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Um Toque de Clássicos

Por:   •  11/4/2023  •  Resenha  •  772 Palavras (4 Páginas)  •  42 Visualizações

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Max Weber nasceu em 1864, em Erfurt, no Reino da Prússia, futuro estado integrante da Alemanha. As principais influências intelectuais das obras de Weber foram predominantemente alemãs, seu ponto de vista foi baseado em correntes de pensamentos derivados da história, da economia, da jurisprudência, da sociologia e da filosofia. Suas duas primeiras obras (sua dissertação de doutorado e a obra escrita sob a égide de Momsen, em 1889 e 1891 respectivamente) não são tão interessantes pelo conteúdo, mas como um testemunho da linha de evolução intelectual de Weber, nelas se manifesta a análise da natureza da iniciativa capitalista e das características específicas do capitalismo europeu ocidental.

Weber já analisava relações de trabalho e desenvolvia teorias de como essas relações iriam se moldar com o tempo, num longo estudo sobre o trabalho agrícola na Alemanha de Leste, Weber analisou uma situação. O rio Elba dividia duas estruturas agrárias diferentes, a oeste a maioria dos agricultores eram camponeses independentes, e a leste os Junkers possuíam grandes latifúndios com uma organização semifeudal, onde existiam trabalhadores ligados aos patrões por contratos anuais com condições de trabalho parecidos com a era medieval e trabalhadores assalariados, contratados por dia, com condições parecidas com as industriais. Conforme Max Weber os trabalhadores ligados por contrato não mantém uma relação meramente econômica, já que se implica uma série de direitos e obrigações, já os jornaleiros são ajustados na base de um contrato de salário.

No início de sua obra “A Ética Protestante e o Espírito Capitalista, publicada em dois artigos em 1904 e 1905, Weber formula um fato da Europa Moderna: os principais homens de negócio e proprietários do capital, os operários mais bem qualificados e o pessoal de elevadas qualificações serem na sua maioria protestantes. Um dado que justifica isso é os primeiros centros de desenvolvimento capitalista, no século XVI, serem de religião protestante, já que a Reforma Protestante tirou o controle da Igreja Católica sobre a vida cotidiana.

A Reforma deu origem, primeiramente, ao luteranismo, entretanto o luteranismo não pode ser considerado como a principal origem do espírito capitalista, Lutero concebia a vocação com aspectos ainda muito tradicionais. Weber concluiu que foram seitas protestantes futuras que introduziram a noção de vocação, colocando-a como atividades profanas desempenhadas de acordo com regras morais no centro dos interesses do crente (protestantismo ascético). Weber distingue no protestantismo ascético quatro principais correntes: calvinismo, metodismo, pietismo e seitas batistas.

Já no fim de sua obra “A Ética Protestante e o Espírito Capitalista”, Weber aconselha a rejeição dos esquemas teóricos de interpretação da história, tanto o idealista quanto o materialista, já que de nada contribuirão caso não sejam usados de forma preliminar, mas antes como conclusão de um trabalho de investigação. Com isso Weber expõe e aprofunda esse ponto de vista nos seus ensaios metodológicos.

Em seu primeiro ensaio metodológico, é feita uma crítica a Roscher e Knies. Conforme Weber, as ciências sociais estudam fenômenos espirituais ou ideais, que constituem características humanas que não existem no objeto temático das ciências naturais. As ciências sociais têm um interesse pelos

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