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A Evolução do Capitalismo

Por:   •  14/2/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.314 Palavras (10 Páginas)  •  146 Visualizações

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ATIVIDADE 03

No texto de Ha-Joon Chang, capítulo 3 (pag.53-104), o autor discute a questão da evolução do capitalismo, faça um resumo dos principais pontos levantados.

O capitalismo começou na Europa Ocidental, especialmente na Grã-Bretanha e nos Países Baixos (hoje Holanda e Bélgica) por volta dos séculos XVI e XVII. Mas antes mesmo de seu surgimento, as sociedades da Europa ocidental, como todas as outras sociedades pré-capitalistas, mudavam lentamente. Nessa espoca a sociedades se organizam basicamente em torno da agricultura que foi utilizada com as mesmas tecnologias durantes séculos, com alguns comércio e indústria de bens manufaturados.

Mas o capitalismo realmente decolou em meados de 1820, com uma visível aceleração econômica em toda a Europa ocidental e depois na América do Norte e Oceania. A renda per capita cresceu 1%, mas se comparada com a taxa de 0,14% entre 1500-1820 foi um enorme avanço. Com esse avanço ocorrido, veio uma queda dos padrões de vida de muitas pessoas, que foram sendo substituída pelas maquinas, como os artesões têxteis; e a mão-de-obra era infantil que era a mais barata com ou adulta que tinham uma jornada de trabalho bastante longa, cerca de 70 a 80 horas semanais podendo chegar até 100. As condições de trabalho nessa época eram precárias e perigosas, alguns morriam de doenças pulmonares causada pela poeira gerada na produção de algodão. E para aqueles que trabalhavam nas indústrias, normalmente dividia uma casa de até 20 pessoa num mesmo quarto.  Por volta de 1870 começou a ter melhorias palpáveis nas condições da classe trabalhadora como: o aumento dos salários, diminuição das horas trabalhadas, seguro contra acidentes de trabalhos industrial.

O avanço do capitalismo movido nos países da Europa ocidental e seus desdobramentos no século XIX são muitas vezes atribuídas ao livre-comércio e livre-mercado porque o governo não taxava nem restringia o comércio internacional (livre-comércio), e de modo geral não interferia no funcionamento do mercado (livre mercado), tais países puderam desenvolver o capitalismo e os pioneiros desse sistema foram a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. O livre-comércio não foi responsável pela ascensão do capitalismo, mas ele se espalhou durante todo o século XIX. Os países que adotaram esse modelo foi Grã-Bretanha e alguns países da Europa Ocidental, América Latina e Ásia.  

O desenvolvimento do capitalismo começou a acelerar por volta de 1870, graças a numerosas tecnologias que surgiram as décadas de 1860 e 1870, resultando na ascensão da chamada indústria pesada e indústria química. Essas tecnologias foram desenvolvidas pela aplicação sistemática dos princípios científicos e da engenheira, que uma vez inventada elas podiam ser aperfeiçoadas. Além disso, a organização da produção passou a ser feita pelo sistema de produção em massa, que consistia numa linha de montagem móvel e de peças intercambiáveis.

Durante um período que o capitalismo estava no “seu momento decisivo”, ele adquiriu a forma institucional básica que tem atualmente como: empresas de responsabilidade limitada, lei das falências, o Banco Central, o Estado do bem-estar social, as leis trabalhistas.

Na Primeira Guerra Mundial, o capitalismo passou por um momento crítico aonde a visão de que a forte rede comercial que estava sendo construindo em todo o mundo tornaria as guerras entre as nações assim interligadas altamente era altamente improvável se não totalmente impossível, mas vimos que ocorreu esse fato. Alguns argumentavam que o capitalismo tinha sido atingido um estágio em que não podia ser sustentado sem uma continua expressão para o exterior, o que acabaria mais cedo ou mais tarde marcando o fim do capitalismo.

E em 1929 o capitalismo passa por uma Grande Depressão que deixou marcas duradouras nesse sistema e com ele veio a rejeição generalizada da doutrina do laissez-faire e as tentativas sérias de reforma o capitalismo. O EUA, que foi um dos mais atingidos por essa depressão e para tentar sair dessa depressão criou um programa chamado New Deal, que separou o braço comercial e de investimentos dos bancos; criou um sistema seguro de depósitos bancários, apertou a regulamentação dos mercados de ações, ampliou e fortaleceu o sistema de credito agrário, desenvolveu uma infraestrutura e no Segundo New Deal, introduziu a aposentadoria por idade e seguro-desemprego, e a Lei de Wagner. A Suécia que tmbém passou por essa depressão resolveu fazer algumas reformas, sendo ela introduzidas pelo Partido Social-Democrata, que introduziu o imposto de renda, usou suas receitas para ampliar o bem-estar social (seguro-desemprego e aposentadoria por idade), ampliou o crédito agrícola e garantia de um salário mínimo.  

Após a Segunda Guerra Mundial, havia um conjunto de novas tecnologias para serem exploradas, que deu um impulso a essa Era. Muitas tecnologias novas foram desenvolvidas durante a guerra para fins militares passaram a ter uso civil – computadores, eletrônicos, radar, turbina a jato, borracha sintética, micro-ondas e entre outras. Ao final da guerra foram feitos investimentos que utilizavam a tecnologia para reconstrução do pós-guerra e depois atender as demandas do consumo. Também houve algumas mudanças importantes no sistema econômico internacional que ajudaram a facilitar o desenvolvimento dessa época, como a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais conhecido como Banco Mundial e Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas (GATT) nos Estados Unidos. Na Europa foi a criação da Comunidade Europeia do Carvão e Aço (CECA) que começou com 6 países e mais tarde culminou na criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) que é tratado de livre-comércio entre os países membros que ajudou no desenvolvimento desses países. Essas mudanças ocorridas foram de suma importância porque impulsionou a Era de Ouro.

O período entre 1945-1973, ficou conhecido como a Era de Ouro do Capitalismo e merece esse nome porque foi nesse período ocorreu uma a maior taxa de crescimento já registrada, o número de desemprego foi praticamente eliminado dos países capitalistas mais avançados, tais como o Japão, Estados Unidos e países da Europa Ocidental. Tinha economias eram mais estáveis nos aspectos de produção, preços e finanças. A produção teve pouca oscilação, graças a política fiscal keynesiana, que aumentava os gastos do governo durante a recessão e os reduziam nas fases altas; as taxas de inflação se tornou relativamente baixa e havia nessa época uma estabilidade financeira muito elevada. E durante a essa era não teve crise bancária. Mas em contrapartida, a partir de 1975 entre 5% e 35% dos países tiveram crise bancária em algum ano, com exceção de alguns anos em meados da década de 2000.  Nessa Era, ocorreu a descolonização generalizada sendo a Coreia dividida em duas (Coreia do Norte e Coreia do Sul), a separação da Índia com o Paquistão e a maioria das colônias que se tornou independente que após a independência, a maioria das nações pós-coloniais rejeitaram as políticas de livre mercado e livre-comércio que lhes tinham sido impostas sob o regime colonial.

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