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Entre o antigo e o novo TESTAMENTO sobre a liturgia cristã

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Por:   •  26/11/2013  •  Tese  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  766 Visualizações

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RELAÇÃO ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO NA LITURGIA CRISTÃ

INTRODUÇÃO

O Zenit publicou no ano de 2010 um artigo acerca da íntima relação entre Antigo e Novo Testamento na liturgia cristã. A fundamentação do artigo está nos estudos realizados por padre Paul Gunter, OSB, professor do Pontifício Instituto Litúrgico de Roma e consultor do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

O artigo nos lembrará que Jesus conhecia a liturgia da sinagoga e seu constante desejo de cumprir a vontade do Pai estava apoiado pela liturgia de Israel. Dirá ainda que o objetivo histórico do culto de Israel nos projeta do Antigo ao Novo Testamento, enquanto a história da salvação encontra sua unidade na cruz e na ressurreição de Jesus. Sem levar em conta a íntima relação entre o Antigo e o Novo Testamento, seria impossível compreender o dom e o significado da liturgia cristã.

Dentre outras exemplificações, padre Paul traz aos leitores o fato de que “a exortação de São Paulo a orar sem cessar (1 Ts 5,17) está inspirada em vários momentos de oração cotidiana da liturgia de Israel. O Deuteronômio, nos capítulos 6,7 e 11,19, pede que se recite o Shma Israel (Escuta, Israel) toda manhã e toda tarde. Daniel 6,10 acrescenta outros três momentos de oração a serem feitos durante o dia. As cinco diferentes horas da liturgia judaica das horas giram em torno da oração da manhã e da tarde. Acredita-se que Pentecostes tenha começado de manhã, quando os discípulos estavam reunidos em oração (Atos 2,15). Pedro se encontrava em oração ao meio-dia, quando teve a visão de Jope (Atos 10,9). Pedro e João entraram no Templo para a oração diária na hora nona (Atos 3,1). Os salmos de Hallel, 148-150, caracterizam os louvores cristãos. O salmo 141 confere às vésperas uma ênfase de sacrifício. A liturgia doméstica da luz no sábado, no contexto do sacrifício de louvor, influenciou muitos hinos e orações cristãs que transladaram essa luz a Cristo. A Didachè prescrevia recitar o Pai Nosso três vezes ao dia, ao invés da oração judaica das 18 bênçãos” .

Também a Última Ceia de Jesus, longe de qualquer dimensão de fraternidade, introduz-se no sulco da tradição das refeições festivas judaicas com os correspondentes rituais dirigidos à Aliança com o Deus de Israel. No entanto, a novidade está na nova e eterna aliança instituída no sacrifício do Corpo e do Sangue de Cristo. Posteriormente a comunidade dos apóstolos partia o pão junta “em casa” (Atos 2,46) e frequentava junta o Templo.

Ainda que a liturgia da fé cristã deva muito do seu desenvolvimento ao culto da sinagoga, esta última sempre estava ordenada ao Templo. O culto da sinagoga espera a restauração do Templo. No culto cristão, no entanto, o lugar do Templo de Jerusalém foi tomado do Templo universal do Cristo ressuscitado que atrai a humanidade ao eterno amor da Trindade, através da Eucaristia que é sacrifício da Nova Aliança. Tanto a sinagoga como o Templo entraram na liturgia cristã. A progressão do Antigo Testamento rumo ao Novo, a busca humana e o diálogo entre Deus e o homem na oração estão baseados na liturgia cristã que nos apresenta o Redentor enquanto nos ensina a desejar nossa morada eterna em Deus.

Na sequência será apresentado um recorte da Liturgia Cristã, que corresponde ao 26º Domingo do Tempo Comum e que nos permite perceber a unidade que há entre Antigo e Novo Testamento na Liturgia da Palavra.

Primeira Leitura - Am 6, 1a. 4-7

Assim diz o Senhor todo-poderoso: Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas da Samaria! Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado; os que cantam ao som das harpas, ou, como Davi, dedilham instrumentos musicais; os que bebem vinho em taças, e se perfumam com os mais finos ungüentos e não se preocupam com a ruína de José. Por isso, eles irão agora para o desterro, na primeira fila, e o bando dos gozadores será desfeito.

Evangelho - Lc 16, 19-31

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: “Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe

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