Estudo sobre a Valoração da Amazônia

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

UNESP/ CAMPUS DE ARARAQUARA

FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS

André Scarinci Baccan

Estudo sobre a Valoração da Amazônia

Araraquara

2015

André Scarinci Baccan

Estudo sobre a Valoração da Amazônia

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Araraquara

2015

Sumário

1. Objetivo
2. Justificativa
3. Revisão Bibliográfica
4. Metodologia
5. Cronograma
6. Referências Bibliográficas

Objetivo

        O projeto procura fazer um levantamento sobre a região da Amazônia, no qual será enfatizado o processo de valoração de seus recursos naturais.

Objetivo Geral

        O trabalho pretende demonstrar as diversas maneiras de valorações ambientais já realizadas na Amazônia Brasileira, avaliando, desse modo, os resultados obtidos.

Objetivo Específico

        O projeto procura conhecer os métodos de valoração aplicados na Amazônia, destacando assim as vantagens e benefícios que esse levantamento traz para a maior floresta tropical do planeta.

Justificativa

Esse trabalho procura descrever os diversos métodos de valoração já realizados na Amazônia, a qual é a maior floresta tropical do planeta cuja importância se expande por todo globo terrestre.

        Os levantamentos realizados mostrarão a importância da valoração da Amazônia, visto que, a partir dela, se é possível ter uma maior estimativa sobre seu real valor, o que se refletirá em novas possibilidades de elaboração de políticas publicas que sejam mais eficientes na região.  

Revisão Bibliográfica

Valoração da Amazônia

O desmatamento da Floresta Amazônica é um dos principais problemas ambientais do mundo atual, em função de sua grande importância para o meio ambiente. Este desmatamento causa extinção de espécies vegetais e animais, trazendo danos irreparáveis para o ecossistema amazônico. A degradação provocada pelo corte ilegal de árvores, as queimadas ilegais para abertura de pastagens para o gado, o maior número de assentamentos humanos em função do crescimento populacional na região são todos fatores que contribuem para esse desmatamento. Como conseqüência lógica dessas degradações, temos: a extinção de espécies vegetais e animais, o desequilíbrio no ecossistema da região, aumento da poluição do ar nos casos de queimadas, aumento de casos de erosão do solo. Somado a todos esses problemas ecológicos, o desmatamento amazônico também é responsável por altos gastos aos cofres públicos, valores os quais poderiam ser destinados a outros fins produtivos.

Para uma maior compreensão desse dano causado à Amazônia, primeiramente precisamos valorizar os recursos ambientais, ou seja, precisamos usar o conceito de valoração ambiental. No mercado, o valor econômico dos recursos ambientais geralmente não é observável através de preços que reflitam seu custo oportunidade. Porém, eles têm atributos de consumo associados ao seu uso e à sua existência que afetam tanto a produção de bens e serviços privados como diretamente o consumo dos indivíduos. Para isso, é muito comum desagregar o valor econômico total do recurso ambiental (VET) em valor de uso (VU) e de não-uso (VNU). Por sua vez, o valor de uso pode ser desagregado em: valor de uso direto (VUD), valor de uso indireto (VUI) e valor de opção (VO); o valor de não-uso representa o valor de existência (VE), que está dissociado do uso. Assim, para calcularmos o valor econômico total dos recursos ambientais usamos a expressão: VET = (VUD + VUI + VO) + VE.

        Métodos de valoração econômica do meio ambiente são úteis para análises de custo-benefício para decisões que afetam o bem estar da população, dentre essas podemos citar vantagens como: uma maior referência para a tomada de decisões de política ambiental; para se identificar questões ecológicas, econômicas e sociais; melhorias na distribuição dos custos e benefícios; acesso a melhorias de consenso; melhores atuações nas questões de equidade.

‘‘... a Amazônia tem valor, mas não tem preço.’’

Samuel Benchimol

Essa valoração dos recursos ambientais, especificamente na Amazônia, pode ser realizada de através de diversos métodos, dentre os quais serão destacados:

Método de Custo de Viagem:

Método que, a partir do uso de questionários aplicados a uma amostra de visitantes, estima o valor de uso recreativo através dos gastos incorridos por eles num lugar. O uso recreativo de um recurso ambiental gera fluxos de serviços que podem ser mensuráveis monetariamente.

Método de Preços Hedônicos:

Pretende estimar um preço implícito por atributos ambientais caracterizados em mercado, através da observação desses mercados reais nos quais os bens são efetivamente comercializados.

Método de Custo de Reposição:

Esse método estima o custo de repor ou restaurar o recurso ambiental danificado. Uma vantagem é a de fácil aplicação, dado que não depende de trabalho de campo vasto.

Método de Gastos Defensivos:

Estima o valor de um bem através dos gastos com bens substitutivos escolhidos para evitar a exaustão do primeiro. Como problema desse método é que os bens devem ser substitutos perfeitos.

Método da Produtividade Marginal:

Utilizado quando o recurso ambiental é usado como insumo na produção. Procura uma mudança decorrente da mudança na qualidade do insumo.

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