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Novos conceitos de gestão hospitalar

Projeto de pesquisa: Novos conceitos de gestão hospitalar. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.270 Palavras (10 Páginas)  •  744 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO 10

4 REFERÊNCIAS ......................................................................................................11

INTRODUÇÃO

Esta pesquisa objetiva esclarecer novas concepções sobre o gerenciamento hospitalar, envolvendo conceitos de empreendedorismo, marketing, mercado de trabalho e planos de saúde. Embora aparentemente estes conceitos sejam amplos em si mesmos, sem necessariamente convergirem ideias, mas ao contrário, a gestão hospitalar em uma nova concepção de administração de saúde não apenas envolve esses conceitos mais depende dos mesmos para se alcançar metas adequadas no serviço de saúde.

A princípio desenvolve-se o conceito de empreendedorismo, sendo o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Em se tratando de gestão hospitalar iremos perceber que o caráter técnico, científico e empresarial se fazem presentes.

Outro aspecto a ser desenvolvido nesse estudo é o conceito de hotelaria e arquitetura hospitalar, visto que a concepção de projetos hospitalares está condicionada a critérios como: complexidade dos seus projetos, grande quantidade de normas, além da busca pela melhoria da qualidade do espaço, e espaço requer projetos arquitetônicos com funcionalidade, esta se verifica na visão de hospedaria.

A pesquisa se completa com a abordagem sobre os planos de saúde, evocando critérios para suas funcionalidades e aplicações.

DESENVOLVIMENTO

2.1 EMPREENDEDORISMO

A palavra empreendedor (entrepreneur) surgiu na França por volta dos séculos XVII e XVIII, com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir. Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. O empreendedor tem como característica básica o espírito criativo e pesquisador. Ele está constantemente buscando novos caminhos e novas soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas. A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e oportunidades, além da preocupação com a melhoria do produto.

O conceito mais apropriado para o termo empreendedorismo é referenciado por Schumpeter, para ele o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalistas ao reunir recursos financeiros, organiza as operações internas e realiza as vendas de sua empresa, Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e o esforço necessários, assumindo riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal. A satisfação econômica é resultado de um objetivo alcançado (um novo produto ou empresa, por exemplo) e não um fim em si mesma.

A partir da década de 90 foi introduzido um outro conceito, o conceito, mas as empresas não estavam dispostas a dar aos empregados a liberdade para criar e, consequentemente, errar e oferecer-lhes um orçamento para financiar inovação. Além do mais, não queriam arcar com os custos dos erros que inevitavelmente acontecem no percurso.

No setor da saúde esse conceito já está muito difundido e valorizado nas organizações. O intra-empreendedorismos (intrapreneuring) é um sistema para acelerar as inovações dentro de grandes instituições de saúde, através do uso melhor dos seus talentos empreendedores na otimização dos serviços.

Um dos aspectos importantes presente na visão de um empreendedor é a análise de mercado, pois esta referência definirá ações a serem implantadas ou não. Analisar o mercado é visualizar a maneira de um negócio se concretizar no mercado, considerando os consumidores, a concorrência e os fornecedores. E a forma mais comum de se fazer esta análise é por meio da pesquisa de mercado. Esta pesquisa consiste na coleta de informações junto ao consumidor, concorrente ou fornecedor. Quando realizada corretamente, oferece informações consistentes que, somadas à experiência e ao sentimento do empreendedor, tornam o processo decisório mais rico e preciso. Além da pesquisa formal, ações como visitar a concorrência para verificar os pontos fortes e fracos, ouvir reclamações de clientes ou mesmo observar como as pessoas caminham dentro de uma loja são importantes fontes de informações que não devem ser desprezadas por novos e antigos empresários.

A análise de mercado se faz substancial para o desenvolvimento de planos de Marketing. O Plano de Marketing deve ser entendido como um complemento ao Plano de negócios e como um instrumento indispensável ao desenvolvimento da empresa.

