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Elevação Cambial - Prós R Contras

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Por:   •  7/9/2014  •  3.265 Palavras (14 Páginas)  •  302 Visualizações

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“A elevação da taxa cambial trás ao mercado financeiro e para a economia em geral do Brasil, inúmeras situações, que não ocorrem com a taxa estabilizada por longo período”. Quais seriam os prós e contras, no que diz respeito a seus efeitos?

Introdução

A política cambial é de competência exclusiva do governo federal, exerce grande influência na política aduaneira (exportações e importações).

Taxa de câmbio é a unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda (quanto em reais é preciso para obter um dólar ou outra moeda conversível). Dentre os tipos de taxas de câmbio podemos destacar as taxas de câmbio fixas e flutuantes e ainda a hibrida de câmbio (regime de bandas), utilizada no Brasil de 1994 a 1999, atualmente o Brasil utiliza a taxa de câmbio flutuante.

A cotação da moeda reflete uma relação entre a oferta e a demanda, quanto mais pessoas querem ou não possuir ou necessitam desta, maior será sua valorização ou desvalorização.

Com a elevação da taxa cambial, ocorre à desvalorização cambial, consequentemente gera uma série de situações tanto positivas quanto negativas, o dólar alto (real desvalorizado) estimula as exportações e retraem as importações, pois com o dólar alto os produtos brasileiros ficam mais competitivos no mercado externo, ocorrendo o contrário no Brasil os produtos estrangeiros tornam-se excessivamente caros, desestimulando a importação.

Devido à elevação da taxa cambial é de fundamental importância a atuação do Banco Central, intervindo no mercado de câmbio, com o intuito de conter a alta do dólar, pois a elevação desenfreada do dólar pode ocasionar um aumento na inflação, obrigando o Copom a aumentar a taxa Selic, influindo diretamente na economia.

Histórico

Este Portfólio tem por objetivo demonstrar como a elevação da taxa cambial proporciona situações, tanto positivas quanto negativas, no mercado financeiro e na economia.

Demonstrar como é formada a taxa de câmbio e os tipos utilizados pelo Brasil. Quais as consequências da apreciação cambial do dólar frente ao real, situações provocadas na economia, como a balança comercial é afetada, o balanço de pagamentos a globalização e a atuação do Banco Central frente a crescente variação cambial.

Desenvolvimento

No Brasil o mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central do Brasil, responsável pelas operações de compra e venda de moeda estrangeira, operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no país e residentes, domiciliados ou com sede no exterior e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas por intermédio das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo Banco Central, diretamente ou por meio de seus correspondentes.

O preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra, forma a taxa de câmbio, que pode ser definida em termos diretos e indiretos.

Os termos diretos exprimem o preço de uma unidade monetária estrangeira em unidades monetárias de moeda nacional, já os termos indiretos, exprimem o preço de uma unidade monetária de moeda nacional em unidades monetárias de moeda estrangeira.

Portanto taxa de câmbio é definida como o custo de uma moeda em relação à outra, dividindo-se a taxa de venda com a taxa de compra. A taxa de venda é o preço que o agente autorizado cobra para vender a moeda estrangeira, enquanto a taxa de compra reflete o preço que o agente autorizado aceita pagar pela moeda estrangeira ofertada.

Podemos definir que o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroeconomia, no que se refere a comércio internacional. Quando se deseja negociar ativos de um país para outro, é imprescindível mudar a unidade de conta do valor destes ativos (moeda doméstica para moeda estrangeira), ou seja, quantos reais seriam necessários para obter tantos dólares.

Quanto aos tipos de taxa de câmbio temos várias, dentre estas podemos destacar a fixa e a flutuante e ainda a intermediária (regime de bandas), utilizada pelo Brasil no inicio do plano real de 1994 a 1999.

A taxa fixa possui uma única taxa de troca com o dólar e com uma das moedas vinculadas ao dólar. O governo fixa um valor para o real frente ao dólar, porém o Banco Central é obrigado a disponibilizar as reservas cambiais. Uma vantagem dessa taxa é permitir a integração dos mercados internacionais em uma rede de mercados, maior controle da inflação (custos das importações estáveis). Quanto às desvantagens é o desequilíbrio no balanço de pagamentos, as reservas cambiais ficam vulneráveis a ataques especulativos, a política monetária (taxa de juros) fica dependente do volume de reservas cambiais.

No inicio do plano real de 1994 a 1999, a estratégia do Plano Real definida pelo governo, foi a de taxa de câmbio administrado (regime de bandas), como âncora nominal dos preços, com uma ampla abertura financeira, com o intuito de facilitar o ingresso de capitais e na elevação da taxa doméstica de juros como atrativo de novos capitais e como elemento de contenção da demanda e dos preços internos, estratégia para acelerar o processo de privatização, funcionando como novo estímulo aos investimentos externos a também como reforço fiscal do Caixa do tesouro.

Como resultado desta valorização cambial, provocou um elevado déficit na conta corrente do balanço de pagamentos, tornando o país cronicamente dependente de recursos externos expondo a uma grande fragilidade financeira em face dos movimentos especulativos e das crises financeiras internacionais. A vulnerabilidade externa da economia brasileira se caracteriza pela necessidade de financiamento para cobrir os déficits da conta corrente e as amortizações da dívida externa, bem como pela excessiva abertura da conta de capitais e insuficiência de reservas internacionais.

Devido à valorização cambial através da fixação do câmbio, houve uma inversão na balança comercial que antes desta medida era extremamente favorável, começou a apresentar elevados déficits, com o dólar relativamente baixo em comparação ao real, devido ao aumento nas importações, pois os preços internacionais ficaram atraentes ao Brasil.

Os novos fluxos de capitais teriam também a virtude de operar uma reestruturação produtiva da economia brasileira, gerar um novo ciclo de investimentos e, por conseqüência, de desenvolvimento nacional. O acesso a novas tecnologias, fortalecendo a produtividade, a competitividade externa da economia, aumentando as exportações e reduzindo as importações, revertendo à situação

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