Trabalho

VON IHERING, Rudolf. A luta pelo direito. 21.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

   

Livro “A luta pelo direito”: Capitulo I e II

“ A ideia do direito encerra uma antítese que se origina nesta ideia, da qual jamais se pode, absolutamente, separar: a luta e a paz; a paz e o termo do direito, a luta e o meio de obtê-la”.

  Rudolf Von Ihering deixa bem exposta a ideia de seu pensamento principal, nesse paragrafo do texto, acredito que este paragrafo retrate de maneira bem objetiva, a essência do pensamento do autor ao decorrer do capitulo.

  Para Rudolf o ser humano não consegue desfrutar de seus direitos, sem antes ter lutado para consegui-los, como ele diz nesta parte do texto “ Todo direito no mundo foi adquirido pela luta”, concordo com o autor, pois se não lutássemos por nossos direitos, viveríamos em um mundo imóvel, sem progressos.

  Todavia, á aqueles que se contentam em viver seguido regras, vivem dentro dos limites que lhe são postos. Rudolf critica-os pois segundo ele “ Se viveis na paz e na abundancia, deveis ponderar que outros tem lutado e trabalhado por vós. Se quiser falar da paz sem a luta, do gozo sem o trabalho, torna-se mister pensar nos tempos do Paraíso, porque nada se conhece na historia que não seja resultado de passos e contínuos esforços”.

  Ao decorrer do texto o autor cita exemplos, dos quais não seriam conquistados, se não através da luta, como a abolição da escravidão, a eliminação dos servos, a livre disposição da propriedade territorial e dentre outros, conquistas estas obtidas através de lutas violentas, onde muitos deram sua própria vida em prol da justiça. “ O direito é como Saturno devorando seus próprios filhos; renovação alguma lhe é possível sem romper com o passado”.

  No capitulo II, Rudolf continua sustentando sua ideia de que, devemos lutar por nossos direitos, entretanto abrange ainda mais o assunto, indagando os interesses dos indivíduos e até que ponto chegariam, buscando seus direitos através da luta. Pra ele estamos sujeitos a lutar ou a ceder em busca da paz, ou seja, nem sempre o “bom” se ganha através de lutas, as vezes é preciso outorgar para conciliar ambas as partes, evitando assim consequências mais drásticas.

  O autor cita como exemplo um camponês cujo vizinho se apoderou de alguns palmos de terreno que aquele pertenciam, perante o ocorrido o autor diz: “ O que vale uma légua quadrada de terreno estéreo, em comparação a uma guerra que destruirá a vida de milhares de indivíduos , que semeará a dor e a ruína do pobre e do rico, que destruirá cabanas e palácios, que devorara milhões de tesouros públicos e ameaçará talvez a existência do Estado?”. Contudo vale ressaltar, mais uma das inúmeras importâncias que tem o Direito, a missão de um defensor Público não se resume só em defender ou julgar um único individuo, mais sim de determinada forma, tentar conciliar ambas as partes, de maneira que os dois sejam beneficiados.

  Mediante o contexto dos capítulos I e II conclui-se que, todo ser humano esta provido de direitos, sendo que cabe a cada um lutar para consegui-los, caso contrario, ainda viveríamos em tempos que a opinião publica não valia, tempos que as regras eram ditadas por um único homem, como por exemplo, o tempo em que Hitler dominava o país onde vivia, humilhando e maltratando a população, de modo que passassem a seguir rigorosamente as regras que lhe eram impostas. E essa ditadura só foi destruída, pela força dos próprios indivíduos, que lutaram fortemente contra as injustiças que estavam acontecendo, daí se comprova mais uma vez que o pensamento de Rudolf está evidentemente correto. Pois só á desenvolvimento e direitos justos, se a sociedade for em busca, sendo assim, o luta e a essência do Direito.    

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