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ATUALIDADES ECONOMIA PARANAENSE

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Por:   •  23/9/2014  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  271 Visualizações

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ATUALIDADES ECONOMIA PARANAENSE

O Paraná é o estado brasileiro que mais se beneficiará dos conflitos entre russos, norte-americanos e europeus. Depois que o presidente Vladimir Putin anunciou embargo à importação de alimentos que normalmente são comprados nos Estados Unidos pela Rússia, o país decidiu abrir as portas ao Brasil. Na última quarta-feira (6), o país europeu retirou barreira a 90 frigoríficos brasileiros. Seis deles são paranaenses e devem exportar principalmente carne de frango ao outro continente. Alguns já estavam aptos a vender produtos aos russos, mas ganharam novas habilitações.

Das seis plantas instaladas no Paraná, três produzem e agora exportam frango. As outras três concessões foram para unidades voltadas ao comércio de carne bovina, suína e produtos lácteos, conforme relatório do Rosselkhoznadzor, o órgão de vigilância sanitária russo. O secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Seneri Paludo, afirmou que a liberação pode representar uma “revolução” para a indústria brasileira de carnes, comparável à que a China provocou nas exportações de soja do Brasil na última década.

No ano passado, o Brasil exportou 60 mil toneladas de carne de frango para a Rússia. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor, vê a possibilidade de o volume crescer para 210 mil toneladas neste ano após o anúncio.

LEITE

Os agricultores e pecuaristas de uma das regiões mais produtivas de grãos e leite do Brasil preveem aperto nas margens de lucro das duas atividades em 2014. O cenário é desenhado durante a 14.ª da Agroleite, principal feira da cadeira leiteira do estado, que começou ontem em Castro (Campos Gerais) e segue até sexta-feira (8). Hoje parte da programação será direcionada às tendências para os mercados de soja e milho, com a apresentação de cases dos campeões em produtividade no campo. Os líderes em produtividade mostram que é possível até dobrar o resultado por hectare.

A pressão sobre os preços responde a uma sequência de aumentos na produção, seja no Brasil ou no exterior. Na agricultura, a perspectiva é de uma oferta global histórica de soja nos Estados Unidos que pesa contra os resultados dos brasileiros, a um mês do plantio de verão. A pecuária de leite também enxerga desvalorização do alimento com o aumento da produção local – que ganha escala com tecnologia cada vez mais avançada. Nos últimos cinco anos, o Paraná se destacou com a maior evolução na coleta de leite: 40%.

Os criadores de animais e agricultores esperam aumento ou manutenção do consumo. No caso dos grãos, a expectativa está sustentada na instalação de novas indústrias de trigo e milho nos Campos Gerais. “O novo moinho das cooperativas [Batavo, Castrolanda e Capal] ainda não começou a comprar porque não há produto disponível. Esperamos que os preços sejam melhores pelos menos para os associados”, afirma Gustavo Ribas, produtor e presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa. Ele conta que o setor também aguarda elevação nas cotações por influência da indústria de milho que a Cargill instalou próximo à Castrolanda. “Por enquanto, esse cenário não está consolidado”, pondera.

Os produtores de leite, por sua vez, tentam avançar em tecnologia dentro da porteira, com um manejo eficiente e menos custoso possível. “Os preços estão estabilizados, mas as despesas só aumentam. Nesse ano, acredito que a margem de lucro vai ficar entre 10% e 15%. No ano passado foi de 20% a 25%”, aponta Paulo Trentin, dono de um rebanho jersey, em Castro, que rende 120 mil litros ao mês.

“A solução é fazer rotação de pastagem, melhorar a forragem, a alimentação, e aumentar a lotação de animais por hectare. Enfim, diminuir a dependência de nutrição concentrada [ração]”, acrescenta Letícia Iank, pecuarista que também atua em Castro. Além da ração, que tem a soja e o milho como principais ingredientes, medicamentos e energia elevaram as despesas da atividade, conforme o setor.

SOJA

Mesmo diante da tendência de desvalorização, os agricultores dos Campos Gerais devem aumentar a área destinada à soja no verão. Boa parte deles está com planejamento pronto, à espera do fim do vazio sanitário para dar início ao plantio. “Vou aumentar em 20% a área de soja e chegar a 1 mil hectares. Deveria plantar uns 30% da área com milho, mas vai acabar sendo 15%”, afirma Ribas. Esse porcentual vem caindo ano após ano, apesar do consenso de que, no longo prazo, a monocultura reduz a produtividade da soja.

CULTIVAR FLORESTA

Em vez de depositar dinheiro no banco e esperar o rendimento, o agricultor Tadeu Marcovciz, de Irati (Sul do estado), decidiu aplicar em uma poupança verde. Em dois dos 19,3 hectares que cultiva a parte mais acidentada, de difícil acesso e manejo, plantou pinus, espécie muito utilizada pela indústria madeireira. No restante da área, continuará produzindo feijão, fumo, pêssego e criando peixes. O rendimento da área reflorestada chegará ao seu bolso em 20 anos, quando as árvores serão cortadas. “É um investimento de longo prazo, mas um dia chega. O bom é que diversifica a propriedade e ocupa uma área que estava parada. Deixar ociosa pra quê?”

A cada ano, um maior número de pequenos e médios agricultores paranaenses, como Marcovicz, está respondendo a essa pergunta com destinação de áreas à silvicultura o cultivo de pinus e eucalipto para fornecer matéria-prima aos segmentos de papel, móveis, painéis reconstituídos, compensados, carvão vegetal e lenha. Além de buscar novas fontes de receita, eles atendem a uma crescente demanda por madeira das grandes indústrias instaladas no estado.

Com medo do apagão florestal, o setor investe em novos fornecedores. A modalidade mais empregada é o fomento florestal. A empresa normalmente fornece mudas e adubo, faz o plantio e

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