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O CENÁRIO ECONÔMICO PARA 2022 COM FOCO PARA O SETOR DE SERVIÇOS

Por:   •  9/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.775 Palavras (12 Páginas)  •  128 Visualizações

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TRABALHO FINAL INDIVIDUAL ECONOMIA

Nome: RODRIGO DE BARROS GOULART 

EMPRESA: RÁDIO JOVEM PAN

SETOR: RADIODIFUSÃO / SERVIÇOS

CENÁRIO ECONÔMICO PARA 2022 COM FOCO PARA O SETOR DE SERVIÇOS

INTRODUÇÃO

A pandemia não foi um choque temporário e trará importantes implicações econômicas e sociais no mundo e no Brasil.  O cenário mundial saiu de um crescimento de 2.5%, em 2019, para uma recessão de 3.5%, em 2020, com as economias avançadas caindo 7.7% e as emergentes caindo 1.7%, seguradas em parte pelos resultados positivos da China.

Em 2021 se espera uma recuperação mundial, que dependerá muito do avanço positivo do cenário da pandemia e da vacinação, que é a medida de política econômica mais relevante para conseguir controlar a pandemia e ter novamente os benefícios econômicos.

Temos uma possibilidade de crescimento mundial próximo a 5.6% em 2021 saindo da recessão de 3.5%. Falando especificamente do Brasil, o cenário mostra a saída de uma recessão de 4.5%, em 2020, para um crescimento ao redor de 4.5%. Podemos então observar uma recuperação na atividade em 2021.

Durante a primeira onda da pandemia os impactos foram mais sentidos nas economias desenvolvidas, por conta das medidas de restrição para controlar o avanço do vírus. Já no segundo choque, em 2021, os maiores danos foram causados nas economias emergentes, devido ao avanço da vacinação dos países desenvolvidos.

A recuperação da renda per capita depois de dois anos de um choque como a pandemia, deve ser mais rápida nas economias avançadas do que nas emergentes. 

As perspectivas inflacionárias que estão sofrendo aumento generalizado, não apenas no Brasil como em todo o mundo é atribuída principalmente aos estímulos econômicos para mitigar os efeitos da pandemia e à elevação dos preços das comodities no mercado internacional. Os países emergentes devem voltar sua atenção para a produtividade e os investimentos em educação e infraestrutura com intuito de promover ganhos de produtividade necessários para um crescimento potencial um pouco mais rápido.

No que diz respeito à inflação, para 2021, o índice de preços ao consumidor, IPCA, subiu 1,25% em outubro, acima da estimativa e da mediana das expectativas de mercado (1,01% e 1,06%, respectivamente), impulsionado pelas fortes altas dos preços industriais e combustíveis. No ano, o IPCA acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Por um lado, temos o setor de serviços e comércio se beneficiado da melhora das condições sanitárias. Por outro, a indústria apresenta resultados negativos em parte devido aos mesmos choques de oferta que afetam a inflação, como escassez de matérias-primas e custos de energia.

Olhando para o mercado de trabalho, em 2020 os efeitos da pandemia foram amplamente sentidos no segmento de serviços, sendo o setor econômico mais impactado, e que corresponde a mais de 60% do PIB brasileiro, sendo o que mais emprega no Brasil. Em 2021 o mercado de trabalho vem dando sinais positivos e já registra a menor taxa de desocupação dessazonalizada desde maio de 2020, mas ainda apresenta indicadores gerais em níveis desfavoráveis.

As condições gerais do mercado de crédito têm mostrado estabilidade e será importante monitorar os efeitos do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos próximos meses. 

Pela ótica da produção, o destaque positivo no terceiro trimestre ficará por conta do PIB de serviços, que, impulsionado pela normalização dos níveis de mobilidade, deverá crescer 5,9% na comparação interanual, com avanço de 1,3% na margem. Pela ótica da despesa, o melhor desempenho será registrado pelo investimento, especialmente em máquinas de equipamentos, estimulado pelo crescimento da demanda na agricultura, nas indústrias extrativas e na construção civil. Se preve expansão interanual de 15,8% no terceiro trimestre e de 13,3% no acumulado de 2021 para esse componente.

O setor externo tem apresentado desempenho positivo, com aumento das exportações e diminuição do deficit em transações correntes. Enquanto isso, a taxa de câmbio se mantém desvalorizada e volátil.

Olhando para o futuro vemos 2022 e espera-se uma desaceleração da taxa de crescimento dos preços, com a inflação medida pelo IPCA encerrando o ano em 4,4%.

Com relação para o crescimento acumulado do PIB foi revisado de 1,2% para 1%. Essa redução se deve à dinâmica recente do cenário macroeconômico, com destaque para a persistência da inflação em patamar elevado – que impactou negativamente o poder de compra dos consumidores e provocou a necessidade de um aperto monetário maior que o esperado. Além disso, observou-se uma deterioração das condições financeiras das famílias, com o aumento de seu endividamento. Em contrapartida, alguns fatores contribuem para que a revisão da previsão para 2022 tenha sido pouco significativa, com destaque para o cenário de crescimento robusto do setor agropecuário e o aumento da disponibilidade de caixa dos governos estaduais – que poderá ser utilizado para ampliar os investimentos.

A Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a PEC dos Precatórios, proposta que abre espaço de cerca de R$ 90 bilhões no teto de gastos, permitindo a implementação no programa Auxílio Brasil. Agora, o texto segue para aprovação no Senado.

Uma única alteração em relação ao texto-base foi a exclusão da possibilidade de que o governo pudesse pedir permissão para o descumprimento da regra de ouro de maneira genérica na Lei Orçamentária, considerado uma derrota para o governo.

O alívio fiscal, além da temporada de resultados que caminha para o fim, impulsionaram a Bolsa brasileira apesar de dados de vendas do varejo de setembro que vieram bem menores do que esperado.

No curtíssimo prazo o aumento dos gastos públicos será uma injeção de recursos na combalida economia brasileira e dará mais vitalidade a um crescimento que promete ser mirrado. Além disso, a iniciativa de garantir uma renda mínima à base da pirâmide é louvável em um país que, devido à crise e à pandemia, retornou ao Mapa da Fome. No entanto, no longo prazo a proposta é ruim para os investidores, para a economia e para o Brasil. 

O furo do teto faz com que se eleve o risco-País e os investidores estrangeiros se afastem, com isso, o dólar se valoriza frente ao real, pressionando ainda mais a inflação para cima.

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