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O conceito de incubadora de empresas, seus tipos

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Por:   •  12/11/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.494 Palavras (10 Páginas)  •  2.631 Visualizações

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Uma incubadora de empresas é uma entidade que tem por objetivo oferecer um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas, apoiando-as nas primeiras etapas de suas vidas. É uma forma interessante de estimulo ao empreendedorismo na medida em que fortalece e prepara as micro e pequenas empresas para sobreviver no mercado, oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar do empreendedor, ou seja, oferece suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias e transformá-las em empreendimentos de sucesso.

A incubadora também facilita o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas.

Em geral, as incubadoras dispõem de um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas e oferece uma série de serviços, tais como cursos de capacitação gerencial, assessorias, consultorias, orientação na elaboração de projetos a instituições de fomento, serviços administrativos, acesso a informação etc...

Tipos de Incubadoras

Incubadora Tecnológica Fechada

A maioria das incubadoras tecnológicas como CELTA/UFSC, GÊNESIS/PUC-RJ, COPPE/UFRJ se enquadram nessa categoria. A CELTA de Florianópolis, por exemplo, ligada à fundação CERTI, instituição privada, sem fins lucrativos, que funciona no campus da Universidade de Santa Catarina (UFSC) possui 36 empresas incubadas instaladas num prédio de 11,1mil m2. As empresas estão instaladas em módulos que variam de 30 a 40 m2 e dispõe de bibliotecas, sala de reunião, auditório, laboratórios, e afins. A CELTA obteve destaque nacional ao desenvolver a urna eletrônica, aprovada pelo tribunal Superior Eleitoral.

Incubadora Tecnológica Mista

O CIETEC, localizado no campus da USP, utiliza tanto a modalidade fechada e aberta para incubadoras. Recentemente ampliou as suas instalações para atender mais empresas, além de abrir novas vagas para empresas que não irão necessitar de sua estrutura física e continuarão funcionando nas suas atuais instalações, dispersas na área geográfica das proximidades da universidade e utilizando apenas os serviços da incubadora como; consultoria, laboratório do IPT, e afins.

Incubadora Tradicional Fechada

São incubadoras que atuam nos setores ditos tradicionais, geralmente.

Indústrias, como confecção, embalagens, eletroeletrônicos, plásticos, dentre outros. Um exemplo é o programa de incubadoras de empresas desenvolvido pela FIESP/CIESP/SP, conhecido como Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, teve seu início com a instalação da Incubadora na cidade de Itu, em maio de 1991. Hoje com 13 Núcleos em funcionamento na capital e interior do Estado de São Paulo. Esses núcleos abrigam cerca de 82 empresas, gerando 482 empregos diretos.

Incubadora Tradicional Aberta

A ideia nasceu na Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul e teve sua consolidação através do INTECCOPPE/UFRJ - Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - que em três anos de existência incubou cerca de 25 cooperativas populares no estado do Rio de Janeiro. A partir da experiência do INTECCOPPE, o FINEP está desenvolvendo um programa para levar esta tecnologia a todas Universidades Federais do Brasil. Este modelo de incubadora presta os serviços necessários à montagem e acompanhamento do desenvolvimento de cooperativas.

As principais modalidades de apoio aos empreendedores são:

- Hotéis de projetos

Apoia empreendedores na realização de um plano de negócios numa fase em que ele ainda está desenvolvendo seu produto precisando ainda realizar testes e acabar o protótipo. Nesse período o empreendedor analisar a viabilidade técnica e as reais possibilidades de sucesso econômico do seu produto, criar uma rede de contatos e capacitar-se como empresário.

- Pré-residência

Apoia empreendedores que ainda precisem elaborar o plano de negócios, realizar testes e acabar o protótipo do produto, mas que precisem de um espaço para se instalar.

- Residência

Empresas constituídas ou em fase de constituição, instaladas na incubadora que já tenham dominado a tecnologia e o processo de produção e possuem capital mínimo que permita o inicio da operação de seu negocio.

