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A ECONOMIA EMPRESARIAL GERENCIAMENTOS DE PROJETOS

Por:   •  22/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.310 Palavras (10 Páginas)  •  95 Visualizações

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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

STRONG SANTO ANDRÉ

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ECONOMIA EMPRESARIAL

GERENCIAMENTOS DE PROJETOS

Professora: Carla Beni M. de Aguiar

                                                                 Bruno Pizani

GPR 59

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  1. Introdução

Um cenário econômico é analisado a partir de indicadores influenciados pelas políticas: monetária, fiscal e cambial. Logo, é possível estabelecer projeções econômicas de um país, considerando a variação dos fatores individuais que compõem a fórmula do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo.

   

      PIB= C + G + IP + IG + X – M

        O PIB considera o consumo das famílias em bens e serviços (C) e investimento privado (IP) como fatores da política monetária. Inclui os gastos e investimentos governamentais (G e IG) como fatores da política fiscal e a diferença entre a exportação e a importação (X e M), ou seja, a balança comercial, como variáveis que compõem a política cambial.

        Considerando o contexto mundial e as consequências da pandemia, nota-se, no Brasil, a potencialização de agravantes para o desenvolvimento econômico esperado para o presente ano.

Em síntese, o presente trabalho tem por objetivo analisar o cenário econômico brasileiro para o ano de 2021 diante do contexto político atual e das ações governamentais para o enfrentamento da crise sanitária da COVID-19 adotadas a partir de 2020.

  1. Desenvolvimento

2.1- Política Monetária

        A política monetária é uma das ferramentas que um país possui para controlar a oferta de sua moeda, pois, controlando o dinheiro em circulação pode-se estimular ou desestimular a economia.

        Esse controle é realizado pelo Banco Central (BACEN), que utiliza alguns instrumentos para sua condução, visando manter a inflação sob controle dentro da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Dentre estes instrumentos temos a taxa de juros do mercado de reservas bancárias (Selic) uma das mais monitoradas para análise de tendencias futuras da economia.

        Depois de um período de estimulo ao crédito em que o BACEN reduziu a taxa de juros básica no primeiro semestre de 2020 estimulando o crédito na economia, nos deparamos com pressões inflacionarias que acreditávamos que seriam passageiras, porém foram se agravando, impulsionadas principalmente pela alta do dólar mediante as incertezas e desconfiança dos investidores, que se demonstram apreensivos perante a condução e o enfrentamento da pandemia por parte do governo brasileiro.

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        Baseado no cenário atual e conforme análise do último boletim Focus, podemos avaliar que estamos entrando em novo período de contração, guiado pelos correntes aumentos na taxa Selic que deverão acontecer nos próximos semestres com intuito de controlar a alta da inflação e do câmbio, perante o aumento atual do preço dos alimentos e dos combustíveis. Além de oferecer um prémio maior para títulos futuros do governo com intuito de rolar a dívida pública.

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Em contra partida, essa política de contração dificultará o acesso ao crédito pelas famílias e empresas, desestimulando o consumo e os investimentos, além de impactar de forma negativa nos fatores de consumo das famílias (C) e investimentos privados (IP), ocasionando uma redução do PIB de 2021.

Outro ponto importante a considerar é que, quando a taxa básica de juros aumenta, estamos diretamente endividando o país, pois, grande parte de nossa dívida pública está indexada a este índice. [pic 7]

2.2- Política Fiscal

        A política fiscal é um conjunto de medidas adotadas pelos poderes executivo e legislativo, com finalidade de equilibrar as contas públicas. De forma simplificada, seria como o governo realiza a tributação e arrecadação de receitas para financiar as despesas e investimentos do país.        

O Brasil acumula um histórico de mais de uma década de déficit nominal, potencializado pela falta de uma política realmente focada em conter, ajustar e consequentemente reverter este quadro. A cada ano utilizamos a emissão de títulos do governo para suprir a ineficiência do país, agravando a dívida pública e atingindo patamares preocupantes ao que diz respeito ao crescimento desordenado observado nos relatórios anuais.

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Até 2013 havia um superavit primário que contribuía para balancear e manter o déficit nominal em valores controláveis. Após 2013 ocorreu uma série de déficits primários que potencializou os resultados negativos nominais no decorrer dos anos. Analisando o gráfico é possível constatar que a dívida pública brasileira está aumentando significativamente podendo atingir valores nunca antes alcançados.

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Para a inversão dessa tendência é necessário que ações de reestruturação sejam tomadas. Um dos principais pontos para retomada das contas públicas é a reforma fiscal, que deveria ter sido concluída em 2020, porém devido a pandemia e divergências políticas foi postergada para 2021. O projeto de reforma encontra-se em tramitação no Senado, com previsão de aprovação para este ano. A reforma considera pontos importantes, tais como a simplificação de tributos, segurança jurídica e transparência, evidenciando uma melhor dinâmica e imagem para investidores externos e sinalizando que medidas efetivas e funcionais estão sendo tomadas no país.

Medidas extras foram adotadas para capitalização de recursos para enfrentamento da Covid-19, sendo aprovados mais de 600 bilhões de reais a mais no orçamento, contribuindo para o agravamento da dívida pública.

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                Dos 524 bilhões de reais gastos em 2020, mais de 70% foram gastos com alguma forma de auxílio social para pessoas, famílias, estados e municípios e apenas uma pequena parte foi efetivamente direcionada e aplicada no saúde pública.

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                Outro ponto importante a ser analisado é a origem dos recursos capitalizados. Observa-se que mais da metade dos recursos foi proveniente de novas emissões de títulos públicos, destinados à suprir gastos e não necessariamente à investimentos governamentais.

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