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Trabalho Individual Sobre o Imperialismo

Por:   •  2/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.521 Palavras (7 Páginas)  •  775 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta as ideias de alguns autores sobre o imperialismo. Para a sua elaboração foram analisados alguns artigos escritos por AMIN (2005), FARIA (2007), LEITE (2007) e BUGIATO (2014), os quais relatam de forma sintética a ligação entre o imperialismo e o capitalismo contemporâneo voltadas aos conceitos de outros autores importantes no mundo da História. Dessa maneira, é possível perceber algumas divergências de ideias em seu contexto, mas esse fato torna o estudo a cerca do imperialismo mais interessante, pois se tudo fosse igual não haveria sentido a busca por novas informações.

2 DESENVOLVIMENTO

Falar sobre o imperialismo é entrar em uma discussão bem polêmica e retratando o marxismo, é possível ver que até mesmo dentro dele existiam contradições quanto aos rumos imperiais.

Faria (2007) aborda que no imperialismo são vários os conceitos e de vários autores, mas se volta mais para o conceito leninista o qual pressupõe que o investimento de capital estrangeiro nos países de terceiro mundo não passaria de uma dominação sobre eles, negando qualquer valor positivo neste contexto.

O imperialismo se caracteriza como uma nova etapa do capitalismo circunstanciado pelo capital financeiro e pelas corporações monopolistas. Considera ainda outras características como a concentração produtiva e de capital que dava origem aos monopólios, a fusão de capitais bancários e industriais, a exportação de capitais, união de capitalistas monopolistas internacionais e a divisão global pelas potências capitalistas, ou seja, o imperialismo baseia-se na expansão do reino as demais regiões.

Nesse processo, o capital industrial não conseguiu acompanhar o aumento do capital bancário, fato que gerou a junção dessas duas classes. Esse acontecido determinava as coordenadas do setor produtivo, onde as empresas menores não conseguiam sobreviver e predominava o centro da economia para as empresas maiores. Ainda foi surgindo o autofinanciamento, que libertava essas empresas dos bancos ou, elas mesmas compravam esses, criando uma oligarquia financeira e industrial. A geração de capitais em grande quantidade, acabava sendo investido em outros países buscando alternativas melhores de rendimentos. Esses fatos causaram a expansão imperial que deu origem as lutas pelas colônias e territórios econômicos.

Os países imperialistas de primeiro mundo supervalorizaram sua produção aos países de terceiro mundo através da troca, garantindo o bem estar dos capitalistas através da exploração da força de trabalho. Com isso, os países mais pobres foram acumulando déficit, porém, para evitar nestes, uma crise, os capitalistas investiram algum capital que garantiria a sua arrecadação comercial.

No artigo elaborado por Leite (2007), o imperialismo é distribuído entre alguns autores que explicam as suas teorias. Começando por Went que apresentava o imperialismo segundo a visão de Lenin, porém, cita três mudanças. A primeira mudança a ser apresentada é que antigamente existiam os carteis nacionais dividindo o mercado mundial, hoje, existem vários investimentos internacionais numa competição e cooperação nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A segunda mudança mostra-se no sistema financeiro que encontrava-se nas mãos de grandes bancos nacionais se tornou um sistema financeiro integrado mundialmente e que fixou sua lucratividade. E finalizando, a terceira mudança se encontra na colonização que ao invés da força militar, acontece pela combinação da democracia e economia de mercado.

Para Hardt e Negri o imperialismo acaba quando acaba também o estado-nação surgindo um novo modelo de poder: o Império, que se baseia em um único poder que é soberano a qualquer potência capitalista e sua transição se deu após o período de descolonização passando a valorizar menos as armas e mais o dinheiro, considera também a descentralização da produção que abre uma nova forma de trabalho.

Outro elemento importante foi a renovação do mercado mundial, este passou a regular as redes de circulação eliminando as fronteiras entre os estados. O império ocupa todo o território social na sua produção e exploração. Assim, estruturam e articulam os territórios e a população, colocando em movimento mercadorias, dinheiro e até mesmo o processo populacional.

Já Harvey atribui como elemento principal para o novo imperialismo, a acumulação por espoliação, ou acumulação primitiva em termos contemporâneos, esta, por se tratar de um processo em andamento. O capital financeiro toma posse de ativos dos países da periferia por preço muito baixo, pois se encontram desvalorizados pelos diversos fatores fraudulentos, entre outros. Portanto, o imperialismo novo está fundamentado no velho imperialismo, a única coisa que muda é o cenário

Para Sakellaropoulos o imperialismo está interligado na desigualdade social, onde se reproduz o capitalismo. Diz que as cadeias imperialistas resultam das pressões econômicas, geopolíticas e militares de um determinado estado sobre outro. Usa o argumento que a globalização e o imperialismo não se fundamentam num capital global, nem proletariado, sem a globalização de relações sociais. Essas, acabam acontecendo num contexto de formação social específica onde o estado consegue garantir esse movimento.

Contrapondo as visões dos autores aqui relatados, está a ligação do imperialismo ao capitalismo, que seguindo as teorias marxistas, as interpretações da transformação produtiva capitalista, passava do estágio capitalista concorrencial, para um novo estágio onde prevalecia a acumulação capitalista ou o monopólio.

Bugiato (2014) destaca em seu artigo o imperialismo segundo John Hobson. Este atribui o imperialismo a um desajuste temporal, considera que era uma enfermidade momentânea que se passou naquela época. Diz que os fatores que desenvolveram este processo não eram os econômicos, mas sim, aspectos políticos, ideológicos e morais. Toma como base para tal estudo a Grã-Bretanha.

Considera que o país tinha um volume e valor comercial bastante relevante, porém, esses representavam muito pouco se relacionado a totalidade da indústria. Portanto, se perdesse mercado fora do país, capital e mão-de-obra, esses seriam trabalhados dentro do próprio país e isso causaria uma séria mudança, visto que esse, sempre importou alimentos e matéria prima.

Tinha o ponto de vista que a expansão do império seria positivo, considerando que tinha população em excesso e ocupações remuneradas de menos. Assim

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