- Graduadas

São empresas que completaram seu período de incubação. Podendo após esta fase, manter o vínculo com a incubadora.

Objetivo

As incubadoras de empresas têm como objetivo abrigar empresas inovadoras frutos de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, buscando fornecer um ambiente propicio ao desenvolvimento da empresa, dando assessoria empresarial, contábil, financeira e jurídica, além de dividir entre as várias empresas lá instaladas os custos com recepção, telefonista, acesso a internet, formando um ambiente em que essas empresas selecionadas têm maior potencial de crescimento.

Basicamente o objetivo de uma incubadora é reduzir a taxa de mortalidade das pequenas empresas.

Outra razão para a maior chance de sucesso de empresas instaladas em uma incubadora, é que o processo de seleção capta os melhores projetos e seleciona os empreendedores mais aptos, o que naturalmente amplia as possibilidades de sucesso dessas empresas.

História

O conceito formal de incubação de empresas começou nos EUA em 1959, quando Joseph Mancuso abriu a Batávia Industrial Center em armazém situado na cidade de Batávia, Nova Iorque. O processo de incubação se expandiu na década de 1980 nos EUA e logo se espalhou pelo Reino Unido e Europa em vários formatos diferentes: centros de inovação, polos de pesquisa, parques tecnológicos etc.

- A atividade de incubação não tem se limitado a países desenvolvidos. Esses ambientes vêm sendo implementados cada vez mais em países em desenvolvimento, aumentando interesse por suporte financeiro de grandes organizações globais como UNIDO (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) e Banco Mundial.

- Desde 2011, a incubadora vem tomando novas formas. Novos experimentos como Incubadoras Virtuais de Empresas estão levando recursos de grandes centros de atividades como o Vale do Silício para lugares remotos ao redor do mundo.

- No Brasil as primeiras incubadoras surgiram a partir da década de 80, quando por iniciativa do então presidente do CNPq, Professor Lynaldo Cavalcanti, cinco fundações tecnológicas foram criadas: em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC).

- Após implantação da ParqTec - Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos, em dezembro de 1984 começou a funcionar a primeira incubadora de empresas no Brasil, a mais antiga da América Latina, com quatro empresas instaladas, sendo que nessa década quatro incubadoras foram constituídas no país, nas cidades de São Carlos (SP), Campina Grande (PB), Florianópolis (SC) e Rio de Janeiro.

- Apesar da inauguração das primeiras incubadoras brasileiras, elas somente se consolidaram, como meio de incentivo para atividades e produção tecnológica, a partir da realização do Seminário Internacional de Parques tecnológicos, em 1987, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, surgia Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC), que passou a representar não só as incubadoras de empresas, mas todo e qualquer empreendimento que utilizasse o processo de incubação para gerar inovação no Brasil.

Benefícios

- Ao oferecer suporte ao empreendedor, a incubadora possibilita que o seu empreendimento tenha mais chances de ser bem sucedido. Além de condições favoráveis de infraestrutura e capacitação dos empreendedores, as empresas pelo fato de estarem em um espaço onde há vários empreendimentos inovadores do mesmo porte, contam com inúmeras conexões, que favorecem o crescimento do negócio e o acesso ao mercado.

- No caso das empresas de base tecnológica, os empreendedores têm, ainda, oportunidade de acesso a universidades e instituições de Pesquisa e Desenvolvimento, com as quais muitas incubadoras mantêm vínculo. Isso ajuda a reduzir custos e riscos do processo de inovação, pois permite o acesso a laboratórios e equipamentos que exigiriam investimento elevado.

Exemplos de alguns itens oferecidos para empresas incubadas:

Infraestrutura

Salas individuais e coletivas, laboratórios, auditório, biblioteca, salas de reunião, recepção, copa cozinha, estacionamento.

Serviços Básicos

Telefonia e acesso a Web, recepcionista, segurança, Xerox, etc.

Assessoria

Gerencial, contábil, jurídica, apuração e controle de custo, gestão financeira, comercialização, exportação e para o desenvolvimento do negócio.

