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O Liberalismo Burguês ao Comunismo

Por:   •  27/8/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.083 Palavras (9 Páginas)  •  168 Visualizações

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Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)

Curso: Ciências Econômicas 3º Ano

Disciplina: Economia Política

Processor: Luciano

Acadêmico: FERNANDA MIRANDA

RESUMO: APRESENTAÇÃO O CAPITAL – JACOB GORENDER

I. Do liberalismo burguês ao comunismo

Karl Marx nasceu em 1818, no sul da Alemanha, onde os camponeses haviam sido emancipados da servidão, neste lugar haviam núcleos da indústria fabril que formava a divisão de duas classes da sociedade capitalista: o proletariado e a burguesia. A família de Marx pertencia à classe média de origem judaica. Seu pai era jurista e chegou a conselheiro da Justiça. E ascensão à magistratura fez com ele convertesse a família ao cristianismo. Marx perdeu o pai aos vinte anos.

Cursou direito, iniciado na Universidade de Bonn e prosseguido em Berlim, em um ambiente de grande vivacidade cultural e política. Fez a iniciação filosófica e política com os jovens hegelianos, o que o levou ao estudo preferencial da filosofia clássica alemã e da filosofia em geral. O humanismo naturista de Feuerbach também chamou atenção para Marx. Apesar de jovem e inexperiente, era dotado de inteligência crítica. Seus trabalhos tratavam de filosofia, teoria social historiografia e economia política.

Por volta de 1842, ocupou o cargo de redator-chefe da Gazeta Renana, jornal financiado pela burguesia o que o fez se aproximar da realidade cotidiana, ganhando conhecimento das questões econômicas geradoras de conflitos sociais e das ideias socialistas. Em 1843, Marx casou-se com Jenny von Westphalen, vinda de família recém-aristocratizada de qual abriu mão do conforto.

Marx foi a Paris, e em janeiro de 1844 publicou os Anais Franco-Alemães. Essa obra visava dar vazão à produção teórica e política da oposição democrática radical ao absolutismo. Nessa época Engels publicou o “Esboço de uma crítica da economia política”, que gerou grande entusiasmo em Marx. Engels, aproximou-se do socialismo e da economia política, antes de Marx,. Ele frequentava a Inglaterra a negócios de seu pai, onde tinha contato com os militantes operários. Levando ao estudo dos economistas clássicos.

O esboço de Engels focalizou as obras desses economistas no que diz respeito a expressão da ideologia burguesa da propriedade privada, da concorrência e do enriquecimento ilimitado. Essa “obra” transmitiu a Marx, a orientação principal de sua atividade teórica: a crítica da economia política enquanto ciência surgida e desenvolvida sob inspiração do pensamento burguês.

No começo, o jovem Marx, não escrevia muito bem, então usava das linguagens Hegel e de Feuerbach, acrescentando a ideia do comunismo e do papel do proletariado na luta de classes. A partir daí aconteceu um vasto ensaio de escritos, que ficaram em sua maioria somente em projetos não publicados. Esses textos contêm crítica ao idealismo hegeliano e princípios da criação da dialética materialista.

Os manuscritos reproduzem também longas citações de vários autores, sobretudo Smith, Say e Ricardo, acerca das quais são montados comentários e dissertações. A alienação é uma palavra-chave do texto pois, Marx ainda não podia explicar a situação de desapossamento da classe operária por um processo de exploração, sendo que o trabalho alienado constitui, na verdade, um processo de expropriação. Daí a impossibilidade de superar a concepção ética (não científica) do comunismo.

Materialismo histórico, socialismo científico e economia política

Nesse tempo em que esteve em Paris, Marx e Engels deram início à colaboração intelectual e política que se prolongaria durante quarenta anos. Publicada em princípios de 1845, “A sagrada família” foi o primeiro livro em que Marx e Engels apareceram na condição de coautores. Foi uma obra polêmica, que assinalou o rompimento com a esquerda hegeliana.

De 1845 a 1846, em contato com as seitas socialistas francesas e envolvidos com os emigrados alemães na conspiração contra a monarquia prussiana,

Elaboraram outro livro intitulado “A ideologia alemã”, sua redação iniciou em Paris e se completou em Bruxelas, onde Marx buscou refúgio após ser expulso da França sob a acusação de atividades subversivas, essa obra foi publicada somente em 1932, na União Soviética. “A ideologia alemã” encerra a primeira formulação da concepção histórico-sociológica denominada materialismo histórico. Marx passou a concentrar sua energia intelectual no estudo dos economistas.

Em 1846, Proudhon publicou o livro Sistema das contradições econômicas ou Filosofia da miséria, no qual atacou a luta dos operários por objetivos políticos e reivindicações salariais. Marx respondeu no ano seguinte com Miséria da filosofia, o livro marcou a plena aceitação da teoria do valor-trabalho, na formulação ricardiana. Na ocasião, aceitou as teses de Ricardo sobre o dinheiro e sobre a renda da terra, das quais se tornaria depois renitente opositor.

Marx e Engels haviam ingressado numa organização de emigrados alemães denominada Liga dos Comunistas e receberam dela a incumbência de redigir um manifesto que apresentasse os objetivos socialistas dos trabalhadores. Publicado então, no começo de 1848, o Manifesto do Partido Comunista que alcançaria ampla difusão e sobrevivência duradoura, tornando-se uma das obras políticas mais conhecidas em numerosas línguas, tornando-se um marco na história do movimento operário mundial.

De volta a sua pátria, Marx fundou e dirigiu o diário Nova Gazeta Renana que, até o fechamento em maio de 1849, defendeu a perspectiva proletária socialista no decurso de uma revolução democrático-burguesa. Porém diante repressão exacerbada, também Marx se retirou da Alemanha, passando pela França e Bélgica. Veio a se exiliar em Londres nos fins de 1849 até a sua morte.

Em 1850, publicou As lutas de classes na França de 1848 a 1850. Em 1852, O 18 de brumário de Luís Bonaparte. Nelas, são realçados não só fatores econômicos, mas também fatores políticos, ideológicos, institucionais e até estritamente concernentes às pessoas dos protagonistas dos eventos históricos.

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