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Os Gansos Voadores e Patos Vulneráveis - Resumo

Por:   •  15/8/2019  •  Resenha  •  4.108 Palavras (17 Páginas)  •  515 Visualizações

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Resumos dos Textos da segunda parte da matéria de Economia do Desenvolvimento Comparado

Aluno: Gustavo Mendes Ferreira

Matrícula: 201110250311

Gansos Voadores e Patos Vulneráveis

A tese central do texto é a discussão se de fato a especialização e a capacidade de adaptar à demanda mundial que é essencial para o dinamismo do país no mercado mundial ou se é a dinâmica regional que tem maior importância.

Seguindo essa tese, Gabriel Palma expõe o grau de desenvolvimento obtido no leste asiático e na américa latina através do modelo de substituições de importações adotado pelas duas regiões. Sabemos que cada região possui sua especificidade no modelo adotado, se adequou de uma forma à demanda mundial e a importância dada ao desenvolvimento tecnológico. Também é discutido o papel de líder regional na importância do dinamismo econômico. Como as relações entre países desenvolvidos podem afetar para o bem ou para o mal o desenvolvimento da região a qual ele tem influência. No caso, utiliza-se o exemplo do Japão e dos EUA.

A dinâmica regional tomada pelo Japão foi fundamental para o desenvolvimento do leste asiático. O fator de maior importância na liderança regional japonesa fora a transferência de tecnologia para os países. Primeiramente, para essa transferência, adotou um modelo de aprendizado chamado curva de u invertido. Nesse modelo o Japão abria mão da produção de um determinado bem para deixar que eles fossem produzidos em suas áreas de influência.

O segundo movimento se dá paralelo a curva de aprendizado. Neste movimento o líder não abandona totalmente o desenvolvimento do produto por ele ainda apresenta alguma vantagem no crescimento de produtividade ou porque tem relevância na dinâmica internacional. Assim, os países que seguiam o Japão não eram meros substitutos na produção do bem mas sim imitadores e competidores do líder no mercado internacional.

Visto a importância do Japão no desenvolvimento do Leste Asiático, não podemos afirmar o mesmo do líder regional da América Latina, no caso, os EUA. Os EUA não desenvolveram a região de sua influência, ocupou simplesmente os setores maduros e setores que não apresentava competitividade e não ajudou o desenvolvimento da região.

A primeira diferença nasce nos anos 1950, quando a América Latina adota o modelo de industrialização na base de substituição de importações e a Ásia opta por uma agressiva estratégia de promoção das exportações. A semelhança dos dois modelos é a presença de governos dirigistas, que até mesmo selecionam setores “merecedores” de elevados subsídios e proteções pontuais. A diferença é que aqui o foco é o mercado interno, lá são as exportações.

A partir dos anos 80, surge no Leste da Ásia o que se convencionou chamar de “modelo dos gansos voadores”, que nada mais é do que o aproveitamento das sinergias regionais por meio de maciços investimentos cruzados, com destaque para a transferência do poder tecnológico do Japão, por meio de participações minoritárias em empresas dos seus vizinhos menos desenvolvidos. Assim, a formação em cunha é liderada pelo Japão, seguido de perto pelas chamadas “novas economias industrializadas” – Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura -, depois pelos países mais dinâmicos da Asean – Tailândia, Malásia e Indonésia -, com as Filipinas e a Indochina na rabeira. Mais recentemente, essa formação começa a se alterar com a chegada, em grande estilo, de dois outros gigantes econômicos: a China, que hoje já tenta ultrapassar o Japão. Enquanto isso, a América Latina enroscou-se com inflações galopantes, baixo crescimento, alto endividamento, governos perdulários, instituições infantis e mudanças permanentes nas regras do jogo.

The ‘three routes’ to financial crises: Chile, Mexico, Brazil and Korea, Malaysia and Thailand e “Latin America Durin the second half of the twentieth century”

O texto aborda as principais crises ocorridas nos países em desenvolvimento através das chamadas rotas de crise que nada mais são que os países tidos como originários das ditas e como foi a dinâmica de reação dos países frente aos desafios lançados.

A primeira Crise analisada foi a crise de 1982, onde os países da américa latina ficaram endividados em dólares em um período no qual os EUA estavam aumentando sua taxa de juros, afundando-os ainda mais na crise.

Nesse período, conforme abordado pelo texto, os países da américa latina estavam pegando muitos empréstimos no exterior a fim de financiar seu desenvolvimento e fomentar o consumo interno. Com a crise americana, os países viram secar a fonte de empréstimos e ficaram endividados com os juros altos. O Estado Desenvolvimentista tem então seu fim decretado.

Rota 1- México, Chile e Argentina: Se endividou muito para fugir dos efeitos do choque do petróleo, agora tenta fazer política de baixos juros para incentivar o consumo e acaba acarretando um problema mais grave no campo cambial, na estrutura da balança de pagamentos e a deterioração das contas públicas.

Rota 2- Brasil: O Brasil buscou a proteção na elevação das taxas de juros, esterilização monetária, aumento do estoque da dívida. Essas medidas provocaram um aumento da inflação, deterioração das contas públicas, desvalorização cambial e forte queda no consumo da sociedade.

Rota 3- Coréia, Malásia e Tailândia: Enfrentaram a crise com baixa taxa de juros e foram favorecidos com a desregulamentação do mercado financeiro que ajudou a inundar o leste asiático com recursos. Eles mantiveram os investimentos independente do endividamento que enfrentaram.

Tivemos em especial o caso da Malásia e da Tailândia que para enfrentar a crise incentivaram o consumo para resolver o problema da lucratividade e com isso tiveram um impacto menor que o ocorrido na Coréia.

A segunda metade do século XX

Após a segunda guerra mundial, houve um boom do crescimento econômico, com países crescendo o dobro que países da OCDE. Algumas mudanças também ocorreram no campo político institucional e nas operações.

Para a América latina, o período da segunda metade do século XX fora de fundamental importância para seu desenvolvimento econômico e politico. Primeiramente, houve uma melhora no sistema político com o avanço da democracia pelo continente e superação de antigas ditaduras.

Foi nesse período que começou a se adotar o modelo de industrialização por substituição de importações. Cada país da américa latina irá apresentar uma peculiaridade neste modelo porém todos basicamente possuem as mesmas características gerais de produzir dentro das fronteiras o que antes era importado, visando assim incentivar o consumo e oxigenar a oferta de bens. Segundo o texto, houve também um acirramento das desigualdades sociais. As rendas se tornaram mais concentradas nas mãos dos ricos e os pobres enfrentaram uma queda no seu poder de compra.

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