Em síntese o planejamento de marketing divide-se em duas etapas: a Análise de Mercado e a Planificação de Marketing. A primeira tem como principal objetivo sistematizar toda a informação necessária para o desenvolvimento dos objetivos. Para se obter uma estratégia correta é necessário ter um correto conhecimento da realidade da empresa, dos seus produtos, dos seus mercados, da sua concorrência e das tendências de evolução. Dentro desta etapa encontram-se duas fases: o Desenvolvimento dos Objetivos e a Identificação das Oportunidades. Na primeira fase é definido claramente as linhas de produtos, os segmentos de mercado a atingir e as estratégias da concorrência. O conjugar destes fatores cria as condições para identificar as ameaças e as oportunidades, potenciais ou reais, que vão determinar toda a planificação de marketing. Dentro da Planificação de marketing (2ª etapa) encontram-se também duas fases: A Formulação Estratégica de Marketing e o Desenvolvimento do Plano. Na primeira fase constrói-se a estratégia propriamente dita, aproveitando as oportunidades e minimizando as ameaças. Só depois se passa ao terreno operacional, definindo-se o próprio Plano de Marketing. O desenvolvimento de um plano de marketing se processa em três estágios: 1º Passo: A Estratégia de marketing Trata-se de explicar as ações necessárias para concretizar cada uma das orientações estratégicas definidas durante o processo de análise. 2º Passo: O Orçamento de marketing É preciso conjugar possíveis variações dos diversos dados orçamentais até alcançar o equilíbrio entre o resultado pretendido e o possível para as condições de mercado. É comum a tendência por parte da estrutura comercial para subavaliar as potencialidades do mercado, derivada do hábito de premiar o excesso de objetivos. Assim, têm a garantia de alcançar os objetivos, podendo mesmo excedê-los. 3º Passo: O Plano de ação Por último no plano de marketing tem de se assinar as responsabilidades para cada uma das atividades, bem como planear as suas datas de execução. Contudo a planificação não pode ficar por aqui. Após a definição da estratégia do marketing e planificada a sua implementação, há que ter em conta as restantes dimensões da empresa, a tecnologia (verificar se dispõe da tecnologia adequada), recursos humanos (se os recursos humanos estão preparados), e processos (os métodos e processos de trabalho são os mais indicados para a estratégia, a tecnologia e os recursos disponíveis).

1.1.1 HORTELARIA E ARQUITETURA HOSPITALAR

Assim como um hotel, os hospitais têm se preocupado em oferecer serviços e um atendimento de qualidade e, quando necessário, acomodações confortáveis. Assim, este busca no exemplo de qualidade oferecido pela hotelaria extrair conceitos e serviços que contribuam para aperfeiçoar o atendimento hospitalar, a fim de tornar a estadia do cliente de saúde e o ambiente hospitalar mais agradável

A história demonstra que “hotéis e hospitais originam-se do mesmo tipo de empreendimento: albergues que abrigavam viajantes e peregrinos que viajavam de povoado a povoado e recebiam também enfermos” (BOERGER, 2005, p.19). Além disso, o termo hospedagem, advindo do latim, significava hospitalidade e também aposento destinado a um hóspede. A palavra hospitalidade que, da mesma forma é advinda do latim, ainda hoje designa o ato de bem receber e hospedar deu origem, também, ao termo hospital cujo significado remetia ao bom recebimento dos doentes para tratamentos e curas (CAMPOS & GONÇALVES, 1998).

Da mesma forma que os hotéis se apresentam como um meio de hospedagem, os hospitais também oferecem hospedagem àqueles que necessitam de algum tipo de tratamento médico, por meio de períodos de internação. Ressalta-se, contudo, que as motivações que levam as pessoas a uma ou a outra forma de hospedagem são distintas. No caso dos hospitais, essas instituições são procuradas em momentos críticos na vida de seus clientes, que necessitam de algum tipo de assistência médica. Já os hotéis são demandados a partir da necessidade de alojamento de pessoas em meio à realização de uma viagem, independente de sua motivação.

Atualmente, hotéis e hospitais voltam a apresentar características comuns, não apenas por serem elementos da oferta turística e se caracterizarem como formas de hospedagem. E sim, devido a uma tendência apresentada pelo mercado de saúde de adaptar conceitos e serviços presentes na atividade hoteleira ao meio hospitalar a fim de proporcionar maior qualidade aos serviços prestados nos hospitais.

O fenômeno da globalização, consolidado no final do século XX, é um dos responsáveis pela busca em oferecer produtos e serviços de qualidade. Posição apresentada tanto pelas instituições hospitalares como por empresas numa forma geral, principalmente aquelas ligadas à prestação de serviços, o que inclui também o setor hoteleiro.

