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Resumo Produtos e Serviços Financeiros

Por:   •  18/6/2017  •  Resenha  •  2.167 Palavras (9 Páginas)  •  351 Visualizações

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Produtos e Serviços do Mercado financeiro

Instituições Financeiras no Brasil: O Posicionamento para um novo Cenário.

Apesar do mercado financeiro ser incerto, alguns aspectos são fundamentais para superação pós crise, são eles:

  1. Sustentabilidade: 

Com a crise observou que instituições financeiras que não utilizaram estratégias e planejaram na obtenção de recursos de longo prazo, buscando obter um “colchão” de liquidez, tiveram que buscar a suprir esta necessidade com recurso de curto prazo, ocorrendo um choque de liquidez, pagando um preço muito alto por isto. A partir de então, entra o detalhe da qualificação dos executivos que conduzem as instituições financeiras, pois é de extrema importância do conhecimento e entendimento do comportamento do mercado, para prevenir e tomar medidas protetivas para as instituições financeiras, pois a má condução dos executivos poderá acarretar um ônus desnecessários, seja na substituição ou busca de novos mais qualificados, sendo que o ideal era a permanecia e valorização de executivos que aplicam as boas práticas na gestão. Também observa que cada vez mais os clientes terão que se readaptar as mudanças nos produtos e serviços disponíveis pelas instituições financeiras, pois o mercado exige um repasse do custo aos clientes, tendo em vista o impacto de certas adequações no planejamento das instituições financeiras, forçando uma mudança de habito aos clientes.

  1. Flexibilidade:

No momento crise, a busca de estabilização financeira de países afetados, ocorre por busca de boas práticas adotadas por países que não foram abalados com a crise. Porém observa-se que não se mantém este medida logo após a crise ser afastada, dando oportunidade novamente para novos problemas. Desta forma, países mais desenvolvidos acabam intervindo e colocando pressão ao mercado financeiro, a fim de restringir certas práticas e atividades, buscando evitar novas crises. Por este motivo que observa-se que as vezes medidas de prevenção ocorra com certo excesso de regulação, tornando-se primeiramente um processo difícil na prática, forçando as instituições financeiras a desenvolver mais a disciplina da flexibilidade caso queiram manter uma posição de liderança durante esse período de pressões vindas de todas as direções. Elas precisarão adotar uma estrutura e uma cultura de conformidade que lhes permitam responder às mudanças regulamentares iniciais, mas que as deixem com flexibilidade suficiente para se adaptarem à medida que as regulações evoluam e se estabilizem.

  1. Responsabilidade:

Na crise financeira o impacto do setor de serviços financeiros podem afetar o comportamento da economia e da sociedade como um todo e a medida que o setor supera a crise, ele deve refletir sobre as maneiras de fortalecer esse senso de responsabilidade e tomar medidas para melhor proteger a economia e a sociedade contra eventuais crises futuras. Parte dessa responsabilidade será imposta pelas autoridades, muitas vezes impondo leis que regulamentam e criando medidas de prevenção. Mesmo quando as ações não são obrigatórias, as instituições financeiras devem considerar os benefícios de adotar melhores práticas de responsabilidade, adotando planos de recuperação e resolução. Esses planos dão às instituições a oportunidade de detalhar quais passos darão para recuperar-se de outro aperto de liquidez ou como enxugarão a empresa de maneira responsável. Os planos de recuperação devem conter detalhes de como as instituições diminuirão os riscos de suas posições para recuperar a liquidez durante períodos de crise, inclusive com medidas para a venda de ativos. Os planos de resolução, destinados a entrar em vigor se o plano de recuperação não funcionar, devem descrever para os administradores como retirar as posições das instituições do mercado sem desencadear o risco sistêmico visto na última crise. Os dois tipos de plano também devem detalhar quem na organização é responsável pela implementação de cada um deles, quais eventos sinalizarão essa implementação e com que frequência eles devem ser atualizados.