Qualificação

Treinamento, cursos, assinaturas de revistas, jornais e publicações.

Network

Contatos de nível com entidades governamentais e investidores, participação em eventos de divulgação das empresas, fóruns.

Normalmente, no que se costuma chamar de, *incubadoras fechadas*, cada.

Empresa possui o seu módulo, ou espaço privativo de trabalho, constituído de uma ou mais salas pequenas, mais os espaços coletivos a serem utilizados por todos. Nas chamadas *incubadoras abertas*, as empresas incubadas não precisam estar instaladas no mesmo local. Elas contam com os serviços de apoio e usam circunstancialmente a estrutura compartilhada, como é o caso das incubadoras de cooperativas.

Evolução

A National Business Incubation Association estima que há cerca de 7.000 incubadoras no mundo todo. Para se ter uma noção da expansão das incubadoras, de 1980 para 2006 o número de incubadoras na América do Norte subiu de 12 para 1,400; no Reino Unido, essa variação foi de 25 em 1997 para 270 até 2005; na Europa Ocidental em 2002, um estudo identificou cerca de 900 ambientes de incubação.

De acordo com um estudo realizado em 2011 pela Anprotec, em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Brasil tem 384 incubadoras em operação, que abrigam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho. Essas incubadoras também já graduaram 2.509 empreendimentos, que hoje faturam R$ 4,1 bilhões e empregam 29.205 pessoas. O mesmo estudo revelou outro dado importante: 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 28% com foco no âmbito local, 55% no nacional e 15% no mundial.

No Brasil, o movimento de incubadoras empresariais tem evoluído de forma bastante significativa. Desde o surgimento da primeira incubadora em 1988 até 1999, surgiram 100 novas incubadoras de empresas e entre 2000 e 2009 este resultado foi ainda mais expressivo, em torno de 300 novos empreendimentos, totalizando 400 incubadoras de empresas brasileiras.

Estes resultados evidenciam uma desaceleração no surgimento de novas incubadoras de empresas a partir do século XXI. No entanto, este resultado é explicado pelo fato de as incubadoras e dos lideres locais estarem investindo, na reestruturação, no fortalecimento e na ampliação da infraestrutura das incubadoras já existentes, como parte integrante de um processo de Desenvolvimento Local, entendidas como arranjos interinstitucionais, ou Sistemas Locais de Inovação. A maior importância dada ao aspecto qualitativo das incubadoras deve-se à influência que as mesmas exercem sobre o desenvolvimento das regiões e locais onde foram instaladas.

Regionalismo

Com relação à distribuição geográfica das incubadoras no Brasil, os dados apresentados na Tabela-3, apresentam a localização das incubadoras brasileiras. Observa-se que as regiões Sul e Sudeste são as que concentram o maior número de incubadoras, possuindo cada região em torno de 127 incubadoras, no ano de 2006.

Os estados que mais se destacam em relação ao número de incubadoras é o Estado do Rio Grande do Sul, cujo número de incubadoras em 2006 era de 85 incubadoras e o de São Paulo, possuindo 69 incubadoras, neste mesmo período. Segundo dados do SEBRAE-SP, o número de incubadoras no estado em 2009 já chega a 77, ou seja, em um período de aproximadamente três anos, surgiram oito novas incubadoras no estado de São Paulo.

Assim, as regiões Sul e Sudeste concentram 70% das incubadoras de empresas brasileiras no ano de 2006. Esse fato é explicado pelo pioneirismo destas regiões no surgimento de incubadoras, das políticas direcionadas ao desenvolvimento das mesmas e também pelo fato de estas regiões possuírem o maior número de universidades, institutos de pesquisas e indústrias que necessitam de investimento em inovações. Segundo dados do IBGE, 71% das Instituições de Ensino Superior e 76% dos Grupos de Pesquisa estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

Ainda analisando os dados da tabela acima, pode-se observar que as regiões Sul e Sudeste reduziram sua participação relativa, com relação ao número de incubadoras no período de 2000 a 2006. No ano 2000, 46% das incubadoras brasileiras estavam concentradas na região Sudeste e 37% no Sul. Em 2006 cada uma destas regiões possui uma participação de 35%, representando uma queda de participação de 5% para o Sul e 24% para o Sudeste. Este resultado é explicado pelo aumento da participação relativa do número de incubadoras de empresas nas demais regiões brasileiras.

O Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apesar de ainda terem uma baixa representatividade com relação ao número de incubadoras, aumentaram a sua participação relativa ao longo do período de 2000 a 2006. Em 2000 apenas 1% das incubadoras brasileiras estavam concentradas no Centro Oeste, 2% no Norte e 14% no Nordeste. Já em 2006 esta participação aumenta para 8%, 4% e 18%, respectivamente. Verifica-se que a região que mais aumentou a sua participação relativa foi a Centro Oeste, cujo aumento foi de 700% no período entre 2000 e 2006, evidenciando uma maior importância dada às incubadoras, pelos líderes locais, como uma alternativa de fomentar o desenvolvimento regional.

Taxa média anual de crescimento de 2000 a 2006 das Incubadoras de Empresas por Região do Brasil

• Sul 16%

• Sudeste 17%

• Centro Oeste 85%

• Norte 29%

• Nordeste 28%

A região do Vale do Paraíba tem uma situação privilegiada por localizar-se entre os dois principais pólos tecnológicos econômicos do país: São Paulo e Rio de Janeiro, além da proximidade com o sul de Minas Gerais. Por isso, esta região concentra hoje uma gama de empresas dos mais variados setores, algumas delas desenvolvendo produtos e processos de alto conteúdo, tornando-se um importante pólo industrial e tecnológico.

Na região, São José dos Campos reúne algumas das mais importantes empresas do país: Embraer, General Motors, Johnson & Johnson, Monsanto, Petrobrás, entre outras. Possui importantes centros de pesquisa tais como: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D), além dos centros de acadêmicos para formação de pessoal altamente qualificado

A somatória destes fatores faz de São José dos Campos um ambiente propício à criação e desenvolvimento de empresas de base tecnológica, porquanto são centenas de pesquisadores e estudantes com grande potencial de se tornarem futuros empreendedores, precisando apenas de apoio e condições para iniciar seu negócio. Em decorrência, comparecem as Incubadoras Tecnológicas UNIVAP e REVAP-Petrobrás no seu papel de oferecerem ao empreendedor meio adequado para a criação das suas empresas de tecnologia, bem como serviços de apoio que o auxiliem a alcançar seus objetivos.

Em Jacareí a incubadora de empresas coordena ações visando a formação de empreendedores e a geração de empresas contribuindo para o desenvolvimento do município com geração de emprego e renda. Instalada em amplo prédio localizado em ponto estratégico da cidade oferece apoio gerencial e consultorias especializadas, além do próprio espaço físico para atividades empresariais, e ainda orientação para as fases de implementação e consolidação dos empreendimentos. Planejamento, gestão e inovação: ferramentas essenciais para criar empresas fortes e, principalmente transformar idéias em produtos e serviços.

Palestras, consultorias, cursos, entre outras atividades, voltadas a novos empreendedores ou a micro e pequenos empresários dispostos a ampliar sua fatia num mercado cada vez mais competitivo. Em Jacareí, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e o posto do SEBRAE-SP oferece uma série de atividades com esse objetivo, e já tem mostrado resultados positivos.

CONCLUSÃO

Podemos concluir neste trabalho que as Incubadoras de Empresas que se relacionam por meio de laços fortes com suas Instituições Mantenedoras e onde seus gestores conseguem articular o Capital Social potencialmente disponível dentro da rede que se constrói a partir dos laços da Incubadora, são capazes de estimular o surgimento de novas empresas, e disponibilizar um volume de Capital Social suficientemente capaz para que essas empresas, durante o período de Incubação, tenham a possibilidade de acumular seu próprio Capital Social a ponto de garantir a sua sobrevivência, após a sua saída da Incubadora.

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