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Retomada da Economia Mundial Pós Pandemia

Por:   •  20/9/2021  •  Dissertação  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  99 Visualizações

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Com a extensiva vacinação da população resultando em um relaxamento nas medidas que restringem a mobilidade, a economia mundial tem se demonstrado capaz de uma acentuada recuperação da crise causada pela pandemia de COVID-19. No núcleo de agentes que impulsionam a retomada econômica se encontram respectivamente: os Estados Unidos, a China e a Europa. A recuperação do comércio internacional alavancada pela forte expansão industrial de tais agentes tem se mostrado muito favorável ao Brasil que viu a sua balança comercial desempenhar sucessivos superávits no último trimestre. Se beneficiando da sua atuação como um grande exportador de commodities para um mercado internacional em expansão, da alta dos preços dos commodities pela escassez, do seu câmbio desvalorizado, e de fatores propícios no mercado interno chinês, o agronegócio brasileiro fechou julho de 2021 com um superavit de U$10,1 bilhões na balança comercial, um aumento de 129% em relação a janeiro, que havia registrado um superavit de U$4,4 bilhões. Segundo o FMI, o mundo vive hoje o ritmo de recuperação economia mundial mais acelerado em oitenta anos, com uma projeção de crescimento de 5,6% para 2021 e 4,3% para 2022.

Aliando a vacinação a políticas econômicas fiscais e monetárias de forte estímulo, países desenvolvidos, em especial os Estados Unidos, estão consolidando uma robusta retomada do setor econômico. O primeiro programa aprovado pelo congresso americano foi o Plano de Resgate da Economia Americana, plano esse que consiste na transferência de renda de altas quantias às famílias. Alguns meses depois, dois novos projetos são apresentados: o Americans Jobs Plan, focado em investimento para infraestrutura; e o American Families Plan, que possui seu foco em incentivos fiscais, educação e benefícios trabalhistas. Caso aprovados, os Estados Unidos, com a soma de valores dos três programas ultrapassando os U$6 trilhões, colocaria em pratica a maior política de expansão fiscal presenciada no período pós-Segunda Guerra Mundial.

As condições da pandemia junto a políticas monetárias e fiscais implementadas pelos governos ocasionou uma alta demanda do consumidor para o mercado de bens e uma redução no mercado de serviços. A situação unida a um grande investimento por conta dos baixos juros praticados levou o setor industrial a acelerada expansão. No entanto os países desenvolvidos estarem proporcionando uma retomada do comercio internacional não significa que países emergentes consigam acompanhá-los. O COVID-19 afetou em larga escala a produção de bens no mundo, com cadeias de produção sendo seriamente afetadas. Fato esse que se intensifica ainda mais quando se trata de cadeias globais de produção. Há escassez de matéria prima, partes e componentes, ocasionando uma grande elevação nos preços dos commodities. O índice de preços de todas as commodities apresentado pelo FMI acumulou uma baixa de 24% entre dezembro de 2019 e maio de 2020. Desde então o índice sobe a uma taxa média mensal de 4,5% ao mês, registrando em maio de 2021 um índice 70% maior do que no mesmo período no ano anterior. O preço dos commodities relevantes para a exportação brasileira se destacam ainda mais. Com valores que se sobressaem aos índices médios do FMI, o minério de ferro aumentou em 122%, e a soja, 86% se comparados a maio de 2020. Os grãos em específico estão sofrendo uma alta nos preços por conta da reestruturação do rebanho suíno chinês, que sofreu com uma epidemia de febre suína africana dizimando parte de deus animais nos anos que procederam a pandemia.

        A volta das atividades econômicas internacionais e a alta dos commodities levou o Brasil a uma posição favorável no mercado internacional. Com sucessivos superávits, a balança comercial brasileira registrou um saldo positivo de U$20,8 bilhões em 2021 no acumulado de doze meses contra U$ 2,9 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em relação ao acumulado no ano de 2021 se observa um saldo superavitário de U$44,1 bilhões. O Brasil registra altas taxas de crescimento nas exportações de seus principais setores: 62,7% na indústria extrativa; 37,6% na indústria de transformação; e 11,2% no agronegócio.

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