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O CAPITALISMO TARDIO

Por:   •  26/9/2020  •  Resenha  •  963 Palavras (4 Páginas)  •  564 Visualizações

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O capitalismo tardio
João Manuel Cardoso de Melo

O livro trata da formação do capitalismo no Brasil, como se deu o desenvolvimento desigual das economias e da dependência externa para o crescimento econômico.

A desenvolvimento desigual, se mostra nas diferenças entre a estrutura da economia mundial, de um lado o centro compreende o conjunto das economias industrializadas, e de outro a periferia é composta por economias exportadoras de alimentos e matérias-primas aos países centrais, ou seja, o modelo de crescimento para fora torna as economias latino-americanas dependentes da demanda externa. A desigualdade do desenvolvimento mundial reflete-se entre as técnicas produtivas avançadas do centro e a capacidade de poupança da periferia; com o início da industrialização surge o desequilíbrio entre as técnicas importadas e a fragilidade da demanda periférica, além da tendência ao subemprego. A diferença entre economia primário exportadora e a economia colonial está no modo de inserção na nova divisão do trabalho, que se estrutura a partir da Revolução Industrial. Essa diversidade também se encontra nas diversas relações sociais, de um lado o trabalho compulsório, servil e escravo, e trabalho assalariado de outro.

A economia Brasileira dependia das exportações de produtos-primários para os países industrializados, já os bens manufaturados necessários ao consumo ou para a produção cafeeira, necessitavam das importações vindas da metrópole que não tinham condições de serem produzidos internamente.

A economia cafeeira cria, as condições básicas para o nascimento da grande indústria ao gerar, previamente, uma massa de capital monetário, concentrada nas mãos de determinada classe social, com poder de se transformar em capital produtivo industrial; transformar a própria força de trabalho em mercadoria e promover a criação de um mercado interno de proporções consideráveis.

O período entre 1888 e 1933 marca o nascimento da consolidação do capital industrial. O intenso desenvolvimento do capital cafeeiro gerou condições para a economia brasileira pudesse responder com criatividade à crise de 29. Então ocorreu a formação de uma agricultura mercantil de alimentos, da indústria de bens de consumo para assalariados, e da indústria de bens de produção leve, diminuindo a dependência das importações.

A primeira fase da industrialização, para Celso Furtado, é induzida pela expansão de exportações, o estimulo a industrialização ocorre devido ao crescimento para fora, junto ao setor agrícola de subsistência que era insuficientes para o dinamismo da economia; Assim, a atividade econômica ficava dependente da demanda externa. Com a crise de 29 surge o modelo de industrialização por substituição de importações e o crescimento da indústria interna.

No período que vai de 1933 à 1956, ocorre o início da industrialização restringida, com a produção de bens não duráveis para assalariados, devido à falta de tecnologia e de capital para se investir em outras industrias com maior custo, que geraria grande risco. A partir de 1950 surge a industrialização pesada que requere maior emprego de tecnologias, mão de obra especializada e maior grau de investimento, são os setores mais produtivos de consumo durável e de capital. Nessa etapa o crescimento do emprego na indústria diminui, dando origem a uma expansão vertical do mercado por meio da concentração de renda.

O início da industrialização pesada promoveu a expansão do capital industrial nacional, estimulando o crescimento e modernização da pequena e média empresa. Essa fase apresenta um ciclo de acumulação, e portanto, os momentos de expansão de 1956 a 1961 e depressão entre 1962 e 1967, onde a depressão manifesta-se por uma queda das taxas de crescimento, tanto devido ao caráter oligopolizado dos mercados industriais quanto por causa do alto peso do investimento público.

O movimento da economia brasileira entre 1988 e 1932 é resultado, da acumulação cafeeira. Nesse momento há dois ciclos longos do café. O primeiro estende-se de 1886 a 1918, compreendo doze anos de expansão e vinte de depressão. No segundo momento ocorre entre 1919 e 1929, e a depressão se encerra posterior a segunda guerra mundial.

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