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O Corolário resultante da práxis moderna é nocivo às relações humanas com o mundo

Por:   •  20/1/2018  •  Resenha  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  193 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

DISCIPLINA: ECONOMIA DO TRABALHO

ALUNO: HELTON DA COSTA

RELATÓRIO DA AULA COM TEXTO BASE “Taylorismo, fordismo e toyotismo”, de Andressa de Freitas Ribeiro

O corolário resultante da práxis moderna é nocivo às relações humanas com o mundo. ¹

A partir do texto base, deverá ser feita uma análise acerca dos sistemas produtivos que a autora expõe, e que foram apresentados em slides na sala de aula. Serão utilizadas diversas citações, afim de permear a investigação aqui proposta, relacionando fatores comuns e distintos dentre as categorias produtivas.

O taylorismo é a primeira categoria trabalhada, firmada sob a égide de uma gerencia científica. A autora sintetiza: “Taylor propôs a ideia de uma gerência que criasse, através de métodos de experimentação do trabalho, regras e maneiras padrões de executar o trabalho. Essas regras padrões seriam obtidas pela melhor equação possível entre tempo e movimento. Para Taylor a garantia da eficiência era papel fundamental da gerência. Assim, criava-se métodos padronizados de execução que deveriam otimizar a relação entre tempo e movimento.”. RIBEIRO, A. F. (2015).

Desta feita, o sistema taylorista está propondo, segundo a autora, a supressão da característica básica que diferencia o homem enquanto ser pensante: a sua capacidade cognitiva. O trabalhador como um ser executor, dissociando a sua capacidade mental de suas habilidades executivas. Grosso modo, o trabalhador não precisa pensar, devendo apenas cumprir ordens da gerência, que visa a evolução do capital, enquanto salta aos olhos o interesse de determinada classe. “Assim, evidencia-se que o trabalho é pensado, por Taylor, em todos os sentidos, como um mero instrumento para o crescimento capitalista.”. RIBEIRO, A. F. (2015).

A partir do fordismo, há a inserção da esteira rolante no processo de produção, solidificando a ideia de um trabalhador executor de uma tarefa específica e inovando processo técnico de produção. É notável que o pressuposto da divisão do trabalho, apresentado e defendido por Adam Smith, está engendrado nas estruturas de produção fordista.

O fordismo, para além da ruptura com o sistema taylorista, adaptou elementos do sistema supracitado em seu modelo produtivo, bem como o controle do trabalho, visando a execução dissociada da capacidade mental do trabalhador. No entanto, Henry Ford perpassa tais características e vislumbra “conquistar a adesão do(a)s trabalhadore(a)s.”. O sistema fordista visava produzir para os próprios trabalhadores. Ford constatou que se dava naquele período a transição para uma economia de produção e consumo em massa, com elevado estágio de padronização. “Os novos métodos de trabalho são inseparáveis de um modo específico de viver e de pensar a vida.”. (Harvey, 1992).

O sistema fordista causou uma revolução no que tange o processo produtivo, uma vez que conseguiu controlar o trabalhador a partir da implementação da esteira, além de demandar uma mão de obra com determinada qualificação. Tais aspectos criaram certa resistência dentre os trabalhadores. Tal resistência só fora atenuada com a elevação da remuneração daqueles homens. A elevação dos salários é um dos aspectos preponderantes de uma nova sociedade, haja vista que estava sendo criado o mercado consumidor dos produtos fordistas. Grosso modo, Ford estava tornando o sujeito que tinha sua força de trabalho expropriada no sujeito que consumiria seu produto, com o advento dos salários elevados e produtos mais baratos, pois eram produzidos em massa, o que reduzia custos de produção.

As alterações características do fordismo perpassam o controle do trabalho exercido dentro da fábrica, moldando os aspectos sociais de um povo. O sistema fordista interferiu no modo de viver do indivíduo naquela época. O agente formado por um sistema de produção é de saltar aos olhos se pensarmos que o modelo proposto por Ford se tornara um princípio de vida, em determinado aspecto: “Todas essas medidas morais, executadas pela ideologia fordista de produção, foram medidas que extrapolaram o âmbito da fábrica e passaram a nortear um novo estilo de vida americano.”. RIBEIRO, A. F. (2015).

Há um debate acerca da crise do sistema fordista, que põe em questão se o caráter da é estrutural ou conjuntural. “No entanto, as duas tendências utilizam os mesmos indicadores para evidenciar a crise do fordismo que pode ser datada do fim dos anos 60.”. RIBEIRO, A. F. (2015). O a autora propõe é que há queda nos ganhos produtivos, uma vez que os trabalhadores começam a reagir diante dos métodos de espoliação do trabalho e o consumo passa por um momento de saturação, pois os produtos eram de consumos duráveis. Associa-se a esses acontecimentos o choque do petróleo em 1973, que agregou instabilidade de preços à economia americana.

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