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Resumo de Economia Regional e Urbana

Por:   •  1/10/2019  •  Abstract  •  56.466 Palavras (226 Páginas)  •  265 Visualizações

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Aula 15/08– ERU        

(13:16)

Antes de falarmos das teorias da economia regional e urbana, nos temos que analisar as teóricas econômicas que vão influenciar esses autores.

A primeira teoria é a clássica, daremos bastante ênfase ao aspecto espacial dessa teoria, especialmente a renda da terra do Ricardo que fará um contraponto com a teoria locacional do Van.. (ele falou o nome do autor) que veremos mais a frente, e não temos como analisar a teoria da renda da terra sozinha/isolada pois ela faz parte de uma analise teorica mais complexa então faremos isso hj: a analise dessa parte complexa da teoria clássica.

Basicamente, estaremos falando de dois autores (mas a teoria clássica não é constituída só desses 2 autores, mas são eles que dão maior fundamentação teórica a essa escola de pensamento): Adam e Ricardo. Esses autores se baseiam em um principio. Qual principio de economia política que a escola clássica se baseia? Princípio do excedente. Esse principio não é originário da economia clássica, ele é emprestado dos fisiocratas, principalmente de Quesnay que é um dos fisiocratas e ele fez o seguinte apontamento: se a gente tiver que reproduzir o produto “x” desse período no proximo período, parte desse produto deveria ser reempregado na produção como forma de reposição dos fatores de produção. Então, supondo que seja agricultura onde não haja capital, mas eu contrato trabalhadores p plantar alface e no final do período anterior eu produzi 400 reais de alface, se eu quiser produzir de novo 400 reais de alface eu pego esses 400 e pago salário e contrato o mesmo numero de trabalhadores e aí eles produzirão exatamente a mesma coisa (isso supondo a mesma condição técnica do período anterior e a mesma produtividade), o que sobrará é o excedente. Então, o produto é formado por essa reposição dos fatores de produção, que ele chamará de consumo necessário, mais o que sobra, que é o excedente, isso por que estamos falando de um sistema capitalista. Se a produção fosse independente, o trabalhador geraria um produto que seria inteiramente consumido. Então, para ele voltar para exatamente o que tinha produzido no período anterior é só ele gastar exatamente aquilo ele tinha gastado no período anterior na produção de alface, assim não sobraria excedente. No sistema capitalista, a produção não é independente, ela está vinculada. Na economia fisiocrata e na economia clássica, existem três classes sociais: os trabalhadores, capitalistas e proprietários de terra então o excedente é dividido entre as partes, no caso dos trabalhadores, eles não conseguem se apropriar de nenhuma parte desse excedente, eles são pagos na hora da reposição dos fatores de produção. Esse excedente será igual ao produto total menos o consumo necessário (E=x – CN). Então, desconsiderando o capital, o que seria esse consumo necessário? Os salários multiplicado pelo numero de trabalhadores (CN=W.L).

Um excedente tem vários aspectos importantes:

  • Magnitude: tem a ver com mensuração.
  • Origem: se refere a natureza, de onde vem o excedente
  • Apropriação: divisão desse excedente, quem vai se apropriar desse excedente.

Então, se fizermos a seguinte abstração:

OBS: Para calcular X e CN devemos colocá-los na mesma medida. Então, supondo que o salário seja pago em trigo e que o único produto produzido seja trigo, dessa forma, podemos dizer que o excedente vai depender disso aqui (o que???). O salário dos clássicos tende ao nível de subsistência e é dado. A quantidade de trabalhadores depende do que? Depende dos coeficientes técnicos de produção e do estoque de capital, podemos observar isso na equação:

X= [ ][pic 1]

(15:31)

O protudo vai depender dos coeficientes técnicos de produção e do estoque de capital, a relação trabalho e capital, produtividade desse trabalho, e do estoque de capital, a gente pode ver exatamente isso, só que numa economia não se produz afinco. Essa abstração é interessante pra se observar esses determinantes do produto, mas ela não dá conta de determinarmos um excedente, porque produzimos alface, trigo, uva, carvão etc. Para se contornar esse problema precisamos de um denominador comum de cada uma dessas mercadorias. Se colocar tudo em nível de preço em real, o salário em real e o mesmo número de trabalhadores, o X será uma matriz e cada preço, quantidade e o somatório de tudo. Calculo o X como se fosse o PIB e diminuo o salário vezes a quantidade de trabalhadores.

O excedente serve para determinarmos a distribuição da renda, a distribuição entre o salário, lucro e renda da terra. Quando só calculamos o excedente não conseguimos calcular essa distribuição, porque o excedente só está dividido entre lucro e renda da terra. Se calculamos só o excedente eu não sei qual parte está apropriado como forma de lucro e qual parte é apropriada como forma de renda da terra. Porque eu estou calculando pelo nível de preço e nele está incluso a taxa de lucro, pois eu não consigo separar o que é e o que não é lucro, então eu não consigo determinar aquilo que eu quero determinar que é a taxa de lucro e não o excedente, e acabamos incorrendo com esse problema de circularidade lógica. Não conseguimos determinar o que queremos a priori, porque a gente acaba indo onde começou o problema que é na taxa de lucro, precisamos de uma outra forma de poder determinar esse denominador comum. Precisamos de uma Teoria de preços relativos, Teoria do Valor Trabalho. Então o valor depende do trabalho, que vai depender dos autores. O primeiro deles que vai propor uma teoria do valor é o Smith. A teoria do Smith, por mais que seja uma teoria do valor trabalho, assim como do Ricardo, Marx, são teorias distintas, inclusive Ricardo vai fazer uma crítica a teoria do valor trabalho de Smith.

Para entender cada uma dessas Teorias, precisamos compreender o cunho analítico desses autores, o Smith por exemplo, estava interessado em conhecer  e entender a origens e causas da Riqueza das Nações e a natureza das Riqueza das nações. Uma nação é rica porque ela dispõe de várias riquezas e bens de serviços e mercadorias. Quanto maior a disponibilidade de bens e serviços, mais rica é uma nação. Smith define a economia política como uma ciência que vai ajudar tanto o estado como a população. Vai ajudar o estado porque vai dar recurso e poderá prover bens e serviços, e vai dar renda e disponibilidade de bens de serviços para a população. Ele está interessado na riqueza, no crescimento econômico e como fazer essa disponibilidade de bens e serviços, crescer.

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