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A Inflação persegue o povo desde a época da industrialização

Por:   •  3/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  7.688 Palavras (31 Páginas)  •  163 Visualizações

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I – INFLAÇÃO

INTRODUÇÃO

A inflação tornou-se um problema alarmante para as economias capitalistas na segunda metade do século XX. Um dos índices mais discutidos em todo o mundo, a inflação tem sua origem na economia de mercado. Está ligada diretamente ao poder de compra do consumidor e no poder do Governo em controlá-la. Altas taxas de inflação podem gerar efeitos nefastos para um país, pois prejudicam o crescimento econômico, reduzem os investimentos, principalmente os externos, limitando a possibilidade de crescimento futuro da economia, agrava o problema de distribuição de renda, aumenta as desigualdades sociais e gera estragos nas contas externas.

No Brasil, a inflação persegue o povo desde a época da industrialização, promovida pelo presidente Jucelino Kubitschek (1956-1961), quando os índices começaram a crescer e atingir seu auge na década de 80. No período atual passamos por uma calmaria, apenas abalada por uma ou outra crise internacional. Os atuais índices inflacionários medidos pelos institutos oficiais demonstram isso. 

Diante deste desiquilíbrio econômico, chamado de inflação, e que gera tantos danos a uma economia, este trabalho propõe expor a história da origem da inflação, seu conceito, tipos, consequências de sua elevação dentro de uma economia capitalista e quais são as medidas que podem e devem ser acatadas para afastar este vilão do crescimento da economia de um país.

Este trabalho ainda propõe enfocar a inflação no Brasil, apresentando o histórico da inflação, períodos de maior crise e quais foram às políticas/planos adotados pelo governo para contê-la.  Explica ainda os principais índices e institutos que medem e divulgam a taxa de inflação no Brasil.

I.1 – Conceito

É a média de aumento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período. É caracterizada pela alta geral dos preços e pela desvalorização da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, precisando de um montante cada vez maior para adquirir os mesmos produtos.

Vários são os fatores que geram a inflação. Alguns exemplos são:

Um aumento muito grande do preço de um produto de necessidade básica. Isto pode gerar o aumento dos demais preços, provocando uma lata generalizada. Um exemplo é a energia elétrica; como seu aumento, as indústrias podem repassar o aumento para os produtos produzidos.

O consumo desenfreado também provoca a inflação, pois os produtos tornam-se escassos, gerando uma alta nos preços.

Aumento persistente dos preços em geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. É um fenômeno monetário, e isso coloca uma questão básica: se é a expansão da oferta de moeda que tem efeito inflacionário ou se ela ocorre como resposta à maior demanda de moeda provocada pela inflação. A inflação, normalmente, pode resultar de fatores estruturais (inflação de custos), monetários (inflação de demanda) ou de uma combinação de fatores. Entretanto, independentemente da causa inicial do processo de elevação dos preços, a inflação adquire autonomia suficiente para se auto-alimentar por meio de reações em cadeia (a elevação de um preço “puxando” a elevação de vários outros). (SANDRONI, 1999. P.301).

Segundo Boarati (2006, p.119), “a inflação é definida como um aumento generalizado e contínuo do nível de preços”.

I.2 – Antecedentes históricos e curiosidades

A inflação é consequência de qualquer desiquilíbrio econômico. Este problema não é de origem contemporânea, ela surgiu junto com noção de economia. A inflação foi percebida a partir do momento em que se começou a usar instrumentos monetários, ou seja, os elementos que serviram como meio de troca.

A moeda nasce do excedente. A necessidade de algo que ficasse no meio entre o processo de compra e de venda. A moeda a princípio era qualquer produto que pudesse ser equivalente e, como intermediário de troca. A fase dos metais proporcionou uma maior facilidade nas transações comerciais, devido às características próprias para uma boa utilização como moeda. Com o desenvolvimento da fase metálica, a moeda passou a ser fiduciária como as moedas-papéis, os papéis-moedas e os cheques, quando se conseguiu seu espaço. Isto foi no passado e é hoje um dos maiores problemas que a economia monetária tem enfrentado, isto é, o excesso de moeda no sistema econômico. Contudo, uma moeda que não cause problemas ainda é hoje muito discutida, pois, não se tem uma perspectiva de solução para tal caso.

Foi nesse contexto monetário que surgiu a inflação. A inflação se processa de diversas maneiras. Ela existe por pressão de demanda, por pressão de oferta e finalmente, a inflação se processa de maneira administrada.

A questão fundamental, é que a inflação constitui um resultado do problema, oriundo do próprio conceito de economia, ou seja, a alocação dos recursos, a distribuição da produção à comunidade e, em especial, quem participa do mercado direta ou indiretamente.

Uma curiosidade sobre a inflação é o fato ocorrido na Alemanha entre janeiro de 1919 e novembro de 1923, onde o índice inflacionário alemão variou em um trilhão por cento (1.000.000.000.000%). Foi a pior inflação registrada na história, chegando ao ponto de queimar as cédulas monetárias em lareiras para aquecer-se contra os rigorosos invernos.

I.3 – Classificação dos tipos de inflação

I.3.1 - Inflação de demanda

É um processo inflacionário gerado pela expansão da procura agregada em relação à oferta da economia. Os meios de pagamento crescem além da capacidade de expansão da economia, ou antes, que a produção seja capaz de atender as necessidades do mercado. “Ela resulta de uma situação em que a procura agregada está muito aquecida enquanto a oferta de bens e serviços não tem condições de acompanha-la, o que leva à elevação dos preços.” (BOARATI, 2006, p.88).

De acordo com Sandroni (1999. p.302):

Também chamada de inflação dos compradores, é o processo inflacionário gerado pela expansão dos rendimentos. Ocorre que os meios de pagamento crescem além da capacidade de expansão da economia, ou antes, que a produção esteja em plena capacidade, o que impede que a maior demanda decorrente da expansão dos rendimentos seja

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