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FICHAMENTO DA OBRA : COMPLEXIDADE ECONÔMICA - UMA NOVA PERSPECTIVA PARA ENTENDER A ANTIGA QUESTÃO DA RIQUEZA DAS NAÇÕES.

Por:   •  9/1/2018  •  Resenha  •  1.524 Palavras (7 Páginas)  •  349 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

PROF.DR.WELBSON DO VALE MADEIRA.

DISCENTE: GESSI PEREIRA NUNES

  • FICHAMENTO DA OBRA : COMPLEXIDADE ECONÔMICA - UMA NOVA PERSPECTIVA PARA ENTENDER A ANTIGA QUESTÃO DA RIQUEZA DAS NAÇÕES.

Clássicos Do Desenvolvimento Econômico

O Autor inicia sua obra com a separação dos antigos economistas clássicos do desenvolvimento que se dividiam em duas correntes, denominadas anglo-saxã e latino-americanas. De acordo com a primeira corrente, sem um processo de industrialização robusto não é possível aumentar o emprego, a produtividade e a renda per capita de um país, reduzindo a pobreza. Afirmavam que o  processo de desenvolvimento exige deslocar a produção de setores de baixa produtividade para setores de alta produtividade, nos quais prevalecem retornos crescentes de escala. Os principais representantes dessa corrente são Paul Rosenstein-Rodan, Ragnar Nurkse, Arthur Lewis, H. Singer, Albert Hirschman, Gunnar Myrdal e Hollis Chenery.

A corrente latino-americana, se relaciona principalmente com a CEPAL e tem como principais representantes Raúl Prebisch e Celso Furtado, que se debruçaram em teses sobre os desafios específicos que os países em desenvolvimento enfrentam em uma economia mundial dividida em dois polos, “centro” e “periferia”, com estruturas produtivas diferentes.

Complexidade E Sofisticação Produtiva

Para definir o grau de complexidade e sofisticação produtiva, segundo o autor, deve-se basear na ubiquidade e a diversidade de produtos encontrados em sua pauta exportadora.

Faz-se em seguida uma analogia comparativa com o modo de pensamento da corrente clássica do desenvolvimento, onde afirma que os países ricos, ou centrais,  se especializam em mercados de competição imperfeita e países pobres, periféricos,  em mercados de competição perfeita.

Retornos Crescentes De Escala E Redes Produtivas Locais

O autor afirma que quando existem retornos crescentes de escala em uma firma ou um setor, o maior uso de um fator de produção – terra, capital ou trabalho – determina um aumento mais do que proporcional da quantidade do produto final.

Os autores Hidalgo e Hausmann desenvolvem três hipóteses que visam explicar a configuração e a dinâmica da atual rede de comércio mundial. Elas são postuladas da seguinte forma: produtos do comércio mundial são produzidos a partir de capacidades locais não transacionáveis; cada país se caracteriza por um conjunto dessas capacidades locais e por fim; países só podem produzir produtos para os quais tenham a totalidade das capacidades locais produtivas necessárias. Nota-se a construção de um modelo simplificado de caráter interessante para entender o comércio mundial como uma complexa rede bipartite.

Capacidades Produtivas, Proximidade E Conectividade

A partir do conceito de conectividade, se formula a probabilidade de dois produtos serem “coexportados” por vários países. Ou seja, são produtos irmãos ou primos. O indicador de “coexportação” funciona ao final como uma medida de encadeamento produtivo de conhecimento de cada produto.

A importância da medida de “conectividade” está, portanto, na relação indireta que ela tem com as capacidades locais de produção de diversos bens. Torna-se possível  estabelecer e analisar as conexões produtivas no comércio internacional.

Manufaturas São Complexas, Commodities São Não Complexas

Serviços não sofisticados, agricultura e recursos naturais tendem a promover menor divisão do trabalho, segundo o autor ao se referir as commodities. Manufaturas e produtos mais complexos, especialmente aqueles produzidos em grandes redes, apresentam maior potencial para promover especialização produtiva e divisão do trabalho dentro das empresas e entre as empresas, gerando maiores oportunidades de ganhos de produtividade.

O Tipo De Especialização Produtiva Importa Na Trajetória De Desenvolvimento Econômico

Portanto, o autor afirma na linha seguinte de pensamento que são ricos as nações que são capazes de produzir e vender no mercado mundial bens complexos e sofisticados. São pobres aqueles capazes de produzir e vender apenas coisas simples e rudimentares. Dessa forma, o desenvolvimento econômico também pode ser entendido como a capacidade de uma sociedade de conhecer e controlar técnicas produtivas, especialmente nos mercados mundiais mais relevantes, como as manufaturas.

O Aumento Da Complexidade Explica O Aumento Da Produtividade Agregada

Desse modo, observa-se que se a produtividade geral do sistema produtivo de determinada economia aumentar, é possível arrecadar mais, aumentar salários, aumentar lucros e aumentar a competitividade, tudo isso simultaneamente. O caminho para o desenvolvimento econômico é o aumento de produtividade.

Doença Holandesa Definida Como Perda De Complexidade Econômica

 O termo “doença holandesa”, refere-se à relação entre a exportação de recursos naturais e o declínio do setor manufatureiro. Numa dinâmica de desindustrialização prematura causada por doença holandesa pode surgir um padrão de redução do emprego industrial que desloca prematuramente trabalhadores da manufatura para os serviços não sofisticados. Seu efeito negativo é uma apreciação cambial que bloqueia o desenvolvimento de um setor de bens comercializáveis não tradicional, agrícola ou manufatureiro.

Países Ricos São Ricos Porque Produzem Bens Complexos, Países Pobres São Pobres Porque Produzem Bens Não Complexos...

A Perda De Complexidade Do Sul Da Europa

O maior motor da expansão no sul da Europa foi o endividamento dos consumidores e das famílias, sem que tenha havido sofisticação produtiva relevante. Assim, observa-se que houve uma importante regressão tecnológica na estrutura produtiva. As rendas per capita subiram, houve o endividamento. Depois caíram e se formaram a bolhas e a recessão, onde por fim se encontram estão estagnadas.

Estados Unidos E Canadá Se Tornaram Produtores De Bens Complexos E De Commodities

“O desenvolvimento econômico e o nível de renda per capita dependem fortemente das capacidades produtivas locais e da habilidade em produzir bens complexos”, como sugere o autor. Dessa forma se analisa os casos de Estados Unidos e do Canadá; onde o primeiro é rico em recursos naturais e se tornou a grande potência industrial do mundo. Em linha consecutiva, o Canadá, ricos em commodities que conseguiu se sofisticar e o coloca a frente de países ricos em recursos naturais, como os localizados na América do Sul e na África.

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