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A Administração Em Taylor E Fayol

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Por:   •  12/9/2014  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  397 Visualizações

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Seria um tanto inútil enumerar os avanços obtidos pela obra de Taylor. O autor conduziu as operações de trabalho a um considerável ganho de produtividade, reduzindo o...

A administração em Taylor e Fayol

Seria um tanto inútil enumerar os avanços obtidos pela obra de Taylor. O autor conduziu as operações de trabalho a um considerável ganho de produtividade, reduzindo o custo unitário dos produtos e ampliando a margem de lucros do empresariado; racionalizou o processo produtivo, dando início à busca metódica de elevação da produção, com uma forte contribuição à dinâmica produtiva do capitalismo. Da mesma forma, são notórios os malefícios gerados aos operários, oriundos da minuciosa especialização de tarefas, sendo deveras redundante tecer críticas ao taylorismo nesta sucinta análise.

No entanto, a leitura de "Princípios de Administração Científica", além de explicitar um marco de racionalização instrumental do trabalho, chama atenção pela unilateralidade do discurso, isto é, observando os "elementos essenciais da administração científica", é possível identificar pressupostos sócio-ideológicos que vislumbram um "comportamento ideal" para o operário, como naturalmente correto.

Ademais, acreditava Taylor que empresários e trabalhadores deveriam deixar de lado suas posições contrárias e submeter-se à autoridade da Ciência, pela qual se obteria resultados no âmbito da produção e benéficos para ambas as partes.

Já Henri Fayol, em "Administração Industrial e Geral", trata a gestão a nível organizacional, numa analogia ao corpo, na qual todos os membros deveriam trabalhar e coordenar esforços para chegar a objetivos comuns. Encontra-se, aqui, um ponto de confluência entre Fayol e Taylor, tendo em vista que o primeiro acreditava na articulação de interesses em nome dos objetivos da empresa, desconsiderando a existência de conflitos internos, que sob efeito da administração seriam diluídos. Embora Taylor admita a existência do conflito na fábrica, parece julgá-lo incoerente e minimizável uma vez que seja aplicada a administração científica (e seus decorrentes ganhos de produtividade, lucro e salários).

Fayol menciona a flexibilidade administrativa, calcada também na experiência e conhecimentos tácitos, em detrimento de saberes teóricos e posturas rígidas no planejamento e execução do trabalho. Ademais, o fayolismo descreve 14 princípios para o bom funcionamento da organização, como disciplina, centralização, unidade de comando, entre outros. Ainda temos algumas empresas que utilizam tanto teorias fayolistas como tayloristas. A ATU Cia Ltda, por exemplo, empresa equatoriana especializada na fabricação de móveis de escritório, possui na alta gerência a aplicação do fayolismo (predomina a capacidade administrativa com reuniões de grupo com representantes de todos os setores da empresa, como um corpo social) e na parte operativa a aplicação do taylorismo (no fichamento de tarefas padrão e cronometragem da produção de mercadorias).

Retornando à obra de Taylor, esta deve ser apreendida, porém, como elaboração historicamente contextualizada. A crença demasiada na Ciência, como portadora de todas as verdades, é comum ao período de virada do século, explicando seu distanciamento das opiniões e posições dos agentes envolvidos, em prol da rotinização detalhista e matemática do cotidiano de trabalho.

A dicotomia entre o trabalhador e o "vagabundo" é outro elemento social presente no livro de Taylor. Pressupor como conduta "ótima" do trabalhador o desejo de acumular rendimentos e "prosperar", em contraponto à vadiagem no trabalho, é comum à época, sobretudo no que diz respeito às tomadas de posição de dirigentes industriais. Pobreza, no período em que Taylor escreve sua obra, em geral, era considerada "caso de polícia", independente de condições sócio-econômicas.

Se à gerência caberia a análise do movimento do operário, visando aumentar a intensificação do trabalho, através do registro dos tempos, com o intuito de identificar o ‘tempo ótimo’ para realizar uma tarefa, é possível dizer que a viabilidade da adequação dos operários ao processo estaria na seleção dos mesmos. Quando Taylor menciona a seleção de um indivíduo para testes de cronometrage no carregamento de lingotes,

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