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O Trabalho de Imperialismo

Por:   •  21/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  205 Visualizações

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p1 – optativa: teoria economica e internacionalização – professora: Maria angélica

  1. Caracterizar as principais teses de Hardt&Negri em O Império e Harvey em O Novo Imperialismo:

  1. Hardt e Negri em O Império.

Antonio Negri e Michael Hardt apresentam o conceito de Império, que é um poder transcendente, sem centro, uma força globalmente opressora, sem líderes, acima de qualquer instituição ou estado nação, o império funciona capilarmente horizontalmente, onde todos são servos. Império é o nome da categoria que expressa esse mundo da não separação do dentro e do fora (todo está dentro). O Império é a nova ordem; o novo espaço; a nova soberania. A multidão é a base/classe do Império.

A hipótese básica é que a soberania tornou nova forma, composta de uma série de organismos nacionais e supranacionais, unidos por uma lógica ou regra única. Esta nova forma global de economia é chamada de Império.

Diferentemente do Imperialismo, mais simples, localizável, o império é um não-lugar, é o poder difuso. Não se trata mais apenas da concentração de outro, de moeda, de riquezas materiais. A concentração, a desigualdade, também acontecem subjetivamente. O Império explora mentes, subjetividades, criatividades, conhecimentos, relações, penetra a própria vida das pessoas, molda os desejos, articula afetividades. O fluxo de capital não é apenas dos países de terceiro mundo para os de primeiro e não se trata mais apenas de fluxo de capital, o Império realiza fluxos ininterruptos dos mais simples aos mais complicados. O poder imperial não tem lado de fora.

Nesta nova constituição, os estados nação são subordinados ao império, ele engloba lentamente o mundo inteiro, expandindo suas barreiras até não haver mais lado de fora. A soberania dos estados nação está em crise. O mundo não é mais governado pelos países e nem por uma estrutura centralizada de poder. Presidentes se curvam ao FMI, ao G8 à OMC, o poder atravessa fronteiras. As bandeiras nacionais têm hoje e cada vez mais um poder simbólico. Não há fronteiras, globalização é sinônimo de regulação global. É um mundo controlável, manejável, tudo pode ser articulado para melhor seduzir e criar a servidão. Todo o território é administrado. Não só um mundo é criado, mas as próprias pessoas que habitam este mundo.

O conceito proposto por Negri e Hardt procura dar conta de explicar uma máquina universal de integração, um apetite infinito e engole tudo à sua frente. O domínio Imperial envolve, perigosamente, aproveitar estas diferenças, não exclui-las. No nível jurídico, teoricamente, não há diferença; no nível cultural, as diferenças são aceitas e hierarquizadas. Trata-se de um triplo imperativo: diferenciar, incorporar e administrar.

O conceito de império caracteriza-se fundamentalmente pela ausência de fronteiras: o poder exercido pelo Império não tem limites. O conceito de Império apresenta-se não como regime histórico nascido da conquista, e sim como uma ordem, que na realidade suspende a história.

Império se apresenta não como um momento transitório no desenrolar da História, mas como um regime sem fronteiras temporais e, nesse sentido, fora da História ou no fim dela.

O objeto de seu governo é a vida social como um todo. O Império não só administra um território com sua população, mas também cria o próprio mundo que ele habita.

“O Império só pode ser concebido como uma república universal, uma rede de poderes e contrapoderes estruturada numa arquitetura ilimitada e inclusiva”. (Negri e Hardt, Império, p. 185).

  1. D. Harvey em O Novo Imperialismo.

David Harvey traz conceitos como: geopolítica, geoestratégia, imperialismo e territorialíssimo; que estavam a algum tempo sem uso e que ressurgiram para debates e discussões em O Novo Imperialismo, principalmente para explicar a política internacional dos Estados Unidos durante o século XXI.

Harvey atribuí a expansão do poder norte-americano à sua forma de “imperialismo capitalista”, que é caracterizada pela fusão contraditória da “política do Estado e do Império” (cujo poder se fundamenta no domínio territorial) e dos “processos moleculares de acumulação do capital no espaço e no tempo”.

A análise de Harvey destaca a influência do petróleo nas decisões americanas e mostra as ofensivas americana contra dois grandes produtores de petróleo: Venezuela e Iraque.

Para Harvey o que diferencia este tipo de imperialismo de outras concepções de império é a “predominância da lógica capitalista, embora haja momentos em que a lógica territorial venha para o primeiro plano”. Para ele, esta imbricada as convivências das lógicas de poder, que é perspicazmente explicada por Hannah Arendt, que diz: “uma acumulação interminável de propriedade [...] tem de basear-se numa acumulação interminável de poder”.

No que se diz respeito ao contexto econômico e socio-histórico da obra de Harvey, estávamos em recessão após os ataques de 2001 das torres gêmeas, o que fez com que crescesse o sentimento de solidariedade e de nacionalismo dos americanos. Além disso multiculturalismo da sociedade, “movido por um inflexível individualismo competitivo”, tornam mais aceitáveis politicamente as ações militares abertas e unilaterais dos Estados Unidos. No que diz respeito a análise desse campo é demarcada por Harvey como “dialética interior-exterior”.

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