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A Economia Empresarial - FGV

Por:   •  8/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.778 Palavras (8 Páginas)  •  531 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Aluno/a:

Disciplina: Economia Empresarial

Turma: 0122-2_2

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

Há mais de 100 anos o setor automobilístico representa uma grande parcela e total relevância no PIB mundial. No Brasil, a revolução deste mercado iniciou-se com um impulso por volta da década de 50 com atuação direta das montadoras no cenário nacional devido ao alto investimento em infraestruturas naquela época. Em décadas de crescimento, o setor ainda é um enorme pilar da economia e contribui para centenas de milhares de empregos diretos e milhões de empregos indiretos. Para o cenário de concorrência, o setor mostra agressiva competitividade entre seus agentes.

O setor se faz presente diariamente na rotina dos cidadãos: seja na ida ao trabalho por conta da escassez de transporte público em determinadas regiões, o lazer do final de semana e principalmente como fonte de renda de trabalhadadores autônomos ou não.

Com o histórico de ampla participação econômica, grande gerador de renda, emprego e impostos, o setor é destacado e nivela o desempenho da economia como um grande agente. Além de impactar de forma direta em demais setores, como o de combustíveis, semicondutores, autopeças e resinas termoplásticas.

Por anos, antes da pandemia, o setor configurava o centro de diversos debates sobre seu futuro, como os carros por compartilhamento, aplicativos de carona e de transporte como o Uber e a consequente queda do interesse na compra por necessidade ou comodidade. Durante a pandemia do COVID—19, o mercado automobilístico foi fortemente impactado. No começo o impacto negativo foi devido a queda da demanda enquanto o setor estava devidamente ativo com sua produção, bem como os demais setores. Após a curva de recuperação da economia, no final de 2020, o setor começou a enfretar problemas na outra ponta, a ponta da oferta. Em 2021 o setor automobilístico foi extremamente afetado por oferta de insumos, como semicondutores, o aumento de preço e baixa oferta de polipropileno.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Com a propagação do vírus, a pandemia foi de fato instaurada no Brasil no mês de março e os níveis de produção de veículos caiu espantosos 99%, de 189.958 unidades em março/20 para somente 1.847 em abril/20, segundo a Anfavea. Essa queda demonstrou a total paralisação da produção das montadoras, que traz reflexos posteriores com o gargalo da oferta. Quando fazemos a comparação anual - desconsiderando fatores pontuais, como o mês de abril/20 - a queda na produção foi de 32%, saindo de 2,9 milhões de unidades produzidas para 2,0 milhões. Em relação ao emplacamento, a queda anual foi ligeiramente menor no comparativo conforme quadro abaixo.

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Número de vendas no mercado refletiu a produção e o emplacamento:

Valores em Mil

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Fonte: ANFAVEA

Em contrapartida à grande queda no volume de vendas, o segmento de caminhões foi o que menos sofreu impacto: apenas 11% quando comparado a 2019. Os responsáveis pelos números foram os setores de Agronegócio e o crescimento na área de entregas que refletiu a evolução do e-commerce. Automóveis e ônibus caíram 29% e 33% respectivamente.

Já no cenário pós pandemia foi possível observar inclusive de forma pessoal a dificuldade na oferta de veículos a pronta entrega. A produção de veículos no 4º Trimestre de 2021 caiu 13% em relação ao mesmo período de 2020, ano de pandemia. Esse é o reflexo no impacto da cadeia global de suprimentos, especificamente no de semicondutores que possui diversas utilidades inclusive nos chips dos veículos. Com a falta desses insumos a produção torna-se limitada e o prazo de entrega de um carro popular atingiu a média de quase 6 meses, além do aumento do preço pela demanda ser maior que a oferta.

Apesar do mercado automobilístico ser de ampla concorrência entre suas dezenas de players, todos apresentam dificuldades em sua cadeia de suprimentos. A parte de peças também sofreu impacto na oferta por conta do aumento nos fretes de navio de onde partem os produtos e componentes (China e sudeste asiático), o frete do container 40 pés que era de USD 2 mil passou para aproximadamente USD 10 mil em tempos atuais. Sendo o fator preço, um determinante na oferta e demanda, onde os preços estão sendo repassados ao consumidor.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Com o avanço do vírus, em 11 de março de 2020, foi declara a pandemia e o setor que emprega 1,3 milhão de pessoas direta e indiretamente e representa 3% do PIB e 18% da indústria de transformação inicia com sua paralização temporária, com isso, milhares de trabalhadores são afetados.

O dólar, principal indicador de custo de suprimentos para resinas plásticas, componentes e semicondutores para a índustria saltou de R$ 4,50 em 01/03/2020 para R$ 5,90 em 13/05/2020, o resultado foi em aumento de custos e repasse para o consumidor, podemos observa graficamente o aumento conforme o gráfico abaixo:

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Fonte: Banco Central

Apesar da instauração da crise, o Brasil possui um parque industrial para produzir, com capacidade máxima, 5 milhões de veículos/ano, conforme publicação da Anfavea, o faturamento do setor chegou a USD 59,2 Bilhões, influenciando R$ 79 Bilhões em contribuição de PIS/COFINS, sendo determinantes nos ajustes de contas públicas. Durante o ano de 2018 a recuperação era nítida, mas com a pandemia e a pausa na produção de automóveis houve redução de estoques e salto nos preços dos automóveis. Frente aos fatores exemplificados anteriormente, os insumos e componentes de veículos sofreram um impacto relevante na sua oferta. Cenário em que observamos dificuldades após 2 anos do início da pandemia e que não demonstra melhorar.

