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A Política Fiscal e Política Monetária

Por:   •  16/3/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.868 Palavras (8 Páginas)  •  110 Visualizações

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Atividade 1

Questão – Considerando os elementos da Política Fiscal e Política Monetária, quais alternativas deveriam ser consideradas para que a situação apresentada abaixo seja contornada? Escolha um problema e apresente as alternativas. Justifique o motivo da escolha da alternativa.

        Como já estudado anteriormente, enquanto a Microeconomia estuda o comportamento dos agentes que intervêm no mercado e tem foco nos problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), na escassez, na oferta, na demanda, na geração de preços, na produção das empresas e nos mercados competitivos; a Macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, preocupando-se com os grandes agregados econômicos (soma das diversas atividades dos agentes econômicos exercidas em um país como produto - economia, renda e despesa) e tem como foco as questões conjunturais de curto prazo como produção total, nível geral de preços, emprego e desemprego, taxa de juros, salários e tipos de câmbios.

        Neste contexto, torna-se importante ressaltar que toda ação tomada pelo Governo através de instrumentos econômicos parte da premissa de formular propostas para resolver ou minimizar os problemas econômicos presentes na nação por ele governada, zelando pelos interesses e bem-estar da população. Portanto, a função do Governo é atuar sobre determinadas variáveis e, através dessas, alcançar resultados positivos no campo econômico.

Políticas Macroeconômicas são um apanhado de ações e decisões tomadas por um Governo para garantir que ele irá cumprir as metas e alcançar os objetivos que traçou para o desenvolvimento econômico de um país. Têm a ver com indicadores de bem estar da sociedade ligados ao crescimento econômico. Suas metas principais são o pleno emprego, a estabalidade de preços e/ou controle inflacionário, a distribuição equitativa de renda e o crescimento econômico. Para cumprir tais metas, ela conta quatro instrumentos de política macroeconômicas. São eles:

  1. Política fiscal - tem como objetivo equilibrar as contas públicas, para que o país possa superar a crise econômica;
  2. Política monetária - é o conjunto de medidas que o Governo adota para controlar a oferta de moeda conforme os interesses econômicos do país;
  3. Política cambial e comercial - são políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. A política cambial é o controle da taxa de câmbio da nossa moeda, a política comercial se trata da facilitação ou não das importações e exportações;
  4. Política de rendas -  refere-se a intervenção direta do Governo na formação de renda, controle de preços e de salários.

Como vimos acima, o principal objetivo da Macroeconomia é o crescimento econômico, pensando nisso vamos elucidar sobre a crise econômica. Mesmo apresentando períodos de estabilidade também ocorrem quedas na atividade econômica, ou seja, ela é cíclica; o que é um paradigma “normal” do sistema capitalista.

Dessa maneira, observamos que o país está encarando uma crise econômica pois vem ocorrendo uma declinação na atividade econômica. Isto é, a demanda por consumo é reduzida, o que começa consequentemente a gerar menos rendimento às entidades (empresas). Com o lucro cada vez menor, a alternativa encontrada é o desligamento de colaboradores que acarreta aumento nas taxas de desemprego no país. Mais pessoas desempregadas reduz a renda média e o poder de compra. Dessa forma, muitas famílias passam a usufruir do consumismo ainda menor, o que por consequência delimita a demanda e faz com que o ciclo de crise prossiga.

 A história do Brasil é marcada por crises internas e externas desde a sua independência. A crise econômica atualmente vivida, se iniciou em 2014 e está vinculada a uma sequência de fatores, entre outros:

  • queda dos preços das commodities no mercado externo, devido a China comprar menos de inúmeros países gerando uma queda no valor, esta diminuição na compra ocorreu devido à crise mundial de 2008 que a atingiu em 2011;
  • escândalo de corrupções na política brasileira reveladas com a operação Lava-Jato;
  • redução excessiva da taxa de juros que fez 26 milhões de brasileiros ascender de classe social o que gerou um grande consumo, que posteriormente foi marcado por um grande endividamento da mesma;
  • gastos exorbitantes com a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, e o superfaturamento de inúmeras obras;
  • gastos públicos acima do teto estipulado;
  • reeleição da então Presidente Dilma Rousseff, com uma margem percentual mínima em cima do segundo colocado Aécio Neves gerando especulação sobre fraudes na eleição.

Todos esses fatores apontavam para uma eminente crise que eclodiria no Brasil em algum momento. O governo Dilma foi marcado por inúmeros protestos em todo país, gerando instabilidade político-econômica, ocorrendo assim a retirada de capital estrangeiro do Brasil e o aumento da desconfiança de investidores nacionais e estrangeiros, consequentemente a paralização de investimentos gerou aumento do desemprego que teve seu auge em 2017, quando atingiu a marca de 12,7 milhões de brasileiros desocupados, no mesmo ano, houve o primeiro aumento do PIB brasileiro depois de 8 quedas consecutivas, dando indícios de uma possível saída da crise. Durante esse período houveram tentativas de crescimento da economia como elevação das taxas de juros para controlar a inflação; aumento da desigualdade econômica - índice medido pelo coeficiente gini saindo de 0.605 para 0.625, a renda dos 10% mais ricos subiu 8.5% e dos 40% mais pobres diminui 14%; queda na atividade econômica e industrial com fechamento de industrias e lojas; crescente saída de brasileiros do país, queda do consumo interno e rebaixamento das agências internacionais de classificação de crédito.

Para isso, Michel Temer - empossado após o impeachment da Presidente Titular Dilma Rousseff -  estabeleceu um teto de gastos com o Novo Regime Fiscal, a lei da terceirização permitiu externalizar o trabalho para atividades-fim, reforma trabalhista de 2017 e a tentativa de reforma da previdência.

 Após uma forte polarização política e a aversão à esquerda, em 2018, Jair Bolsonaro foi eleito Presidente do nosso país. Em 2019 o número de desempregados começa a despencar chegando a 11,9 milhões e dando indícios de uma possível saída da crise iniciada há 5 anos.

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