A concepção de projetos hospitalares está condicionada a critérios tais como: complexidade dos seus projetos, grande quantidade de normas, além da busca pela melhoria da qualidade do espaço. Os hospitais, assim como as demais construções, foram sendo adaptados aos estilos arquitetônicos de cada período, e evoluindo a partir das transformações ocorridas e das novas técnicas construtivas. No entanto, atualmente, devido a grande complexidade de seus projetos, muitas vezes a questão ambiental é desconsiderada nos ambientes hospitalares, trazendo como principal conseqüência espaços físicos e o aumento do consumo da energia elétrica.

A especificidade do programa da arquitetura hospitalar e a especialização de seus espaços são responsáveis pelo fato de muitos autores a considerarem uma tipologia diferenciada. Ao longo dos anos, os hospitais são caracterizados especialmente e funcionalmente através de mudanças políticas na sociedade e grandes descobertas na área da saúde. As transformações ocorridas nos edifícios hospitalares são um reflexo dos avanços tecnológicos e da evolução dos pensamentos da sociedade.

No século XX, devido à maior confiança da população nos estabelecimentos de saúde e a evolução dos processos de tratamento, cresce significativamente o número de hospitais no mundo. O modelo pavilhonar vai aos poucos sendo substituídos por edifícios mono blocos verticais. A elevação do valor do solo urbano; a escassez de mão de obra na área de enfermagem que levou a maior compacidade dos edifícios e a diminuição dos percursos como solução desse problema; o avanço tecnológico na estrutura metálica, o que facilitou a construção na vertical; e o surgimento dos elevadores, foram alguns dos fatores que consolidaram os edifícios verticais (MIQUELIN, 1992).

2.1.1.1 GESTÃO DE PLANOS DE SAÚDE

A assistência à saúde denominada suplementar é realizada pelas operadoras de planos de saúde privados, integra o sistema de saúde brasileiro constitucionalmente estabelecido, tem regulamentação e regulação específicas e deve dar-se, como sugere o próprio nome, de forma suplementar ao público sem, portanto, anular o direito de os seus usuários utilizarem os serviços assistenciais públicos disponíveis a todos os cidadãos no Sistema Único de Saúde – SUS.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma instituição vinculada ao Ministério da Saúde, que regula o mercado de planos privados de saúde por determinação da Lei n° 9.656 de 03 de junho de 1998. Autarquia especial federal, foi criada pela Lei n° 9.961 de 28 de janeiro de 2000, sendo responsável em promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais, a relação entre prestadoras e consumidores e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. É sediada na cidade do Rio de Janeiro. Sua estrutura é composta por 5 diretorias, cujos responsáveis são escolhidos pelo Poder Executivo Federal para mandatos fixos de 3 anos, com possibilidade de uma recondução de mandato, por mais 3 anos. Esses diretores precisam ser sabatinados pelo Senado Federal.

A cobertura assistencial é o conjunto de procedimentos a que o consumidor tem direito, previsto na legislação de saúde suplementar e no contrato firmado com a operadora. A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, criada pela Lei 9.961, de 28 de janeiro de 2000, é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde, com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o território nacional. A ANS foi constituída com a missão de promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde pela regulação e fiscalização do setor, das relações das operadoras setoriais com prestadores de serviços de saúde e com usuários de planos de saúde, para o desenvolvimento das ações de saúde no país dependendo da época em que o plano de saúde foi contratado, ele poderá ser considerado como “antigo”, “novo” ou “adaptado”.

Vamos observar suas características: Planos antigos -São aqueles contratados antes da Lei 9.656/98, ou seja, antes de 2/1/1999. Como são anteriores à legislação, a cobertura é exatamente a que consta no contrato e as exclusões estão expressamente relacionadas. Planos novos - São os planos contratados a partir de 2/1/1999 e comercializados de acordo com as regras da Lei 9.656/98, que proporcionam aos consumidores a cobertura assistencial definida pela ANS relativa a todas as doenças reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), além de outras garantias. Planos adaptados - São aqueles planos firmados antes de 2/1/1999 e, posteriormente, adaptados às regras da Lei 9.656/98, passando a garantir ao consumidor a mesma cobertura dos planos novos. Os consumidores que têm um plano individual/ familiar antigo podem adaptá-lo à Lei, bastando solicitar à sua operadora uma proposta para a adaptação de seu plano. Neste caso, a operadora é obrigada a oferecer-lhe uma proposta de adaptação, mas o consumidor não é obrigado a aceitá-la, podendo, caso seja conveniente, permanecer com o seu plano antigo.

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