  1. Lucratividade:

As instituições financeiras precisarão focar em maneiras de serem sustentáveis, flexíveis e responsáveis, mas precisarão fazer isso a fim de se manterem lucrativas. O atual clima de taxas de juros historicamente baixas e de garantias do governo facilitou um pouco para as instituições retornarem à lucratividade. No entanto, o real desafio virá quando esse apoio cessar e as novas regulações e normas entrarem em vigor, criando mais pressões de custo para as empresas. No setor financeiro, uma pesquisa mostra que um número significativo de executivos de serviços financeiros acredita que os custos de fazer negócios aumentarão e, ao mesmo tempo, alerta para a dificuldade de repassar esses custos para o cliente. Consequentemente, as instituições financeiras serão forçadas a maximizar as eficiências e introduzir um controle de custos contínuo se quiserem manter as margens de lucro. Fica claro que também precisarão encontrar novas maneiras de aumentar a receita. Em outra pesquisa o setor bancário muito provavelmente buscará esse crescimento de receita nos mercados emergentes e também na expansão para outros setores, enquanto os setores de seguro e gestão de ativos estão mais concentrados em aumentar a receita por meio do desenvolvimento de novos produtos e de melhor distribuição. Os dois caminhos para o crescimento da receita dependerão de uma seleção renovada de mercados e produtos, já que o comportamento dos clientes mudou de maneira significativa desde a crise e eles provavelmente darão mais atenção às ofertas de cada instituição em seus mercados locais.

Ao deixar para trás um longo período de instabilidade, pois o período de forte desequilíbrio dos anos 80 a meados dos 90 não constituiu uma exceção, mas, antes, uma exacerbação de desequilíbrios presentes ao longo da maior parte do século passado, obrigando o governo a adoção de mecanismos para lidar com o desequilíbrio que expos nossa economia. O País precisa agora abandonar alguns mecanismos compensatórios, regimes e obrigatoriedades que ainda amarram o sistema financeiro ao passado tendo em vista que o Brasil alcançou, na última década, um nível de estabilidade macroeconômica inédito em sua história. Para que o sistema financeiro seja capaz de desempenhar adequadamente seu papel ante a sociedade nos próximos anos, é preciso superar e/ou transformar tais mecanismos e regimes. O primeiro ponto refere-se às altas taxas de recolhimento compulsório sobre passivos bancários. Trata-se de um dos legados do período de alta inflação, quando o controle de liquidez era crítico, e a elevação dos compulsórios aos níveis anormalmente altos que se observa no Brasil, uma prática justificada (Compulsórios muito altos causam elevação de spreads). O segundo ponto refere-se aos direcionamentos obrigatórios de crédito. Trata-se de dispositivos originalmente desenhados para garantir a oferta mínima de crédito a setores que, pelo risco inerente ao negócio, dificilmente conseguiriam ter acesso a um volume adequado de recursos (No caso dos depósitos à vista, por exemplo, 25% de tais recursos devem ser obrigatoriamente emprestados às atividades rurais, a uma taxa fixa de, no máximo, 6,75%, bastante inferior à taxa básica, que, na média dos últimos cinco anos, atingiu 13,73%. No caso dos depósitos de poupança, 65% devem ser empregados na concessão de empréstimos imobiliários, com um spread de até 6% sobre seu custo de captação). O terceiro ponto de interesse refere-se ao prazo excessivamente curto dos passivos no Brasil. Alta inflação, confiscos e indexação assimétrica levaram os aplicadores a uma forte preferência pela liquidez e pela indexação ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), em detrimento do retorno. Essa preferência manifesta-se na concentração da riqueza em aplicações de liquidez diária. A principal consequência negativa do encurtamento de prazos é que os ativos dos bancos e dos fundos de investimento também acabam por apresentar limitações de prazo. O excessivo descasamento entre prazos médios de passivos e ativos significaria um risco muito grande para as instituições e inaceitável para a autoridade monetária (em sua função de supervisão bancária), em termos do risco sistêmico a ele associado (Os títulos do Tesouro Nacional, por exemplo, acabam por apresentar um prazo médio inferior ao que poderiam obter, dada a estabilidade alcançada pelo Brasil. Os limites ao alongamento refletem menos a preocupação com o risco Tesouro e mais com o risco de descasamento dos balanços. Os prazos dos empréstimos ao setor privado também apresentam limitação por conta de tal descasamento).

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