada foi acompanhada por um aumento da intensificação do trabalho. Isso porque o limite da jornada passa a ser estipulado por lei.

A maquinaria descarta o velho sistema de divisão do trabalho, o capital passa a subordinar o trabalho de forma mais repugnante. Nesse processo são as condições de trabalho que usam o trabalhador. Com a introdução da maquinaria o trabalhador passa a disputar com o meio de trabalho (como exemplo, ludismo). A disputa permanente entre capitalista e trabalhador não era mais a única presente nesse meio.

É interessante observar que alguns diziam que as máquinas não deixam o indivíduo sem trabalho, apenas o deixa disponível para exercer outra função. A máquina barateia o produto e aumenta a mais valia. A força produtiva elevada das grandes indústrias acompanhada com a exploração da força de trabalho reproduz os antigos escravos domésticos agora sob o nome de empregados.

A teoria da compensação

O capitalista investe cada vez mais em capitais constantes e diminui o capital variável, obtendo mais lucros ao investir o capital em maquinarias e obter a mais valia dos trabalhadores. Com a utilização de maquinas aumenta-se a produção e diminui-se trabalho, porém com o modo capitalista com que as máquinas são inseridas, faz com que o desemprego aumente, e que o trabalhador trabalhe mais por um menor preço.

Assim, o capital variável (salário do trabalhador) torna-se capital constante (maquinaria) não havendo a liberação do capital.  Os trabalhadores da fabricação de máquinas, são menores que a quantia de trabalhadores deslocados pela utilização das maquinas, e a cada aperfeiçoamento das maquinas diminui-se a quantidade de trabalhadores. Se houvesse um novo e investimento do capital na força de trabalho, o trabalhador demitido pela introdução a maquinaria poderia encontrar uma nova ocupação.

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