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Serviço Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico

Tese: Serviço Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/6/2014  •  Tese  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  276 Visualizações

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Formalizado pelo Decreto-Lei n. 25, em 1937, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) foi estruturado com uma diretoria central, na cidade do Rio de Janeiro, e outras regionais distribuídas pelo país. Sob a liderança de Mário de Andrade, naquele mesmo ano, iniciaram-se as atividades da regional de São Paulo e, que posteriormente, o prosseguiu sob o comando de Luis Saia, o qual assumiu a direção da execução de várias obras de restauração em prol dos monumentos paulistas identificados e tombados pelo órgão.

Desde o início as expectativas de Mário de Andrade em relação ao valor artístico que se encontraria em São Paulo eram baixas, e portanto elaborou um plano em que se pretendia levantar informações a respeito de toda e qualquer “igrejinha” que possuísse algum valor histórico.

Considerada uma relíquia histórica do Estado de São Paulo, a igreja de São Miguel Paulista é um importante documento arquitetônico por ser um dos raros edifícios com alpendre frontal. Juntando-se ao fato de ser um exemplar do século 17, serviu como justificativa para inclui-la no primeiro levantamento dos bens passíveis de inscrição no Livro do Tombo do SPHAN.

Segundo relatórios de Mário de Andrade a construção da capela de São Miguel iniciou-se em 1622 utilizando a técnica de taipa de pilão e, depois somente no final do século 18, passaria pela sua primeira reforma acrescentando. No início do século foram realizados alguns reparos de manutenção devido aos poucos recursos da igreja, o que segundo técnicos do SPHAN, contribuiu para a integridade e preservação do edifício.

Por falta de registros históricos e iconográficos houve a necessidade de realizar uma grande pesquisa oral com antigos moradores da região pra poder levantar dados a respeito dos elementos originais do edifício. Foi a partir desta falta de documentação que desenvolveu-se uma questão que foi fundamental nos casos de restauro paulistas: o desenvolvimento das soluções a partir conhecimento das técnicas tradicionais da região.

Sendo as soluções de restauro construídas mediante esses princípios, durante a obra podem ser verificados alguns pontos de contradição referente ao conceito de intervenção, ora sendo lida como a ideia de retomar a solução original ora não; sendo assim em alguns aspecto a respeito da decisão de manutenção ou de remoção de elementos que não segue uma lógica clara.

Foi portanto, durante esse momento de elaboração do plano de obras, que surgiram questões relativas a conceitos gerais do projeto de restauro, parâmetros de intervenções e metodologia de trabalho. A falta de clareza desses conceitos fez com que possam ser verificados alguns pontos de contradição na obra de restauro com por exemplo retomar a solução original ora não e manutenção ou de remoção de elementos.

Devido ao péssimo estado de conservação em que a capela se encontrava, principalmente ao que dizia respeito a taipa de pilão, Luis Saia mostrou-se bastante preocupação com o possível desvio do caráter de taipa mediante a reforma, propondo deste modo o uso de paliares e vigas de concreto armado.

É importante ressaltar que problemas deste tipo atingiam de maneira massiva as construções paulistas já que grande parte delas eram também executas em taipa.

Voltando ao concreto, tentando entender o porquê da sua escolha

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