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A Arte & a Industrialização da Cultura

Por:   •  22/4/2020  •  Dissertação  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  267 Visualizações

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Apesar das transgressões às codificações reconhecidas como artísticas, até o início dos anos 60, ainda se mantinha relativamente intacto o pensamento sobre as obras de arte como sendo pertencentes a duas categorias dominantes: pintura e escultura.

Desde então, mesmo que ainda houvesse artistas pintores e escultores, essas práticas passaram a se realizar junto a novos sentidos de visualidade e a margem cada vez mais ampla de atividades.

Duchamp: lições de renúncia à unicidade do objeto artístico e sua diferenciação dos objetos comuns.

Malevich: lições de renúncia à noção de que a arte deve ser necessariamente complexa

Esses questionamentos dos pressupostos da arte foram intensificados em meio a profundas mudanças instauradas pela arte pop, pelo Minimalismo e por todos os outros movimentos que se lhes seguiram nos anos 1960

Esses movimentos desafiaram as concepções modernistas da arte, reconhecendo que o significado de uma obra não se reduz à sua composição interna, como queria o Modernismo, mas implica o contexto em que existe

A arte pop, oriunda dos meios de massa, foi reconhecida como um movimento estético nos Estados Unidos (início dos anos 60)

Em 1962, já se percebia uma sensibilidade emergente em artistas como Roy Lichtenstein, Andy Warhol e outros, cujas obras extraiam seus referenciais da banalidade da América Urbana.

O fato de que os artistas pop não se utilizavam da natureza como um referente visual implicava em um reconhecimento de que, a natureza foi substituída por uma realidade construída pelos humanos, prédios, interiores, carros, sinais, cartazes, filmes etc.

Em suma, bilhões de pessoas passaram a viver não mais em contato com a natureza, mas em ambientes saturados de mídias e signos.

Por isso, a arte pop é uma espécie de metaarte ou metalinguagem, pois tomou como objeto não a realidade diretamente percebida, como os impressionistas, mas representações da realidade encontradas no desenho gráfico, nas fotos, nos anúncios publicitários, nas embalagens de produtos e no cinema.

A arte pop estabeleceu relações multivalentes com a cultura de massas. Por vezes parecia haver uma celebração do consumismo e das estrelas das mídias, outras vezes uma reação analítica, crítica.

Há uma complexidade implícita na arte pop que precisa ser deslindada. Ao incorporar e traduzir a iconografia popular e mudar o modo de produção e distribuição da arte, os artistas não visavam simplesmente a se tornar parte da cultura de massas. Apoiados pelos críticos e curadores, pretendiam reafirmar o status da arte pop como arte, uma arte agora inserida em uma sociedade industrial, cuja produção artística deveria também ser industrializada, do que decorre que “arte industrial” poderia ser um outro nome para arte pop.

RECONTEXTUALIZAÇÂO: Os artistas

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