Para a balança comercial, os maiores parceiros comerciais do Brasil continuam sendo Argentina, e um relevante aumento de representatividade da união europeais na balança comercial, o crescimento da origem na Coreia do Sul e Mexico representam o crescimento da Hyundai no Brasil e a transferência de produção de determinados modelos da GM para o Mexico.

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Fonte: Anfavea

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

No comercio, trazendo do âmbito macroeconômico para o micro, a falta de componentes destacou quem havia feito um planejamento de insumos. A fabricante Toyota se garantiu com um grande estoque de semicondutores após uma análise que identificava a necessidade de diversificação de fornecedores, isso se deu devido a catástrofe do terremoto no Japão em 2011, onde a montadora dependia de um único fornecedor que foi impactado. Com isso, a fabricante japonesa despontou na fabricação de veículos conseguindo manter sua demanda.

Este caso citado foi único, com as demais dezenas de montadoras a história foi diferente. Com a renda do brasileiro caindo 9,4% durante a pandemia, e o corte no consumo, onde a insegurança de possíveis adquirentes foi tomada pelo receio, o planejamento industrial levou a paralisação de todas as linhas de produção de todos os segmentos, inclusive o de semicondutores e com a retomada da economia, o gargalo de demanda foi criado. Além do efeito do ramp-up de produção para suprir a demanda, ocorreu o efeito Ever Given, o porta-containers taiwanês que bloqueou o canal de suez em março de 2021, enquanto a cadeia de suprimentos global de recuperava da curva de efetividade, desencadeou uma nova crise mundial na logística.

Apesar de todos os impactos mencionados, vantagens e desvantagens de competidores o mercado segue com sua concorrência perfeita. Apesar das desvantagens frente ao mercado internacional e os desafios enfrentados como a alta do dólar, queda na renda do cidadão, 2021 foi o 12° melhor ano em vendas desde 1957 (início da medição) e os modelos mais vendidos representam a resiliência do mercado e o interesse da demanda na aquisição.

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Fonte: Anfavea

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

Com a pandemia causada pelo vírus Covid-19 e a consequente crise de retração econômica, o mercado enfrentou grande desafio de retomada de produção com a escassez de insumos. Mas ainda que tenha sido diretamente impactado macroeconomicamente pela cadeia de insumos global, é um mercado que apresenta promissora evolução.

Novos hábitos já estão sendo notados no comportamento dos consumidores: o descolamento ao trabalho diminuiu por conta da implementação do home office em diversas empresas, o mercado de aluguel de carro cresce cada vez mais e apresenta propostas mais rentáveis do que a compra do veículo, e outros fatores que tornam o sonho da compra de um carro cada vez mais retrógrado.Esses fatores confrontam com o aumento de preço dos veículos, e o setor deverá encontrar alternativas para manter o nível ofertado e de preços em patamares médios dos últimos 10 anos entendendo o atual momento de demanda maior que oferta, com a oferta baixa e preços altos.

Com a retomada da normalidade no comércio global, retomada da economia e retirada de estímulos, indica que o setor no Brasil e em países emergentes deve crescer em ritmos menos gloriosos que no passado, mas ainda assim crescendo junto com a introdução de inovações e tecnologias, além da expectativa de barateio dos veículos elétricos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT.

Referência: SÃO PAULO. Fenabrave. Fenabrave (org.). O desempenho da Distribuição Automotiva no Brasil: anuário 2020. Anuário 2020. 2020. Disponível em: http://www.fenabrave.org.br/anuarios/Anuario2020.pdf. Acesso em: 09 fev. 2022.

Referência: ANFAVEA (org.). ANUÁRIO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRA. 2021. Disponível em: https://anfavea.com.br/anuario2021/anuario.pdf. Acesso em: 09 fev. 2022.

Referência: SÃO PAULO. ANFAVEA. (org.). Carta Digital - Dezembro 2021. 2021. Disponível em: https://anfavea.com.br/carta_digital/2021/dezembro/. Acesso em: 09 fev. 2022.

Referência: SÃO PAULO. DIEESE. (org.). A desindustrialização e o setor automotivo: retomada urgente ou crise sem fim: nota técnica. Nota Técnica. 2021. Disponível em: https://www.dieese.org.br/notatecnica/2021/notaTec259desindustrializaSetorAutomotivo.pdf. Acesso em: 09 fev. 2022.

Referência: NATÁLIA FLACH (São Paulo). Cnn Brasil. Setor automotivo sofre com falta de matéria-prima durante a pandemia. 2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/setor-automobilistico-sofre-com-falta-de-materia-prima-durante-a-pandemia/. Acesso em: 10 fev. 2022.

Referência: SÃO PAULO. UNA-SUS. . Organização Mundial de Saúde declara pandemia do novo Coronavírus. 2020. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/noticia/organizacao-mundial-de-saude-declara-pandemia-de-coronavirus.Acesso em: 10 fev. 2022.

Referência: REIS, Alessandro. Carros inflacionados: veja os modelos que mais subiram de preço na pandemia. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2021/08/09/carros-inflacionados-veja-os-modelos-que-mais-subiram-de-preco-na-pandemia.htm. Acesso em: 10 fev. 2022.

Referência: OLIVEIRA, Ricardo de. Como a Toyota “previu” crise dos semicondutores. 2021. Disponível em: https://www.noticiasautomotivas.com.br/como-a-toyota-previu-crise-dos-semicondutores-com-um-terremoto/. Acesso em: 10 fev. 2022.

Referência: GUILHERME FONTANA (São Paulo). Revista Quatro Rodas. Strada é o carro mais vendido de 2021 e FIAT lidera como marca. 2021. Disponível em: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/strada-e-o-carro-mais-vendido-de-2021-e-fiat-lidera-como-marca: 10 fev. 2022.

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