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Líder Comunicador

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Por:   •  21/11/2014  •  716 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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LÍDER COMUNICADOR: SILVIO SANTOS

O talento indiscutível para entreter durante horas a fio o público foi testado nas ruas. Aos dez anos, Silvio Santos (nasceu Senor Abravanel a 12 de dezembro de 1935 na Lapa, Rio de Janeiro, filho de um comerciante grego que faliu ao migrar para o Brasil) passava pela Avenida Rio Branco quando notou que um sujeito conseguia vender, com estrema facilidade, carteiras de plástico para acomodar documentos. Resolveu imitá-lo. Comprou a mesma mercadoria a um custo bem baixo e passou a ser concorrente. Como estratégia, segurava uma das carteiras na mão dizendo que aquela era a última e escondia as demais. "Em seguida, eu dava alguns passos, disfarçava e tirava a outra do bolso. Vendi todas sem demora", explicou, certa vez. Perspicácia nunca lhe faltou. Para faturar alguns centavos a mais, chamava a atenção fazendo mágicas. "Engolia" anéis e "puxava" moedas das orelhas dos pedestres. Apesar de promover "espetáculos", o camelô nunca deixou de ser cauteloso, trabalhando na hora do almoço dos fiscais da prefeitura para escapar de eventual blitz. Aos 14 anos, passou a estudar contabilidade sem abandonar o palco das calçadas. Prosperou e contratou três "funcionários". Um ficava de olho no fiscal, outro cuidava do estoque de bugigangas. O terceiro era o coadjuvante que se aproximava da barraca e, como quem não quer nada, tecia elogios rasgados às mercadorias. Tudo combinado, é claro. Ao falante e sorridente Silvio Santos restava a incumbência de conquistar a preferência do público com sua simpatia e lábia.

Do camburão ao microfone

Ele cumpriu muito bem o seu dever, tanto que, em 1952, chamou a atenção do diretor da fiscalização da prefeitura, um homem severo que adorava prender camelôs. Certo dia, ele agarrou Silvio Santos pelo braço e o levou para o carro. Assustado, o rapaz de 17 anos protestou: "Sou menor, vocês não podem me prender!" A viatura da polícia estacionou em frente à Rádio Guanabara, onde Silvio foi apresentado a Jorge de Matos, diretor da emissora, que ficou imediatamente seduzido pela voz do garoto. "Aqui é o lugar certo para você. Se voltar para as ruas, da próxima vez te levo para o Juizado de Menores", disse o diretor de fiscalização. A carreira de Silvio Santos no rádio decolou rapidamente. Depois da Guanabara, ele trabalhou na Rádio Tupi, até que venceu um teste para locutor na Rádio Globo. Um dos concorrentes derrotados foi Chico Anysio. Mas o salário de pouco mais de um conto de réis não era satisfatório e Silvio partiu para São Paulo, em 1961, a fim de concorrer a uma vaga de locução comercial na Rádio Nacional.

Baú da fortuna

Lá conheceu o comediante Manoel da Nóbrega, dono de uma pequena empresa chamada Baú da Felicidade, na qual clientes pagavam um carnê durante todo o ano para, no Natal, serem ressarcidos com um brinquedo. Silvio propôs sociedade e a loja do Baú da Rua Líbero Badaró, no centro da capital paulista, passou a premiar os clientes com eletrodomésticos, carros e imóveis. Sentindo que o negócio tinha futuro, Silvio chegou a encomendar 40 mil bonecas e 20 mil jogos de pratos para distribuir como prêmios. Foi quando a Rede Globo o convidou para comandar um programa de duas horas aos domingos

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