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A Sociologia Marxista ou o Materialismo Histórico

Por:   •  11/3/2016  •  Resenha  •  667 Palavras (3 Páginas)  •  399 Visualizações

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Henri Lefebvre

Nascido na comuna francesa de Hagetmau, no departamento de Landes, (1901–1991). Henri Lefebvre formado em filosofia na Sobornne, explorou os campos da matemática, linguística, história e sociologia. Apesar de pouco conhecido no Brasil, Lefebvre foi pioneiro na tradução das obras de Marx, Engels e outros autores críticos do Estado na França. Em 1928 entrou para o Partido Comunista da França.

A Sociologia Marxista ou o Materialismo Histórico

O materialismo histórico é introduzido na sociologia como ciência. Segundo Lefebvre (2009) “a sociedade, como entidade geral não tem qualquer existência separada dos indivíduos que a compõe”, ou seja, a sociedade só pode existir onde há grupos sociais. O indivíduo quando nasce, já existe um papel para ele na sociedade. Esses grupos sociais definem o papel do homem na sociedade. A vida é como uma peça de teatro, onde toda a sua trajetória é roteirizada, o indivíduo apesar do livre arbítrio, precisa seguir o roteiro estabelecido pela sociedade. Para Lefebvre devemos analisar dialeticamente a atividade humana.

As relações sociais são o “alicerce” da sociedade. Para que se construa uma sociedade é preciso que se estabeleçam relações sociais. Essas relações sociais são os princípios que definem as leis a serem seguidas pelos indivíduos, que precisam segui-las sob o risco de coerção.

Parafraseando Lefebvre, somente através do trabalho e da organização do trabalho é possível que o homem ascenda da vida animal (ou natural) para produzir a sua própria vida. Porém, existem limites naturais (geográficos) que devem ser respeitados. Sendo assim, as relações de produção são fundamentais para a construção de qualquer sociedade humana. Lefebvre ainda ressalta que as relações de produção possuem três elementos: as condições naturais, as técnicas e a organização e a divisão social do trabalho. Para o marxismo, estes elementos são as forças produtivas de uma sociedade.

A introdução de um novo instrumental na sociedade só se faz quando existe a necessidade, regendo as relações sociais. Este novo instrumental se dá pela invenção, uma nova tecnologia. A divisão social do trabalho e as relações sociais tem sentido diverso, porém, não separável. A divisão do trabalho se divide em material e não material, e essa divisão traz consequências: o trabalho não material dita o ritmo das atividades dos outros indivíduos do trabalho material. E então “só pelo marxismo e no marxismo se transforma em consciência plena, em conhecimento racional, capaz de dominar e dirigir o processo” (LEFEBVRE, 2009, p. 60).

No processo histórico apresenta-se um caráter natural e objetivo, onde as forças sociais e as realidades escapam ao controle e à vontade dos homens em cada momento da história. Apesar de parecido, o fetichismo surge apenas se tratando de abstrações que fogem ao pensamento, à vontade e ao controle humanos. O materialismo dialético nos mostra um triplo aspecto do processo total: um aspecto natural, vital e espontâneo, um aspecto refletido e um aspecto ilusório. Encontramos esse aspecto ilusório na divisão do trabalho, onde a consciência do indivíduo cria uma ilusão, vai além da realidade.

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