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O MERCADO DE TRABALHO JUVENIL

Por:   •  20/11/2017  •  Artigo  •  504 Palavras (3 Páginas)  •  206 Visualizações

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O MERCADO DE TRABALHO JUVENIL

A confluência de três fenômenos, quais sejam, o neoliberalismo, a reestruturação produtiva e a globalização, tem engendrado mudanças significativas no mercado de trabalho. Amplas parcelas da população, sobretudo nos países em desenvolvimento, têm sido atingidas pelo crescente desemprego e consequentemente têm sido lançadas às margens da criação e do consumo de riquezas.

No âmbito dessas transformações, países desenvolvidos e em desemvolvimento implementaram profundas mudanças na condução de suas economias. Nos países avançados verificou-se a adoção de políticas de redução de impostos sobre altos rendimentos, repressão às greves, adoção de legislação anti-sindical, corte de gastos sociais e amplo processo de privatização. Na periferia do capitalismo as políticas neoliberais consolidaram-se nas seguintes práticas: combante à inflação mediante planos de estabilização alicerçados na valorização das moedas nacionais frente ao dólar e na entrada de capitais especulativos; abertura da economia, com a desregulamentação dos mercados de produtos e financeiros; e reformas estruturais do Estado, com destaque para os processos de privatização. Todas essas mudanças implicaram na criação do desemprego massivo.

Muito embora o desemprego tenha atingido a todos, verifica-se que determinados grupos da força de trabalho se tornam desempregados mais frequentemente do que a média, permanecem desempregados por um período mais longo, têm dificuldades de estabelecer relações de emprego, são demitidos com maior frequência e exercem, na maioria das vezes, atividades precárias. Uma análise do funcionamento do mercado de trabalho revela que os jovens enquadram-se nessa descrição e constituem um dos grupos mais fragilizados da força de trabalho.

A inserção do jovem no mercado de trabalho, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países periféricos tem sido marcada pelo elevado desemprego em relação ao conjunto da população e pela precarização ocupacional. Tais condições desfavoráveis têm induzido muitos jovens a retardar o seu ingresso no mercado de trabalho através da ampliação do período dedicado aos estudos e centros de formação técnica.

Assim, a elevada taxa de desemprego, o crescimento da inatividade associada à postergação dos estudos e a precarização das ocupações tem restringido o acesso do jovem a um lugar no mundo do trabalho. Se observa uma verdadeira crise de reprodução social em que as novas gerações estão enfrentando dificuldades muitas vezes intransponíveis para manter as condições sociais de suas familias de orígem.

A dura realidade tem minado a idéia de carreira e de projeto de vida (Sennett, 2000). Ao mesmo tempo este cenário tem exposto parcelas significativas da população juvenil a situações de risco. Sabe-se que cresce o número de jovens envolvidos em atividades ilícitas.

Por outro lado, os desempregados e subempregados de hoje formarão o núcleo duro da pobreza de amanhã, indicando com isso que a degradação do mercado de trabalho jovem tem sérias repercussões sobre o futuro. A dimensão e o avanço da informalidade já antecipam problemas no âmbito da aposentadoria e atenção aos idosos.

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