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O Modelo ISLM e COVID-19

Por:   •  11/2/2021  •  Artigo  •  1.220 Palavras (5 Páginas)  •  211 Visualizações

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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Ciências Econômicas – Macroeconomia 1

Discente: Kleybson Rodrigo Martins Santos

Exercícios da Aula 10

1.Apresente e explique as estratégias políticas monetárias e fiscais do governo brasileiro para fazer face às repercussões econômicas da pandemia do Covid-19.

2.Responda a mesma questão anterior utilizando-se dos gráficos do Modelo ISLM.

1)

Políticas fiscais

Para mitigar o impacto da COVID-19, as autoridades brasileiras responsáveis pela elaboração de políticas fiscais anunciaram uma série de medidas fiscais que totalizam 12% do PIB, com uma expectativa de impacto direto no défice primário de 2020 em 8,4% do PIB. O governo também invocou a “cláusula de escape” do teto de despesas para lidar com as necessidades de gastos excepcionais. As medidas de emergência estão sendo incluídas em um orçamento separado para 2020, não vinculado às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal do Brasil e à regra de ouro constitucional. As medidas fiscais incluíram a expansão dos gastos com saúde, apoio temporário à renda de famílias vulneráveis ​​(transferência de renda para trabalhadores informais e de baixa renda, antecipação do 13º pagamento de pensão aos aposentados, expansão do programa Bolsa Família com a inclusão de mais 1 milhão de beneficiários , e pagamentos antecipados de bônus salariais a trabalhadores de baixa renda), apoio ao emprego (compensação parcial para trabalhadores temporariamente suspensos ou com redução do horário de trabalho, bem como incentivos fiscais temporários), redução de impostos e taxas de importação sobre suprimentos médicos essenciais, e novas transferências dos governos federal para os estaduais para apoiar o aumento dos gastos com saúde e como amortecedor contra a queda esperada nas receitas. Os bancos públicos expandiram as linhas de crédito para empresas e famílias, com foco no apoio ao capital de giro (as linhas de crédito somam 4,5% do PIB), e o governo apoiou mais de 1% do PIB em linhas de crédito para PMEs e microempresas para cobrir custos de folha de pagamento, capital de giro e investimento. A maioria das medidas expirou no final de 2020.

Políticas monetárias

O banco central reduziu a taxa básica de juros em 225 bps desde meados de fevereiro, para a mínima histórica de 2%, e também elaborou medidas para aumentar a liquidez do sistema financeiro (redução dos requisitos de reservas e amortecedores de conservação de capital e relaxamento temporário das regras de provisionamento, entre outras). O compulsório foi reduzido de 25 para 17, além de uma redução de 6 pontos-base no início de março, e a remuneração do compulsório sobre contas de poupança foi reduzida para incentivar os empréstimos. O banco central também abriu um mecanismo para conceder empréstimos a instituições financeiras lastreadas em títulos privados de empresas como garantia, alterou os requisitos de capital para pequenas instituições financeiras e permitiu que os bancos reduzissem as provisões para passivos contingentes, desde que os fundos fossem emprestados a PMEs.

        De modo geral, as políticas de contenção dos efeitos da COVID-19 são as dispostas a seguir:

  1. Operações de câmbio: captação e suporte de liquidez por meio de leilões de swaps cambiais, leilões à vista, linhas de crédito em dólares americanos, leilões e Reverse Repo (taxa flutuante) de 6 meses para reduzir o excesso de volatilidade e fornecer hedge.
  2. Retomada das operações compromissadas de títulos soberanos brasileiros denominados em dólares, com liberação potencial de R$ 50 bilhões.
  3. A taxa de juros Selic foi cortada em 50 pontos-base para 3,75%, sua mínima recorde.
  4. Índices de reservas obrigatórias: Redução dos depósitos a prazo de 31% para 17% e aumento da participação das reservas compulsórias que podem contar para o estoque de Ativos Líquidos de Alta Qualidade no LCR (índice de liquidez de curto prazo).
  5. Melhorias nas regras do índice de liquidez de curto prazo, com impactos de R$ 135 bilhões na liquidez.
  6. Provisões por renegociação de dívidas: isenta bancos e cooperativas de aumentar o provisionamento na renegociação por 6 meses.
  7. Novo Depósito a Prazo com Garantias Especiais: os bancos poderão aumentar suas captações com garantia do FGC em 1x seu patrimônio líquido, limitado a R$ 2 bilhões.
  8. Flexibilização das regras de LCA, aumentando o potencial de crédito do agronegócio em R $ 6,3 bilhões e liquidez adicional aos bancos em R $ 2,2 bilhões.
  9. Empréstimos com lastro em debêntures: as compras de debêntures podem ser lastreadas em depósitos obrigatórios, incentivando o mercado secundário.
  10. Recompra de Letras Financeiras: aumento do limite de recompra de títulos privados de 5% para 20% de sua emissão.
  11. Redução do Adicional de Manutenção de Capital Principal: cai de 2,5% para 1,25% pelo período de 1 ano e reversão gradual até março de 2022.
  12. Overhedge: Não dedução no capital dos efeitos tributários decorrentes do overhedge de investimentos em participações societárias no exterior
  13. Provedor de recursos do BC, até 1 ano, por meio de compromissadas lastreadas em títulos públicos.
  14. Redução do spread de nivelamento: as instituições podem acessar a janela de nivelamento a custos baixos, de +65 bps a +10 bps • Empréstimos lastreados em Letras Financeiras garantidos por operações de crédito, ainda em preparação, com potencial de liberação de R $ 670 bilhões.

2. Os dois principais exemplos de política fiscal expansionista, recorrentemente encontrados na literatura macroeconômica, são os cortes de impostos e o aumento dos gastos do governo. Ambas as políticas visam aumentar a demanda agregada enquanto contribuem para os déficits ou diminuem os superávits orçamentários. Estes exemplos de políticas são normalmente empregados durante recessões ou em meio a temores de uma recessão a fim de estimular uma recuperação ou evitar uma recessão. A questão da COVID-19 pode ser catalogada como um tipo de situação para a qual o governo tem elaborado diversas iniciativas de aumento de gastos, como o Auxílio Emergencial, e os cortes de impostos para operações no mercado financeiro.

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