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Economia Política: Uma introdução crítica

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  3.746 Palavras (15 Páginas)  •  321 Visualizações

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Unespar-Fecea

Economia Política – Professor Antonio

Marcel Antonio Cardoso da Silva

1º ano - Economia

Livro: Economia Política: Uma introdução crítica

Capítulo 1 – Trabalho, sociedade e valor

Economia política é o estudo das leis sociais que regulam a produção e a distribuição dos meios materiais que permitem a satisfação das necessidades dos homens, historicamente determinadas. O objeto da economia política é a atividade econômica que tem como base o trabalho, que é indispensável para a compreensão da atividade econômica e do modo de ser dos homens e da sociedade.

1.1 Trabalho: transformação da natureza e constituição do ser social

Os membros da sociedade transformam matérias naturais em produtos para atenderem suas necessidades, essa transformação chama-se trabalho.

Para ser considerado trabalho é preciso que: seja necessário a utilização de instrumentos diretamente na matéria natural, exija habilidade e conhecimento adquirido através de repetição, experimentação e aprendizado e não deve ter suas necessidades limitadas., ou seja, sempre haverão novas necessidades, além disso é necessário que haja objetivação do sujeito que o efetua. Essas são características que não estão presentes na natureza, sendo assim o trabalho é uma atividade exclusiva do homem.

Sujeito: aquele que realiza a ação; Objeto: a matéria, o instrumento e/ou o produto do trabalho.

O trabalho é sempre atividade coletiva. O caráter coletivo do trabalho é denominado social.

Foi através do trabalho que grupos de primatas se transformaram em grupos de humanos, criando assim um novo tipo de ser, o ser social. Foi através do trabalho que a humanidade se constituiu como tal.

1.2 Trabalho, natureza e ser social

A sociedade não existe sem a natureza pois é ela que propicia as condições da manutenção da vida dos membros da sociedade.

Não há sociedade sem que estejam em interação os seus membros singulares, assim como não há seres sociais singulares isolados, fora do sistema de relações que é a sociedade.

O desenvolvimento do ser social é dado como o processo de humanização, ou seja, o processo de produção da humanidade que foi obtido através da auto-atividade.

O ser social é capaz de realizar atividades orientas com fins, ser objetivo material e idealmente, comunicar-se e expressar-se pela linguagem articulada, escolher entre alternativas concretas, universalizar-se e sociabilizar-se. Só ele possui a capacidade de projetar.

A visibilidade da diferença entre ser natural e ser social só se tornou dominante a partir da constituição do mercado mundial, que permitiu o contato entre todos os grupos humanos.

1.3 Praxis, ser social e subjetividade

Praxis é uma denotação do ser social que diz que o homem é mais que trabalho, é uma denotação que inclui o trabalho mas também todas as objetivações humanas. O ser social se projeta e se realiza nas objetivações materiais e ideais da ciência, filosofia, da arte construindo um mundo social de produtos, obras e valores em que a espécie humana se transforma em gênero humano.

Numa relação entre homens e suas obras, a relação real, que é a relação entre criador e criatura, pode aparecer de forma invertida, ou seja, a criatura para a dominar o criador. Esse fenômeno histórico é conhecido como alienação. É uma característica própria de sociedade que apresentam a divisão social do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção fundamentais, ou seja, exploração do homem pelo homem. A alienação estimula regressões do ser social.

A medida que a sociedade enriquece com novas objetivações torna-se mais complexa a relação entre homens por duas razões. Primeiro quanto mais rica em suas objetivações é uma sociedade, maiores são as exigências para a sociabilização dos seus membros. Segundo, somente numa sociedade que supere a divisão social do trabalho e a propriedade privada dos meios de produção fundamentais pode-se pensar que todas possibilidades do desenvolvimento do ser social se tornem acessíveis a todos os homens.

Somente em uma sociedade sem exploração e sem alienação pode oferecer a todos as condições para que se desenvolvam diferencialmente a sua personalidade.

1.4 Trabalho, valor e “fim da sociedade do trabalho”

A economia política tem como seu objeto as relações sociais que existem entre os homens na produção.

Valor está vinculado ao trabalho. O valor das mercadorias é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção. O valor das mercadorias expresso em termos monetários é o seu preço. Nem sempre há coincidência entre valor e preço.

Nos últimos anos a centralidade do trabalho vem sendo posta em questão por duas razões: a redução do contingente de trabalhadores, que pode ser explicada pelo desenvolvimento das forças produtivas que exponenciaram a produtividade do trabalho; e o número elevado de desempregados que está diretamente ligado ao limite da sociedade burguesa no qual não há solução que empregue todos os homens e mulheres aptos no circuito de trabalho.

Capítulo 2 – Categorias da (crítica da) economia política

O desconhecimento teórico de um conjunto das categorias econômicas não impede que, na prática social, os homens estabeleçam e desenvolvam relações econômicas.

2.1 A comunidade primitiva e o excedente econômico

Por 30 mil anos os grupos humanos viveram em uma sociedade primitiva em que viviam em abrigos precários e a alimentação era obtida através da coleta de vegetais e caça eventual, como nômades. Com o início da produção de instrumentos grosseiros os grupos começaram a amenizar suas condições. Tudo que era obtido era dividido igualmente e consumido imediatamente.

A partir da domesticação de animais e do surgimento da agricultura as comunidades passaram e abandonar o nomadismo e se vincularem a um território. Como principal fato no surgimento dessas novas comunidades se deu o fato de que os resultados da ação do homem sobre a natureza permitiram uma produção de bens que ultrapassava as necessidades imediatas de sobrevivência        dos seus membros surgindo assim o excedente econômico. Dois efeitos puderam ser observados: primeiro, com uma maior divisão do trabalho bens começaram a ser produzidos sem a intenção de serem consumidos, surgindo assim as mercadorias que tinham como propósito serem trocadas com outras comunidades, sendo precursores do comércio; segundo, com a possibilidade de acumulação de bens, abriu-se a possibilidade para a exploração do trabalho humano. Quando a acumulação e exploração se tornam efetivas a comunidade primitiva foi substituída pelo escravismo.

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