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DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA

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Por:   •  13/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  12.989 Palavras (52 Páginas)  •  208 Visualizações

Página 1 de 52

Superse(Ier

THOMAS

HARRIS

O silêncio dos inocentes

Título original:

7he Silente Of The L,cnnh.s

Tradução:

Antonio Gonçalves Penna À memória de meu 7(11

Projeto gráfico:

Neslé Soule

1989 by Yazoo Fabrications Inc.

Direitos de edição desta obra em língua portuguesa

no Brasil, adquiridos pela:

DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA, S.A.

Rua Argentina 171 - 20921 - 380 Rio de Janeiro, RJ - Tel. 585 2000

Números atrasados e serviço ao leitor:

Praça Alfredo Isca, 18 - Centro - Tel. (011) 230 9299

Rio de Janeiro: R. Teodoro da Silva, 821 - Grajaú

Tel. (021) 577 4225 e 577 2355

Distribuição exclusiva em bancas para todo o Brasil:

Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.,

R. Teodoroda Silva, 907 - Tel. (021) 575 7766

IS B N: 85-01- I 5604-3

Depósito Legal: B. 44348/1996

Impresso em Espanha - Printed in Spain

Impressão e encadernação:

Cayfosa. S.A.

CAPÍTULO

Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, de que me serve isso se os mortos não ressuscitam?

I Coríntios

Preciso olhar para uma caveira num anel, se tenho uma no rosto?

- John Dorme, "Devotions"

Ciência do Comportamento, seção do FBI que trata de assassinatos em série, fica no andar térreo do edifício da Academia em Quantico, meio enterrada no solo. Clarice

Starling chegou lá afogueada, depois de um rápido percurso desde o estande de tiro em Hogan's Alley. Tinha pedaços de capim no cabelo e seu blusão da Academia do

FBI estava manchado porque tivera que se atirar ao chão sob fogo num exercício de aprisionamento em condições especiais.

Não havia ninguém na ante-sala, de modo que ela afeitou os cabelos olhando seu reflexo nas portas de vidro. Sabia que podia exibir uma boa aparência sem

muito esforço. Suas mãos cheiravam à fumaça das armas de fogo pois não tivera tempo de lavá-las o chamado do Chefe de Seção Crawford frisava imediatamente.

Encontrou Jack Crawford sozinho no superlotado escritório. Ele estava de pé à mesa de alguém, falando ao telefone e ela teve a chance de observá-lo pela

primeira vez após um ano. O que viu perturbou-a.

Normalmente Crawford tinha a aparência de um engenheiro de meia-idade, com bom físico, que poderia ter freqüentado a universidade participando no time de

beisebol - jogo em que era um eficiente apanhador, duro de roer quando bloqueava a cancha. Agora estava magro, o colarinho da camisa folgado demais e tinha manchas

escuras por baixo dos olhos avermelhados. Todo mundo que lia os jornais sabia que a seção da Ciência do Comportamento vinha sendo muito criticada. Starling esperava

que Crawford não tivesse bebido, o que, aliás, parecia muito improvável naquele lugar.

9

Crawford terminou a conversa telefônica com um curto "não". Tirou o dossiê dela debaixo do braço e abriu-o.

- Starling, Clarice M., bom dia - disse.

- Alô. - O sorriso dela era apenas educado.

- Nada de ruim com você. Espero que minha chamada não a tenha assustado.

- Não. - Não era inteiramente verdade, pensou Starling.

- Seus instrutores informam que você vai indo muito bem, no quartel superior da classe.

- Espero que sim; eles não divulgaram isso - ou divulgaram?

- Eu os questiono de tempos em tempos.

Aquilo surpreendeu Starling; ela descartara Crawford como um filho da puta de um sargento recrutador de duas caras.

Conhecera o Agente Especial Crawford quando ele era conferencista convidado na Universidade de Virginia. A qualidade dos seminários dele em criminologia

fora um fator de sua vinda para o Bureau. Ela lhe escrevera um bilhete quando foi aprovada para a Academia, mas nunca recebera resposta, e durante os três meses

em que estava em treinamento em Quantico, Crawford a ignorara.

Starling descendia de gente que não pedia favores nem se esforçava para conseguir amizades, mas ficara intrigada e também ressentida com o comportamento

de Crawford. Agora, na presença dele, voltava a achá-lo simpático, o que registrou com pesar.

Estava claro que algo andava errado com ele. Crawford tinha um talento peculiar, além da inteligência, e Starling observara isso pela primeira vez aprovando

zzzo seu senso de cores e a escolha dos tecidos de suas roupas, um problema difícil, dentro dos rígidos padrões FBI para a vestimenta estilo robô de um agente. Agora

ele continuava decente, mas um tanto desmazelado, como se estivesse mudando de pêlo.

- Apareceu um serviço e pensei em você - disse ele. - Não é propriamente um serviço, é mais um encargo interessante. Ponha no chão esse material de Berry

que está na cadeira e sente-se. Você declarou na sua ficha que pretende vir diretamente para a Ciência do Comportamento quando terminar o curso na Academia.

- Correto.

- Você tem bastante prática forense,

...

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