TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Sociologia Clássica

Por:   •  21/5/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.800 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

Página 1 de 8

Sociologia Clásisca

David Émile Durkheim,quarto filho de um rabino,nasceu em 15 de abril de 1858,na cidade de Épinal,região da Alsácia,na frança.

O francês Émile Durkheim tinha a pretensão de conferir à sociologia uma reputação científica será o seu principal objetivo da obra do pensador.

Durkheim também forneceu para a sociologia estudos pioneiros na área da sociologia da religião e do conhecimento,bem como estudos empíricos sobre o fenômenos do suicídio,este pensador é um dos grandes analistas do mundo moderno com sua tese da divisão do trabalho social.

Entre 1885 e 1886 foi feito uma viagem para a Alemanha,a afim de estudar ciências sociais,desta viagem retorna com a itenção de desenvolver a sociologia na França,visando torná-la uma ciência autônoma.

Em 1887 é nomeado professor de pedagogia e de ciência social na faculdade de Bordeaux,no Sul da França.

Trata-se do primeiro curso de sociologia criado em uma universidade,é neste período que Durkheim escreve suas principais obras e forma a base de seu pensamento social.

Além de ser um doas principais fundadores do pensamento sociológico,Durkheim também é o responsável pela introdução desta ciência no ensino universitário, e também é com ele que a sociologia adentra no mundo acadêmico e se firma definitivamente como ciência.

  • Para os autores como Talcott Parsons e Steven Lukes,por exemplo,existem importantes diferenças entre as obras escritas por Durkheim no período de Bordeaux e seu último grande texto:“As formas elementares da vida religiosa”.  Segundo esta interpretação,o “primeiro Durkheim” seria fortemente materialista ou positivista(no sentindo de valorizar mais o peso das estruturas sociais na explicação dos fenômenos sociais),enquanto o “segundo Durkheim”,tomando como base o fenômeno religioso,seria eminentemente idealista ou cultiralista(no sentindo de passa a valorizar o peso das representações simbólicas no estudo da vida social).
  • Já os autores como Robert Nisbet e Antony Giddens discordam da ideia de uma ruptura na trajetória deste pensador e insistem sobre o fato de que os pressupostos construídos por Durkheim no início de sua obra não foram abandonados ou modificados e continuam presentes em toda a sua trajetória teórica.

Para muitos intérpretes,a sociologia de Durkheim possui sua raiz nestas teorias conservadoras,embora ele não rejeite a noção de progresso e as conquistas da sociedade moderna.

A teoria de Durkheim também traz a marca das pesquisas do historiador Fustel de Coulanges ,autor do influente livro A cidade antiga,que teoriza sobre a influência dos rituais religiosos na vida familiar,social e política da Antiguidade.

Foi Durkheim um pensador preocupado em fornecer para a sociologia sólidas bases filosóficas e procedimentos metodológicos detalhados para a realização de pesquisas sociais.

Ele sustentava a tese de que a explicação da vida social tem seu fundamento na sociedade,e não no indivíduo,esta afirmação não significa que a sociedade possa existir sem indivíduos,o que seria totalmente ilógico,o que ele desejava ressaltar é que uma vez criadas pelo homem,as estruturas sociais passam a funcionar de modo independente dos atores sociais,condicionando suas ações.

Ninguém mais do que Durkheim vai colocar tanta ênfase na força do social sobre a vida humana,procurando sempre ressaltar que,em última instância,até mesmo a noção de pessoa ou de sujeito individual não passa de uma construção social.

A partir deste princípios,Durkheim inaugurou um dos principais paradigmas de análise sociológica,ainda hoje empregados nesta ciência:o holismo metodológico.

Ele enfatiza que os fatos sociais possuem duas característica essenciais,a primeira é que eles são exteriores,isto significa que o comportamento social não procede do próprio indivíduo,mas de algo externo a ele:a sociedade.

A distinção entre o normal e o patológico foi,já naquele tempo,um dos aspectos mais criticados dos procedimentos recomendados por Durkheim.

De acordo com os critérios elaborado pelo autor,o que distingue um fato social do outro é a sua regularidade.

Durkheim afirmava que o fato social normal representa um estado de saúde e que o fato social patológico um estado de doença.

A tese durkheimiana provocou diversas polêmicas,Durkheim chegou alegar que o crime,por exemplo,ainda que percebido pela socialmente como negativos,eram,sociologicamente ,normais.

Sua tese sobre o “holismo metodológico” e sua “análise funcionalista” foram retomadas e ampliadas na antropologia por Bronislaw Malinowski e Radcliffe-Brown.

No centro da teoria da modernidade de Durkheim estava a preocupação de explicar os efeitos que as transformações modernas ocasionavam nos mecanismos de integração dos indivíduos na sociedade,a modernidade se caracterizava pela divisão do trabalho e pela especialização das funções.

Para explicar a mudança social Durkheim elaborou três fatores responsáveis pelo crescimento da sociedade que são:Volume,Densidade material e Densidade moral.

A divisão do trabalho foi considerado por Durkheim como a característica central da sociedade moderna,em relação a dimensão econômica,ele argumentou que a divisão do trabalho social não pode ser compreendida apenas como um mecanismo que aumenta a produtividade e eficiência,ela contém ainda a função integradora e modifica os laços de solidariedade entre os indivíduos.

“Somos levados,assim a considerar a divisão do trabalho sob um novo aspecto.Nesse caso,de fato,os serviços econômicos que ela pode prestar são pouca coisa em comparação com o efeito moral que ela produz,e sua verdadeira função é criar entre duas ou várias pessoas um sentimento de solidariedade(DURKHEIM,1995,P.21)”.

Durkheim considerava que seria um erro concluir que a função social da divisão do trabalho social era resultado somente da interdependência das atividades.

Não é apenas porque os indivíduos necessitam uns dos outros que a divisão do trabalho cria a unidade social,pois,desta forma,ela não teria nenhum efeito moral.

No entanto,longe de haver apenas unidade,coesão e harmonia,a sociedade moderna era atravessada também por crises,lutas e conflitos e como explicar essa aparenta contradição,se a divisão do trabalho era fonte de uma nova solidariedade,como explicar o estado de desagregação social que imperava naquele tempo,Durkheim também estudou este fenômenos que para ele seriam”formas anormais”ou patológicas,dividindo-os em três tipos:

  • divisão de trabalho anômica:suas principais manifestações seriam as crises industriais e cormeciais,o antagonismo entre trabalho e capital e as falências.

“se a divisão do trabalho não produz a solidariedade,é porque as relações entre os órgãos não são regulamentadas,é porque elas estão num estado de anomia”(Durkheim,1995,p.385).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (13.1 Kb)   pdf (108.6 Kb)   docx (16.7 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com