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CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  6/10/2021  •  Ensaio  •  3.401 Palavras (14 Páginas)  •  90 Visualizações

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            UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ADEMIR JUNIOR

ANNA LUIZA PEREIRA

EDUARDA TEBALDI

LENYSE LOUREIRO

LUIZA DE ARAUJO BAZONI

VITÓRIA

2021


ADEMIR JUNIOR

ANNA LUIZA PEREIRA

EDUARDA TEBALDI

LENYSE LOUREIRO

LUIZA DE ARAUJO BAZONI

ANÁLISE DO ARTIGO “TIO PATINHAS NO CENTRO DO UNIVERSO”

Trabalho apresentado para avaliação e obtenção de nota do 1º Semestre, da Disciplina Teoria Econômica, Departamento de Serviço Social

    Professor: Gustavo Moura de Cavalcanti Mello

VITÓRIA

   2021


SUMÁRIO

1.  Introdução....................................................................04

2. Análise dos personagens sob a ótica do capitalismo….05

2.1. Tio Patinhas X Irmãos Metralhas……..………….07

2.2 O talismã e o fetichismo da mercadoria…………....08

2.3. Pato Donald e a falta de consciência de classe….. 09

2.4. Pato Donald e a classe média…………………….10

3.  Conclusão.....................................................................11

4.  Bibliografia...................................................................12


INTRODUÇÃO

              A análise permeia de forma crítica o artigo "Tio Patinhas no centro do universo", fazendo analogia ao sistema capitalista, cujo personagem principal Tio Patinhas assume o papel de um grande capitalista dando a impressão de ser um personagem positivo, grandioso e detentor do poder do capital, e consequentemente das leis da sociedade, sua posição que condiz com a narrativa pregada para a classe trabalhadora no regime capitalista. Usando como base bibliográfica a obra “O Capital” buscamos explicitar na trama o caráter fetichista explicado por Marx, compara o talismã de Patinhas que na história lhe dá o direito de controlar os indivíduos tendo o poder de designar quem enriquecerá ou não com os grandes capitalistas que na realidade alienam  os trabalhadores, não deixando operário dominar completamente todos os processos de reprodução contribuindo para que o trabalhador não enxergue o seu trabalho no produto final, consequentemente contribui para o "glamour" social do produto. O pato Donald assume a característica do trabalhador,  demonstrando a  sua falta de consciência de classe, característica fundamental para a alienação no sistema, representa de forma inconsciente todas as frustrações e pensamentos da classe trabalhadora.

        

 ANÁLISE DOS PERSONAGENS SOB A ÓTICA DO CAPITALISMO

            Para compreender melhor o artigo “Tio Patinhas no centro do universo”, é interessante ter a noção de que todos os personagens da história tem sua construção ontológica condicionada a um regime ditatorial dos quadrinhos, de forma com que sua narrativa seja linear, impedindo que o leitor tire suas reflexões e crie uma problematização acerca da temática. Vale ressaltar também que não só os personagens e a historieta que possuem um princípio determinativo de uma mercadoria, os compradores desse conteúdo também são. Dado que estão pré-estabelecidos na era capitalista, no qual o capitalismo autorregula as forças coletivas, por meio da configuração do modo ser.  No editorial “A produção de subjetividade no contexto do capitalismo contemporâneo: Guattari e Negri”, o psicólogo Fabio Montalvão Soares cita dois psicanalistas: Rolnik e Guattari, em que sua abordagem dizem “em meio ao cenário contemporâneo, a subjetividade é bem mais valioso do que o petróleo.” A luz dessa ideia, cabe analisar a forma como o capitalismo se apropria e formula a produção de subjetividade (modo de ser), para continuar mantendo o seu sistema, que possui diversas incongruências.

        Além de fornecer poder a um seleto  grupo, que distribui e manipula uma configuração social com determinações autodestrutivas para a sociedade, por  exemplo, a lei de acumulação capitalista descrita pelo filósofo alemão Karl Marx, na qual revela que os operários, mesmo produzindo a riqueza e mercadorias, não detém do poder de compra para usufruí-las e apesar disso, essa configuração do capital desconstrói a união da classe trabalhadora e intercepta o estatuto ontológico desse coletivo.

Marx nomeou a força de trabalho humano para o capitalismo como “capital variável”, e nessa nomeação fica explícito a irrelevância da vida e o caráter desumano do capital. Na trama, o papel do explorador é atribuído ao tio Patinhas, que possui uma imagem do capitalista heroico e civilizador, entretanto, essa noção é romantizada, assim como os europeus invadindo a América Latina e outras nações, com o pseudo discurso civilizatório, como se centenas de anos, religiões, culturas e  identidades não tinham  valor algum perto do continente europeu. Outra característica de Patinhas é o fato dele não só representar o capital, mas, ser o capital personificado, esse traço é identificado quando mostra as atormentações que sofre por medo de perder a sua riqueza, o controle que essa tem sobre ele, e sua moeda número 1 como suporte para a sua condição. Ademais, a sua característica mais marcante é o fato dele determinar a vida dos outros personagens do desenho.

        Como o seu sobrinho, pato Donald, que representa a classe operária e todas as determinações dessa massa, que precisa ser explorada e subalternada para ter uma casa, alimentos, roupas, água, energia, gás, que são direitos básicos universais e se contradiz com a filósofa Hannah Arendt, quando ela reflete que “a essência dos direitos humanos é tê-los.” Só que na realidade, essa classe tem que lutar pelo que já está garantido constitucionalmente, trabalhando constantemente de forma exaustiva e sem ter sua força e tempo de trabalho reconhecidos monetariamente, fenômeno esse que foi nomeado por Karl Marx como “mais valia.” Ademais, as condições de vida dos proletários fora e no interior de seus locais de trabalho não eram e não estão sendo condições favoráveis ou dignas, uma vez que o bem-estar social, físico e mental dos cidadãos são colocados em segundo plano. E, se esses se posicionarem contrários ao regime, são ridicularizados. O uso de frases como “alegria de pobre dura pouco, não basta ser pobre, tem que..." tornam cômico para reduzir a crueldade do capitalismo com os trabalhadores, maquiando uma realidade precária.

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