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Antigo Testamento

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Por:   •  27/9/2013  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  694 Visualizações

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Teologia do Antigo Testamento.

A teologia do Antigo Testamento tem tido seu campo de atuação e objeto de estudo definido mais recentemente, pois até o início da Idade Moderna ela estava vinculada e circunscrita à teologia bíblica. Além disso, os autores tem trabalhado com metodologias diferentes, alegando que não há um método específico e determinado para se realizar esta tarefa.¹ Por outro lado, outra dificuldade é definir se no Antigo Testamento temos uma teologia ou uma história do povo de Israel e, por vivermos na modernidade, muitas vezes utilizamos idéias e conceitos distanciados e diferentes daqueles que influenciavam os autores que produziram esses textos dentro de um ambiente que sua cosmovisão teológica e histórica diferiam e muito do meio que vivemos. Em geral, na atualidade, diferenciamos a história da teologia por estarmos em uma era que fragmenta o conhecimento. No entanto, o ambiente que produziu o Antigo Testamento possuía uma visão monista e unitária de mundo em que na maioria dos livros antigos, a história, a teologia, as leis civis e as leis religiosas faziam parte do mesmo mundo, sem haver uma separação entre eles. Basta observarmos os 5 primeiros livros da Bíblia (designado em grego de Pentateuco) em que há uma mistura do religioso e do “profano” dentro dos mesmos livros. Por exemplo, normas religiosas e leis civis pertencendo ao mesmo mundo e ao mesmo ambiente.

É impossível desassociar Israel do seu meio ambiente como pretendem fazer alguns, visto que muitas práticas observadas praticadas pelos judeus já faziam parte da vida dos povos que lhe circuncidavam, bem como muitas de suas práticas religiosas e costumes não eram exclusivas dos judeus, mas também faziam parte das práticas dos seus vizinhos.² O que nos chama a atenção é que, embora muitas práticas fossem semelhantes entre judeus e vizinhos, porém, em muitas outras, o povo judeu tinha característica par, como a adoração exclusiva a JHVH que inaugura sua relação com o seu povo através do ato da libertação. É este ato que garante a Israel a idéia de que é povo de Deus, pois divindade alguma havia realizado tal ato com o seu povo. Este ato perpassa por várias páginas do Antigo Testamento como garantia de que Israel foi escolhido pelo Senhor. O auge desse relacionamento se dá nos atos do Sinai quando é dado ao povo a “Lei do Senhor” simbolizando a aliança firmada entre o povo e Deus, muito embora muitos autores aleguem que não foi uma aliança, pois era um pacto unilateral em que Deus estabelecia as normas e ao povo cabia a subordinação a tal Lei. Esquecem os críticos que assim eram os pactos antigos, pois cabia a parte mais forte estabelecer os requisitos e a parte mais débil se subordinar aos mesmos. A centralidade do culto difere da do período patriarcal em que a manifestação teofânica ocorre em vários lugares de adoração, no entanto, no pacto da aliança, a presença da divindade ocorre em um local específico onde Deus fará habitar o seu nome. Enquanto o Deus dos patriarcas é um peregrino conforme o modus vivendus deles, já o Deus de Israel é Aquele que habita e se faz presente guiando e direcionando o seu povo do lugar da escravidão até a Terra da Promessa dada aos patriarcas e que agora precisa ser habitada por este povo. É a lembrança da escravidão e o pacto do Sinai que movem e direcionam este povo em conformidade com a vontade

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